Pré-Mercado: Quem tem medo de mais inflação?
Oportunidade do dia
A Nova SuperPrevidência
Ontem, lançamos oficialmente a Nova SuperPrevidência – e foi um sucesso instantâneo. Ontem mesmo já havia 254 pedidos de investidores querendo acessar esse plano com a alocação mais completa do Brasil. O melhor é que você não precisa de dinheiro novo para fazer parte dessa estratégia. Basta pedir sua portabilidade, caso já tenha um plano de previdência.
Trade do Dia
Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – venda dos papéis da PetroRio (PRIO3)
PRIO3: [Entrada] R$ 22.66; [Alvo parcial] R$ 22.20; [Alvo] R$ 21.68; [Stop] R$ 23.33
O iminente rompimento de um suporte devido à forte pressão vendedora atual oferece ganhos nesta operação de curto prazo.
Observações sobre a operação:
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
Bom dia, pessoal!
Lá fora, as ações asiáticas caíram nesta quarta-feira (22), não conseguindo dar continuidade ao rali de Wall Street, uma vez que as preocupações com as taxas de juros e a inflação continuam sendo um foco importante para os investidores, enquanto o iene japonês atingiu uma nova mínima de 24 anos em relação ao dólar. Os mercados internacionais se mostram cautelosos com o testemunho do presidente do Fed dos EUA, Jerome Powell, perante o Congresso marcado para hoje.
As coisas também não vão bem na Europa e nos futuros americanos, que apresentam queda nesta manhã. Os mercados estão oscilando entre temores de recessão e temores de inflação. O Brasil, que poderia acompanhar tal dinâmica perversa, tem se distanciado da realidade internacional, influenciado principalmente pelas questões inflacionárias, políticas e fiscais no ambiente doméstico, hoje muito poluído pela continuidade da crise na Petrobras.
A ver…
Há alguma resolução sobre a questão dos combustíveis?
Por aqui, sem muitos indicadores econômicos relevantes na agenda, voltamos nossa atenção para a Petrobras novamente. Em Brasília, a classe política, em pé de guerra contra a estatal, busca maneiras de suavizar o impacto da alta dos combustíveis no consumidor final. A ideia da vez é o voucher para os caminhoneiros, que teria apoio do Ministério da Economia, evitando assim mudanças na Lei das Estatais.
Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, indicou que foi discutida a possibilidade de incluir no texto o voucher para caminhoneiros, mas que a viabilidade do benefício ainda depende de avaliação jurídica. Pacheco também defende uma conta de estabilização, mas a medida encontraria resistência de algumas alas do governo.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, o uso dos dividendos da Petrobras para custear uma conta de estabilização de preços poderia gerar efeitos colaterais indesejados, como artificialidade de preços (o preço deixa de refletir a verdadeira escassez de um bem) e novo esgarçamento do teto de gastos.
Enquanto isso, ainda acompanhamos a análise da elegibilidade de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobras, que deverá ficar para sexta-feira (24), e as definições sobre a PEC dos Biocombustíveis, que iniciou sessão em sua Comissão Especial, e a PEC 16, que trata sobre a compensação da União aos estados que zerarem o ICMS sobre diesel e GLP.
Powell está com a palavra
Depois da pior semana para as ações em mais de dois anos, os principais índices americanos subiram na terça-feira, na volta do feriado. Os ganhos foram gerais, com todos os setores do S&P 500 terminando em território positivo. O movimento comprador se estendeu às ações de valor e crescimento, que geralmente se movem em direções opostas à medida que os rendimentos dos títulos sobem.
Ainda assim, seguimos dentro do “bear market” (mercado de baixa). Com cerca de cinco meses e meio de idade, já é mais velho do que outros seis mercados desse tipo em quase 40 anos, com apenas a bolha da tecnologia de 2000 a 2002 e a crise financeira de 2008 durando mais. Isso significa que o mercado de baixa pode estar mais próximo do fundo do que muitos esperam. Vale lembrar que o “bear market” médio desde 1950 levou cerca de 11 meses para marcar sua mínima, mas seis dos últimos oito mercados de baixa terminaram em seis meses.
O dia, porém, tem tom negativo nesta manhã, com investidores ansiosos para a fala de Jerome Powell, presidente do Fed, marcada para hoje em depoimento sobre a política monetária no Senado dos Estados Unidos — já se projeta um final de ciclo de aperto entre 4 e 4,25% para a taxa de juros americana. O controle da inflação hoje é menos sobre salários e mais sobre lucros e poder de preços. Sobre o tema, investidores avaliaram cada palavra de Powell com uma lupa.
Os problemas com o petróleo líbio
A indústria de petróleo da Líbia está em desordem e está bombeando menos petróleo do que há um ano, mesmo enquanto o mundo está lutando para encontrar novas fontes de energia. O conflito no país reduziu a produção de petróleo, com governos paralelos assumindo o controle de instalações petrolíferas e as fechando.
É por isso que o Ministério do Petróleo líbio disse recentemente que a produção havia diminuído para 100 mil barris por dia em junho, abaixo dos 1,2 milhão de barris por dia do ano passado. Nesta semana, o ministro do petróleo afirmou que alguns campos voltaram a funcionar e a produção subiu para 800 mil barris por dia.
Ainda assim, a produção permanece menor do que no ano passado, sem ninguém saber ao certo quem é responsável pelo fornecimento de petróleo do país. Com isso, a oferta de petróleo global fica ainda mais comprometida. Nos últimos dias, o contrato Brent voltou para a casa dos US$ 110 por barril, mas se voltarmos a ter pressões como esta, não tardaria para revermos o patamar de US$ 120 a US$ 130 por barril.
Anote aí!
Na Europa, contamos com falas de autoridades monetárias do BCE (Zona do Euro) e do BoE (Reino Unido) — o índice de confiança do consumidor da União Europeia e os dados de varejo da Inglaterra também são esperados.
Nos EUA, teremos a divulgação da pesquisa semanal de aplicações, um indicador importante da atividade de financiamento habitacional e hipotecário, mas o principal evento do dia é a participação do presidente do Fed, Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado dos EUA.
No Brasil, acompanhamos a agenda de Brasília, enquanto esperamos a participação de Roberto Campos Neto, presidente do BCB, em evento promovido pelo jornal O Globo.
Muda o que na minha vida?
Os bancos centrais em todo o mundo estão perdendo a batalha contra a inflação, sendo que suas respostas podem jogar a economia global em uma recessão. Na semana passada, o Federal Reserve elevou suas taxas de juros em 75 pontos-base, sua maior alta desde 1994. O Banco da Inglaterra também aumentou sua meta de juros pela quinta vez desde dezembro e até o banco central suíço elevou as taxas pela primeira vez em 15 anos.
As recessões não têm sido gentis com os investidores. Os bear markets durante as recessões têm sido historicamente mais longos e profundos do que aqueles que não estavam associados às crises econômicas. Desde a Segunda Guerra Mundial, as ações caíram 28% nos mercados baixistas sem recessões e 36% durante as recessões.
Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha dito na semana passada que ainda há uma chance da economia dos EUA evitar a recessão, ele admitiu que a invasão da Ucrânia pela Rússia, a pandemia em andamento, a cadeia de suprimentos ainda não normalizada e a crise de energia aumentaram o grau de dificuldade da crise. O Brasil não é diferente, caminhando para uma Selic terminal de 13,75% em agosto.
Ao reduzir o estímulo e colocar a política monetária em reversão, os bancos centrais abalaram os investidores. As ações entraram em um bear market e, na semana passada, Wall Street registrou seu pior desempenho desde março de 2020: o S&P 500 caiu quase 6% e o Dow Jones despencou cerca de 5%. Ainda tem mais água para rolar, provavelmente, até que cheguemos ao fundo do poço da crise atual.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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