Colunista Vitreo

Pré-Mercado: Risco de nova onda da pandemia segue no radar

06 dez 2021, 8:57 - atualizado em 06 dez 2021, 8:57
Reação do pessoal na semana em que a Selic volta para cima de 9% / Destruição Final: O Último Refúgio (2020)

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Bom dia, pessoal!

As ações tiveram uma segunda-feira (6) mista na Ásia, depois que a problemática incorporadora chinesa Evergrande alertou na sexta-feira (3) que pode ficar sem dinheiro.

A semana poderá seguir norteada pela cautela dos investidores, preocupados com o relatório do índice de preços ao consumidor chegando na sexta-feira (10), no Brasil e nos EUA; por lá, inclusive, o dado se dá cinco dias antes de os legisladores do Federal Reserve se reunirem para discutir os riscos da inflação.

As informações conflitantes sobre a nova variante ômicron e a possibilidade de uma nova onda da pandemia continuarão promovendo um temor adicional ao longo do mês de dezembro, com o qual teremos que aprender a conviver enquanto mais notícias confiáveis não são apresentadas.

Teremos reunião de política monetária no Brasil entre terça e quarta-feira, que já tem para si um movimento contratado de elevação dos juros em 150 pontos-base.

A ver…

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Preparados para ver os juros voltarem para perto de dois dígitos?

A semana conta com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidindo sobre a promulgação parcial da PEC dos Precatórios – na última semana, depois de aprovado no Senado, o texto revisado voltou para a Câmara para sua apreciação final, mas começou a se ventilar a possibilidade de fatiarmos a PEC.

É uma novela interminável, mas em seus capítulos finais. Caminhamos para uma definição desse assunto para que o governo possa pagar o Auxílio Brasil a partir da próxima sexta-feira (10).

No aspecto econômico, um dado e um evento marcam a semana. Sobre o primeiro, a inflação oficial para o consumidor brasileiro sai na sexta-feira.

Já sobre o evento, falamos aqui da reunião de política monetária do Copom, marcada para acontecer entre terça e quarta-feira, com divulgação de seu resultado depois do mercado de quarta – devemos elevar a Selic em 1,50 p.p. para 9,25%.

Por fim, paralelamente, hoje, a Comissão Mista de Orçamento deve votar o relatório preliminar do Orçamento da União para 2022.

Digerindo os dados de emprego

Na última sexta-feira, as ações americanas caíram mais uma vez, mas somente depois que leituras mistas do relatório de empregos decepcionante foram divulgadas – um relatório mais forte seria prejudicial no curto prazo.

Não se preocupe, explicaremos a seguir.

Os EUA criaram 210 mil empregos no mês de novembro, bem abaixo dos 535 mil estimados pelo mercado e menos que os 546 mil do mês de outubro– foi o menor ganho de emprego desde dezembro passado.

Ao mesmo tempo, porém, a pesquisa domiciliar pintou um quadro muito mais agradável do mercado de trabalho, revelando que 1,1 milhão de pessoas estavam empregadas a mais no mês passado do que em outubro.

Além disso, a taxa de desemprego caiu de 4,6% para 4,2% em novembro.

Ainda no mesmo relatório, a taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de pessoas que estão trabalhando ou procurando empregos, atingiu seu nível mais alto desde março de 2020.

O “tapering” indica que o Fed está gradualmente reduzindo o valor que está comprando por mês para zero. À primeira vista, este relatório de empregos fez com que um aperto monetário mais rápido parecesse menos provável.

Isso também significaria que o Fed provavelmente seria um pouco mais paciente com os aumentos das taxas de juros, o que tornaria os mercados menos temerosos.

Os dados são a última leitura importante sobre o emprego antes de o Fed se reunir de 14 a 15 de dezembro, quando se espera que debata se acelera o ritmo das reduções mensais de seu programa emergencial de compra de títulos.

Este relatório de emprego misto não deve mudar o cálculo do Fed de que controlar a inflação, em vez de dar início ao crescimento econômico, é sua principal prioridade.

Mas isso pode dar aos investidores algum alívio, já que as expectativas estão se formando para um aperto da política monetária.

Problemas no mercado imobiliário asiático

Os reguladores chineses estavam lutando para tranquilizar os investidores depois que a Evergrande, uma das maiores incorporadoras da China, disse na última sexta-feira que pode ficar sem dinheiro para cumprir suas obrigações financeiras, enquanto luta para cumprir a pressão para reduzir sua dívida de US$ 310 bilhões.

As empresas imobiliárias chinesas vêm enfrentando problemas desde que o governo as pressionou para reduzir os níveis de dívida, mas as autoridades emitiram declarações dizendo que o sistema financeiro da China é forte e as taxas de inadimplência ainda são baixas.

No fundo, ao que tudo indica, a maioria dos incorporadores continua financeiramente saudável e Pequim manterá os mercados de crédito funcionando.

A preocupação, porém, é que níveis insustentáveis ​​de dívida no setor imobiliário possam desencadear uma crise financeira generalizada, que espraiaria não só para outros setores, como também para outros países.

A China quer evitar um movimento de resgate das empresas, mas também é improvável que deixe a situação se deteriorar a ponto de os problemas chegarem a esse nível.

Anote aí!

Lá fora, destaque para a reunião do Eurogrupo, na Bélgica, que pode trazer novidades sobre as restrições de combate à pandemia. Falas de autoridades internacionais, como a da diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, e a dos integrantes do conselho do Banco Central Inglês (BoE), também são relevantes.

No Brasil, a agenda política sobre o desfecho da PEC dos Precatórios é o vetor mais relevante do dia, além do Relatório Focus de expectativas e os dados de balança comercial semanal.

Muda o que na minha vida?

As vendas da Black Friday pareciam menos promissoras neste ano, com duas tendências remodelando os hábitos de compra; entretanto, as leituras têm variado de país para país.

Nos EUA, por exemplo, pela primeira vez, as compras online foram menores na Black Friday e na Cyber​​Monday do que no ano anterior.

Mas não é porque os americanos não estão gastando dinheiro. Afinal, as compras de fim de ano devem atingir o recorde de US$ 843 bilhões nesta temporada.

E enquanto as vendas online caíram durante a Cyber ​​Week (Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, até a Cyber ​​Monday, na segunda-feira subsequente), as vendas online de todo o novembro aumentaram em relação ao ano passado. Os dados são curiosos.

À medida que a economia global se recupera da pandemia, a inflação atingiu a maior alta em 31 anos e os gargalos do fornecimento global levaram a grandes atrasos nos envios.

Duas tendências de compras nasceram em meio a este processo:

  1. i)           vendas antecipadas: as grandes companhias lançaram promoções no estilo Black Friday em outubro para se antecipar à escassez, então os compradores começaram a comprar mais cedo e distribuir suas compras ao longo do período;
  2. ii)         compre agora, pague depois: para ajudar a pagar por produtos mais caros, os clientes pagaram com “compre agora, pague depois” 5 vezes mais em novembro do que antes da pandemia.

Duas questões econômicas globais ainda prejudicam as vendas do varejo: a inflação e as interrupções no fornecimento.

Tais fatores estão transformando os hábitos de compra dos consumidores. As compras de fim de ano estão durando mais e sendo parceladas com mais frequência.

Ainda assim, espera-se que os gastos continuem subindo no próximo ano, apesar das restrições de oferta e dos preços em alta.

Um abraço,

Jojo Wachsmann