Colunista Vitreo

Pré-mercado: Redesenhando o desenho recém-entregue

29 jun 2021, 9:40 - atualizado em 29 jun 2021, 9:40
Maneira do Congresso de lidar com a reforma tributária / O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final (1991)

Bom dia, pessoal!

Mal chegou ao Congresso e boa parte dos parlamentares já conversam sobre alterações no texto da reforma tributária.

Aliás, foi justamente uma conversa nesse sentido que inverteu a direção da Bolsa ontem (28) para o positivo.

Resta entender como os próximos desdobramentos afetarão os ativos e quais as perspectivas futuras quanto às respectivas tributações sobre eles.

Lá fora, os ministros de Relações Exteriores do G20 se reúnem, mas ainda não há uma reunião bilateral sino-americana no radar – importante acompanhar o desenvolvimento das pressões sobre a China e em relação ao imposto mínimo global.

Bolsas abrem em alta na Europa, enquanto os futuros americanos entregam manhã mista e próxima da estabilidade.

O dia foi ruim na Ásia diante dos dados econômicos japoneses (o desemprego aumentou, mas as vendas no varejo caíram menos que o esperado).

A ver…

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Pressões inflacionárias à brasileira

No Brasil, a CPI da Pandemia ouvirá o deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB), membro de uma comissão que apurou, no âmbito estadual, os gastos com a Saúde, mas este encontro não deve fazer propriamente preço.

O mercado acompanha de modo distante os eventuais desdobramentos políticos do desgaste potencial derivado da CPI, principalmente depois da questão da Covaxin que gerou uma notícia-crime contra Bolsonaro por prevaricação.

O mercado ficará de olho na divulgação do Tesouro Nacional sobre os resultados das contas do governo central em maio, bem como no IGP-M de junho, em meio ao temor inflacionário do novo valor da bandeira vermelha por conta da crise hídrica – hoje, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decide o reajuste tarifário da bandeira vermelha 2 (a área técnica sugeriu um aumento entre 84,3% e 92,3% a cada 100 KWh, mas cabe à diretoria aceitar ou não).

Ainda em Brasília, fugindo do tema de inflação e CPI, houve sinalização do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que haverá redução para 15% na taxação de lucros e dividendos – Lira defendeu que os dividendos sejam tributados, mas que uma diminuição na faixa de isenção proposta pode permitir uma alíquota menor, em linha com o que pensa o Senado.

A notícia é boa para o mercado. Por falar nessa outra Casa Legislativa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pautou para quinta-feira (1º) a votação do projeto que estabelece o chamado “passaporte tributário”, o novo Refis, também parte da reforma tributária.

Bidenomics

Os EUA retornaram à relação recorde da dívida em relação ao PIB observada pela última vez após a Segunda Guerra Mundial. Mas afinal, esses déficits de trilhões de dólares são essenciais ou prejudiciais?

É o que começa a se perguntar uma ala de economistas mais ortodoxos, que temem os gastos em excesso do governo americano. Vale lembrar que, hoje, um dos maiores temores entre os investidores é se os gastos levarão a um aumento sustentado da inflação, da qual é difícil se livrar e exigiria a atenção do Federal Reserve.

O temor se aprofundou desde que o presidente Biden revelou seu primeiro orçamento que detalhou US$ 6 trilhões em gastos para o ano fiscal.

No total, o plano aumentaria os gastos federais para US$ 8,2 trilhões por ano até 2031, o que significa déficits anuais de mais de US$ 1,3 trilhão.

Vale lembrar que o plano é apenas um projeto do governo e está sujeito a debate no Congresso, como foi o caso do acordo bipartidário fechado recentemente que diluiu por mais da metade o pacote de infraestrutura nos próximos oito anos.

O entendimento anterior era o de que grandes déficits levavam a pressões de preços e a um possível superaquecimento da economia.

No entanto, um número crescente de economistas sente que as circunstâncias atuais exigem um plano diferente, citando custos de creditícios historicamente baixos (o Fed também sinalizou que não aumentaria as taxas antes de 2023), a necessidade de fazer milhões de americanos voltarem ao trabalho e garantir que o país continue competitivo contra a China.

Contanto que as taxas de juros permaneçam baixas e os EUA possam tomar empréstimos baratos, o país pode lidar com uma dívida muito mais pesada do que se pensava ser possível, mas a dívida federal não pode crescer mais rápido do que a economia indefinidamente.

É por isso que um eventual aperto monetário do Fed é tão discutido, pois ele poderia colocar em xeque a nova metodologia do governo.

A inflação europeia

Os primeiros sinais de inflação de junho emergem com os números dos preços ao consumidor da Espanha e da Alemanha.

Como esperado, o impacto dos baixos preços do petróleo no ano passado teve relevância.

A partir de agora, porém, os números devem se estabilizar e, nos próximos meses, a inflação deverá começar a desacelerar.

A questão, portanto, é com que rapidez agora ela desacelera. Pode-se defender os riscos de queda para a inflação no próximo ano, à medida que os efeitos temporários atuais se invertem.

Para reforçar essa noção, vale conferir a fala de hoje da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Anote aí!

Hoje (29) o dia começa agitado lá fora com o Fórum Econômico de Bruxelas, que contará com a presença da presidente do BCE, Christine Lagarde, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, do diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, e do comissário europeu para Economia, Paolo Gentiloni.

Nos EUA, vale conferir a fala do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, em meio às discordâncias dos membros do Fed sobre os próximos passos da política monetária. Confiança do consumidor de junho e estoques de petróleo são devidos.

Aqui no Brasil, vale ficar de olho em novos desdobramentos de Brasília, na definição da Aneel sobre o reajuste da bandeira tarifária e no IGP-M de junho, que deve crescer 1% na comparação mensal – dado acima do esperado reforça a tese de um ajuste de 100 bps na próxima reunião do Copom.

Muda o que na minha vida?

A demanda de petróleo deverá aumentar. Depois de um rali para cima dos US$ 75/barril (Brent), atingindo suas máximas de dois anos, o petróleo desistiu de alguns ganhos depois de os mercados interpretarem a comunicação do Fed como mais “hawkish” (contracionista).

No entanto, o mercado continua atento com o petróleo, uma vez que os estoques devem cair ainda mais no verão do hemisfério norte, quando a demanda aumenta em meio à reabertura global.

Com a Opep+ mantendo uma abordagem cautelosa para trazer de volta a produção de petróleo, vemos o crescimento da oferta ficar aquém da demanda – haverá reunião do cartel e os preços serão influenciados.

Já há quem aguarde um petróleo acima de US$ 100/barril novamente. De forma mais ampla, os investidores devem considerar a incorporação de commodities em carteiras à medida que se preparam para uma inflação mais alta.

As commodities estão positivamente correlacionadas com a inflação, e o ambiente econômico atual é propício para preços mais altos das commodities.

Estar otimistas com elas não significa que os preços subirão indeterminadamente, mas apenas que as empresas do setor continuarão a gerar caixa – aliás, os preços podem até cair um pouco que o cenário ainda será vantajoso.

Nesse contexto, você já conferiu o Vitreo Petróleo, o Vitreo Cobre, o Vitreo Urânio ou o Vitreo Carbono?

Fique de olho!

Estaríamos diante da maior oportunidade de investimentos dos últimos seis anos?

Para Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, este momento pós-pandemia é exatamente isso.

Em sua principal carteira de ações teórica, materializada no fundo Oportunidades de Uma Vida, Felipe busca ações que, aos preços atuais, talvez nunca mais vamos encontrar na vida.

Para isso, ele identifica quais delas são negociadas por um preço muito abaixo do justo e que podem entregar ganhos muito acima da média.

Podemos dizer que tem funcionado: só neste ano, o fundo entregou 25,02% de rentabilidade bruta, frente a 8,82% do Ibovespa (IBOV).

E, além do resultado recente contra o Ibovespa, o fundo está posicionado para um espetáculo no 2º Round (apesar de não podermos garantir lucros).

Isso porque, na pandemia, excelentes ações tiveram seus preços derrubados e, agora, podem passar por correções súbitas no curto prazo.

Não precisamos nem dizer que o fundo está engatilhado para essa retomada da economia pós-covid, não é?

A oportunidade do momento é rara e precisa ser tratada como tal… mas você precisa ser rápido: a hora de agir é agora (ou você pode esperar a próxima crise global durante 10, 20, 30 anos, é claro).

Para investir o seu dinheiro no Oportunidades de Uma Vida e ter acesso às ideias do Felipe Miranda, com gestão ativa da Vitreo, clique no botão abaixo.

[QUERO INVESTIR]

Um abraço,

Jojo