Colunista Vitreo

Pré-mercado: Roda a roda

05 maio 2021, 8:38 - atualizado em 05 maio 2021, 8:38
E se você já pudesse saber como seria o comunicado do Banco Central? / Minority Report (2002)

Bom dia, pessoal!

Esta quarta-feira (5) poderá ser um dia de recuperação, após a terça-feira ter marcado um dia negativo para os mercados globais.

Em Nova York, a fala de Janet Yellen (secretária do Tesouro americano), que foi absolutamente correta, vale destacar, pressionou os ativos de risco e estressou a curva de juros.

Nesta manhã, os futuros americanos sobem, com o Nasdaq tendo tido ontem sua pior queda em um dia desde março. O sentimento de rotação setorial ameaça estar de volta.

Os mercados europeus também reagem positivamente na abertura.

O contexto internacional não é impeditivo para uma alta aqui, após termos voltado para a casa dos 117 mil pontos. A ver…

Em terra de Copom

O mercado local rodará em torno de três temas hoje:

i) a reação ao resultado do Bradesco, depois da performance de Itaú prejudicar muito o dia de ontem — o resultado não foi ruim, mas os investidores entenderam que houve alguns itens não recorrentes preocupantes para um segundo momento;

ii) a continuidade da CPI da Covid, que chama Nelson Teich para começar a depor às 10 horas — para hoje, estava marcada a presença de Pazuello, mas o general indicou ter tido contato com alguém contaminado por Covid-19 e conseguiu, assim, dispensa; e

iii) o Copom.

Sobre este terceiro ponto, a expectativa de alta antecipada do juro americano (falaremos a seguir) ajudou a puxar as taxas futuras da curva de juros brasileira na véspera do Copom.

Ao avaliarmos o movimento, vemos que o mercado se posiciona para um comunicado “hawkish” (contracionista), sugerindo aumentos adicionais da Selic depois de levar hoje a Selic Meta para 3,5%.

Além disso, há divergências sobre a reforma tributária, que teve relatório apresentado ontem, em que era proposta, entre outras coisas, a unificação de cinco impostos.

Agora, os próximos passos estão nas mãos de Arthur Lira — o presidente da Câmara quer particionar a reforma, mas o tema é incerto.

Falou demais ou de menos?

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, teve de esclarecer seus próprios comentários sobre a direção futura das taxas de juros dos EUA depois de ter sugerido que elas teriam que aumentar no futuro.

Todo mundo sabe disso, mas o mercado precisava de um motivo para justificar sua realização de lucros, então se mostrou insatisfeito, como uma criança mimada.

A sensibilidade do mercado é evidente, com a retomada da volatilidade nos mais diferentes mercados, afetando também países emergentes, como no nosso caso. Rotação setorial pode voltar a ser verificada.

Não é segredo para ninguém que as taxas deverão aumentar no futuro, ainda que marginalmente, ficando ainda em patamares baixos ou estimulativos.

Mas não importa. Mesmo assim, Yellen teve de esclarecer que os comentários não eram uma recomendação imediata sua.

De fato, a economia dos EUA não precisa de um aumento de taxa agora.

No entanto, no futuro, quando as condições econômicas suportarem um aumento, a elevação dos juros será mais do que bem-vinda.

Intriga sino-europeia, eleições alemãs e commodities

A Comissão Europeia suspendeu o acordo de investimento firmado entre a União Europeia e a China.

Ainda que não deva ter um efeito negativo nos mercados neste primeiro momento, uma vez que anteriormente a notícia também não havia engajado uma alta, a tensão da retórica preocupa um pouco, mesmo porque o acordo já estava ratificado.

Serve para nos lembrar que o mundo em que vivemos é mais receoso com a globalização irrestrita e que os futuros desenvolvimentos econômicos dependem cada vez mais de quem controla as cadeiras na política.

Sobre isso, o grande destaque deverá ser as eleições na Alemanha no segundo semestre, com potencial de agitar enormemente os mercados, a depender de quem ocupar o lugar de Merkel, que vai passar o bastão depois de mais de 15 anos no poder.

Enquanto isso, os dados de preços ao produtor da Zona do Euro, no relativo com o ano passado, começam a mostrar evoluções importantes, muito por conta da alta dos preços das commodities, em especial do petróleo.

O movimento já estava precificado e não deve representar grande novidade para o mercado.

Anote aí!

No Brasil, além dos temas destacados em um dos tópicos acima, vale acompanhar os dados de produção industrial de março (às 9 horas), que já devem trazer o impacto da piora da pandemia no Brasil.

Os balanços da temporada de resultados também chamam atenção.

Mas o grande foco do dia fica para a reunião do Bacen, a divulgar a taxa de juros depois do mercado (às 18h30).

No exterior, destaque para o relatório ADP com os empregos privados nos EUA em abril (às 9h15), cujos números, se vierem mais fortes, podem reforçar os receios de pressões inflacionárias como ocorreu ontem.

PMI global de serviços em abril e estoques de petróleo nos ajudam a ter melhor sentimento sobre a atividade americana. Na Ásia, o Japão divulgará sua ata da reunião de política monetária de março, durante a noite.

Muda o que na minha vida?

O mundo passa hoje por uma mudança de narrativa bastante interessante, como se fosse uma quebra de paradigma daquilo que já vivíamos há um certo tempo.

Veja, grande parte da última década foi dominada pela narrativa da “estagnação secular” de Larry Summers, na qual a máxima “baixo por mais tempo” se faz presente — leia-se baixo crescimento, baixa inflação e baixas taxas de juro.

Agora, porém, a história parece estar mudando.

À medida que os programas de vacinação avançam e os detalhes dos planos fiscais são apresentados, com muita expansão de liquidez prevista, muitos investidores estão considerando que história moldará as economias e os mercados no futuro para outra retórica.

Em outras palavras, a reabertura econômica e a quantidade de estímulos sem precedentes indicam um período de forte crescimento e possível inflação à frente.

Três são os cenários estruturais de longo prazo agora:

i) uma continuação da “estagnação secular”, tendo sido esse período de retomada econômica apenas um sonho efêmero;

ii) a narrativa de “Roaring 20s”, com a qual se altera a dinâmica e aceitamos que conviveremos com mais crescimento e inflação novamente, como nos loucos anos 20 do século passado; ou ainda

iii) “Estagflação leve”, com um choque inflacionário que não necessariamente deriva de mais crescimento.

Os dois primeiros seriam positivos para ações, enquanto o terceiro seria mais negativo.

Dado o cenário de forte crescimento, baixas taxas de juros e continuidade das avaliações favoráveis ​​para os mercados de capitais, a posição natural para investidores de longo prazo deve ser permanecer investido.

Este posicionamento poderá ser revisado em 12 meses, construtivamente ou negativamente, a depender de qual dos três cenários se materialize.

Com isso, agora é um bom momento para rever os planos financeiros de longo prazo, diversificar entre os principais temas, regiões e classes de ativos.

Fique de olho!

A possível elevação da taxa Selic e os benefícios do Tesouro 3.0 Vitreo

Hoje (05), é o último dia do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que pode culminar com a decisão do comitê sobre a elevação da taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 2,75% ao ano.

A tendência é que seja anunciado um novo aumento de 0,75%, elevando a taxa Selic para 3,50% ao ano – e provavelmente não irá parar por aqui esses aumentos.

A expectativa do mercado é que ocorra também depois uma nova alta em junho, o que pode elevar a taxa básica de juros (Selic) para 4,25% ao ano.

Com a elevação na taxa Selic, o cenário se torna mais atraente para os investidores de renda fixa, sobretudo os investimentos em papéis que são atrelados à indexação diária da taxa de juros.

Por isso, recomendamos que você conheça o Tesouro 3.0 da Vitreo, que é uma carteira administrada com um blend de títulos do Tesouro que busca aumentar a rentabilidade da parcela mais segura e acessível dos nossos investidores.

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Um abraço,

Jojo Wachsmann

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