Pré-Mercado: Ressaca dos precatórios
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Cotização do resgate: 14 dias corridos para cotização + 1 dia útil para o pagamento
Risco: Médio/Baixo
Bom dia, pessoal!
Lá fora, as Bolsas seguem reagindo bem ao anúncio de “tapering” do Federal Reserve.
O mercado de Tóquio, por exemplo, avançou 0,93% em paralelo à alta de outras Bolsas asiáticas, com o Stoxx 600, da Europa, aproveitando a deixa para também subir nesta manhã, seguindo o movimento de ontem (3).
Isso acontece depois que o Fed anunciou que começaria o processo de encerrar seu programa de compras mensais de títulos com uma redução mensal de US$ 15 bilhões, já a partir deste mês – o movimento era amplamente esperado pelos mercados, fazendo com que os índices americanos fechassem em suas máximas históricas.
Mas a semana ainda está longe de terminar.
Após o Fed anunciar o seu “tapering”, hoje o mercado se debruça sobre a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que poderá ser o primeiro banco central grande a elevar a taxa de juros.
Não somente isso, mas o mercado também acompanha a reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (Opep+), que influencia o preço da commodity internacionalmente.
A ver…
Finalmente, aprovada…
Depois de muitas vezes adiada, a PEC dos Precatórios foi finalmente aprovada na Câmara.
A tensão era tamanha que a aprovação do rompimento do teto já era aguardada e até desejada pelo mercado, uma vez que, se não fosse por essa via, o Congresso poderia encontrar outra solução ainda pior.
Isso porque um plano B poderia trazer problemas adicionais para além dos já estabelecidos com a PEC.
A aprovação se deu em primeiro turno na Câmara dos Deputados por 312 votos a favor e 144 contra (sim, por quatro votos). Resta hoje (4) avaliar os 11 destaques apresentados, a serem analisados nominalmente. Ou seja, para que não haja alteração, o governo precisará reunir mais 11 vezes os 308 votos conquistados.
O mercado brasileiro deverá reagir a este movimento, que provocou cautela sobre os investidores locais durante o pregão de ontem (3), logo depois de uma ata mais “hawkish” (contracionista) do Copom, que aliviou os juros e apreciou o real – os riscos fiscais demandam uma taxa neutra de juros mais elevada.
Fala dovish
Após meses de sinalização pelo Federal Reserve sobre quando começaria a contrair seu programa de estímulo de emergência, o mercado finalmente ficou calmo.
Foi tanta a antecipação sobre o anúncio da redução, com o objetivo de encerrar a compra de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas até junho, que não houve quaisquer acessos de raiva no mercado.
Consequentemente, o S&P teve seu 62o fechamento recorde de 2021 e o Dow Jones Industrial Average, seu 42o fechamento recorde no ano.
Enquanto isso, o Nasdaq consolidou uma sequência de vitórias de oito dias, a mais longa desde junho de 2020.
A última vez que o S&P 500, Dow e Nasdaq tiveram quatro fechamentos positivos consecutivos aconteceu no início de outubro de 2017.
O presidente do Fed, Jerome Powell, apresentou a redução nas compras mensais de títulos do banco central em um discurso considerado “dovish” (expansionista), dizendo mais uma vez que isso não significa que o banco central logo começaria a aumentar as taxas de juros, atualmente entre zero e 0,25%.
O mercado teme, porém, que o Fed possa não ter escolha a não ser se tornar mais “hawkish” em um momento em que o crescimento econômico dos EUA já está se normalizando.
Um barril de petróleo para chamar de seu
Depois de furar a barreira dos US$ 80 por barril, os preços do petróleo vêm operando sob pressão às vésperas da reunião mensal da Opep+, conjunto de produtores nacionais de petróleo que inclui a Rússia e a Arábia Saudita.
O encontro marcado para hoje deve firmar os planos de aumentar gradualmente a produção, em linha com os planos anteriores.
A perspectiva de novas negociações entre os EUA e o Irã, que poderiam levar a um excesso de petróleo iraniano nos mercados, também aumentou a volatilidade.
Se houver manutenção do que foi anteriormente contratado para o aumento da produção por parte do grupo, os preços podem voltar a ter gatilho, uma vez que os fundamentos do petróleo continuam muito construtivos.
Anote aí!
Os resultados corporativos continuam correndo soltos lá fora. Contamos hoje com nomes como Airbnb, Moderna, Square e Uber.
Além disso, ainda nos EUA, avaliamos os pedidos iniciais de auxílio desemprego para a semana encerrada em 30 de outubro.
Por aqui, acompanhamos a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizar o leilão do 5G, a nova geração de internet móvel.
Além disso, temos balanço das vendas de veículos em outubro e produção industrial em setembro, que deve ter caído 0,4% (mediana do consenso).
Muda o que na minha vida?
As nuvens regulatórias e de crescimento ainda pairam sobre a China.
Embora o mercado veja uma regulamentação mais rígida como parte de um esforço para promover a concorrência e proteger os direitos dos trabalhadores, em vez de um recuo da economia de mercado, a incerteza regulamentar é parte do motivo pelo qual muitos investidores têm se mostrado taticamente pessimistas com a China (curto prazo).
A atual campanha de reformas de Pequim já se provou mais duradoura e de maior alcance do que os episódios regulatórios anteriores.
O movimento sugere que é muito cedo para prever um fim das medidas, com o próprio Banco Popular da China também pedindo controles governamentais mais rígidos sobre os dados do usuário para conter a tendência de monopolização das grandes tecnologias.
Enquanto isso, os dados econômicos continuam dando sinais de desaceleração.
A estratégia de tolerância zero da China contra a Covid-19 apresenta mais riscos de bloqueios e, por sua vez, riscos para o crescimento – sem falar na crise energética que se espalha pelo país ou do problema com o setor de incorporação.
Ainda que essa desaceleração seja tratada com mais estímulos governamentais, não parece haver nenhum catalisador imediato para as ações chinesas no curto prazo.
Um abraço,
Jojo Wachsmann