Pré-mercado: Saudades do real no início do Plano Real
Bom dia, pessoal!
A Bolsa se recuperou parcialmente das quedas do início da semana, apesar de Brasília, que está alvoroçada com as tensões políticas derivadas da CPI e das denúncias de corrupção.
A situação é desconfortável, tendo em vista a necessidade de se aprovar as reformas nos próximos meses.
Enquanto o fator político pressionar, a continuidade da alta, em harmonia com o cenário internacional, fica mais complicada.
As Bolsas europeias abrem em quedas robustas, acompanhadas pelos futuros americanos. O dia será turbulento.
A ver…
De olho nos dados oficiais de inflação
Hoje (8) teremos a entrega do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na mediana das projeções, o mercado espera desaceleração de 0,83% em maio para 0,59% em junho. Em 12 meses, o índice deve acelerar de 8,06% para 8,40% no período.
As estimativas vão de 8,34% a 8,63%, bem acima da meta estipulada pelo Banco Central.
E a que se deve essa desaceleração? Bem, basicamente às taxas de combustíveis e da energia elétrica, menos impactada pela mudança de bandeira em junho.
Em outras palavras, o acionamento da bandeira vermelha 2 no mês deve ter menor impacto sobre as tarifas do que a transição da bandeira amarela para a vermelha 1, que puxou uma alta de 5,37% da energia em maio.
Claro, isso é uma projeção e podemos estar equivocados. Mas, por enquanto, o mercado tem trabalhado dessa forma.
Digerindo essa ata do Fed
A reunião de junho do comitê do Federal Reserve causou arrepios nos mercados, quando as autoridades reconheceram o ritmo mais acelerado do que o esperado da recuperação econômica e previram um aperto monetário mais rápido.
A ata, por sua vez, mostrou uma divisão no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), já que alguns membros esperam começar a reduzir as compras de títulos antes do que pensavam, enquanto outros ainda desejam esperar.
De maneira geral, porém, as autoridades disseram que “avanços substanciais” na redução do desemprego e na recuperação econômica ainda são necessários antes de tirar o pé do Fed do acelerador.
Agosto ou setembro emergiu como a previsão consensual de quando o Fomc poderá apresentar seus planos de redução da compra de títulos.
Esse aperto pode começar no início do próximo ano.
Quanto ao início dos aumentos das taxas de juros, a ata sublinhou que agora provavelmente será um evento de 2023. É um ano antes do que as autoridades previam antes da reunião do mês passado.
Agitação europeia
Hoje teremos a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, após o lançamento da revisão estratégica do BCE, que deverá alterar a meta de inflação atual.
O banco central deverá passar de uma meta de inflação levemente abaixo de 2%, para uma meta precisa de 2%, em linha com outros bancos centrais.
O movimento, lido pelo mercado como mais dovish (expansionista), contrasta com o posicionamento do Federal Reserve, que discute seriamente o início do fim do programa de compra de ativos.
A divisão do Fed tem se tornado cada vez mais evidente, diferentemente do BCE – há um grupo do Fed ansioso para se juntar ao Time “Taper”, reduzindo a compra de títulos mais cedo, pois a desaceleração da demanda por liquidez diminui a necessidade de oferta agressiva de liquidez, mas estes ainda são minoria.
Anote aí!
Lá fora, nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego serão entregues, logo depois de a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) relatar que, nas economias desenvolvidas, 22 milhões de pessoas empregadas antes da pandemia ainda não têm emprego – não se sabe por enquanto quantos estão ciclicamente desempregados versus estruturalmente desempregados.
Hoje é sexta-feira para o Brasil, que fechará sua Bolsa amanhã, dia 9 de julho, devido ao feriado da Revolução Constitucionalista de 1932.
No último dia da semana, podemos contar com o IPCA de junho, o INPC do mesmo mês e a produção industrial de maio – todos indicadores importantes dado o contexto.
Muda o que na minha vida?
A última reunião do Fomc revelou uma mudança gradual no pensamento do banco central dos EUA, com as projeções das taxas de juros agora implicando dois aumentos das taxas em 2023, ante zero em março. Três fatores principais explicam a mudança:
i) a surpresa positiva para a inflação plena;
ii) um aumento nas expectativas de inflação de longo prazo; e
iii) progresso significativo da vacinação.
Ainda assim, o primeiro aumento não deve ocorrer até 2023 e uma parte do mercado já estava precificando algo do gênero.
Em seu programa de compra de títulos, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um plano de redução gradual poderia ser anunciado em uma próxima reunião – entende-se que o banco central pretende anunciá-lo antes de uma decisão formal sobre quando implementá-lo, avisando com mais antecedência antes de realmente começar.
Os investidores acreditam que o Fed deseja ver progresso no nível de emprego antes de prosseguir com a redução gradual – lembre-se que, sob a política de metas de inflação média do Fed, a inflação mais alta em 2021 ajuda a compensar parte da inflação abaixo da meta nos últimos anos. Portanto, a redução real da compra de ativos pode não começar até 2022.
Hoje, especificamente, a indecisão do Fed parece fazer bastante preço sobre as Bolsas internacionais, que caem fortemente, mas, estruturalmente, é provável que a reavaliação do Fed não prejudique as ações.
Fique de olho!
CDB IPCA + 5% com garantia do FGC: só hoje até 14h59.
Hoje é dia de IPCA e a inflação é o tema do momento.
No CDI, por exemplo, os investidores encontraram 2,17% de rentabilidade nos últimos 12 meses, enquanto a inflação cresceu 8,06% no mesmo período.
Ainda na Renda Fixa, que é parte importante no portfólio de todo investidor, há ativos que rendem 100% da inflação e ainda garantem uma lucratividade adicional. Nesse bônus, é comum encontrar 0,5% ou 1%. Mas aqui na Vitreo, queremos mais.
Por isso, exclusivamente hoje, nesta quinta-feira, quem investir no CDB do Banco Máxima vai garantir um produto que paga 100% da inflação, e, além disso, paga excepcionais +5% de rendimento bônus ao ano. Tudo isso ainda com garantia do FGC.
Mas pela condição extremamente fora da curva, você só tem 14h59 de hoje para aproveitar.
Esperamos que aproveite e se proteja – dá para dormir tranquilo, sabendo que o “monstro da inflação” não fará mal algum ao seu patrimônio.
Um abraço,
Jojo Wachsmann