Colunista Vitreo

Pré-mercado: Quem quer revisar a revisão?

27 maio 2021, 8:44 - atualizado em 27 maio 2021, 8:44
Emoção por conta de o Tesouro querer melhorar o perfil da dívida / Eu, Tonya (2017)

Bom dia, pessoal!

Nesta quinta-feira (27), nos EUA, revisão do produto interno bruto do primeiro trimestre e pedidos de bens duráveis são esperados e podem movimentar a agenda macro internacional, uma vez que darão o tom para os investidores do mundo todo sobre a recuperação em 2021.

Claro, mais crescimento enseja maior preocupação com a inflação, muito embora a maior parte dos financistas e economistas concorde, pelo menos por enquanto, que um aumento de preços agora seja temporário e controlável.

Em cautela, os futuros americanos amanhecem em queda marginal, enquanto as ações europeias buscam alguma alta.

Na Ásia, ficamos de olho no Japão, que estendeu seu “estado de emergência” em algumas áreas, incluindo Tóquio, em um esforço para conter os casos de Covid-19 – a questão é relevante pois as Olimpíadas têm data para começar: 23 de julho. A ver…

Um pouco de alívio fiscal

O Tesouro, assim como fez ontem (26), deverá sinalizar hoje que deseja melhorar o perfil da dívida, ao passo que divulga os resultados das contas do governo central – na quarta-feira, durante a revisão do Plano Anual de Financiamento, a autoridade definiu como metas a emissão de mais papéis pós-fixados e de prazos mais longos, na tentativa de melhorar o panorama de endividamento brasileiro.

Em meio ao progresso das discussões das reformas administrativa e tributária, uma indicação como essa tem força.

Se confirmada, uma alteração positiva no perfil da dívida pode dar mais folga para a atuação de nossas políticas fiscais e, inclusive, monetárias.

Bons presságios daqui podem projetar otimismo sobre ativos de risco. Adicionalmente, depois de um Caged abaixo das expectativas, hoje contaremos com os dados de emprego da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) Contínua, divulgados pelo IBGE, referentes ao último trimestre encerrado em março, que podem mostrar o desemprego subindo para perto dos 15% (14,7% na mediana das estimativas).

Surpresas aqui podem ter impacto na Bolsa.

Mercado de trabalho, estímulos e vacinação

Além do PIB do primeiro trimestre, o que está em foco também é o mercado de trabalho dos EUA, com os números semanais de pedidos de auxílio-desemprego a serem apresentados.

Os EUA têm encontrado certa dificuldade em contratar seus funcionários novamente, fricção que deverá ser diluída ao longo do segundo semestre, conforme as pessoas se vacinam, as creches retomam seus trabalhos e o auxílio de Biden se esvai.

Na frente política, os republicanos estão planejando oferecer ao presidente Biden uma resposta ao pacote de infraestrutura de aproximadamente US$ 1 trilhão esta semana, bem abaixo dos US$ 2,3 trilhões pretendidos pelos democratas inicialmente.

Um meio-termo entre US$ 1,5 trilhão e US$ 1,7 trilhão deverá ser encontrado.

Enquanto isso, depois de mais de 50% da população adulta ter sido vacinada nos EUA, a Moderna solicitará autorização da FDA (Anvisa dos EUA) no próximo mês para administrar sua vacina contra o coronavírus em crianças a partir dos 12 anos – a notícia é positiva para os presságios de recuperação.

O acordo suíço e o imposto de carbono

Já faz mais de sete anos desde que a Suíça e a União Europeia iniciaram negociações em torno de um novo entendimento para a cooperação econômica.

Infelizmente, depois de tanta sangria, a Suíça indicou o cancelamento das negociações, dizendo que não poderia aceitar as demandas de Bruxelas em questões como direitos dos cidadãos e salários.

Em ano de eleição na Alemanha, o pilar mais forte da Zona do Euro, intrigas com aliados financeiros não são vistas como bons sinais, uma vez que incentivam o nacionalismo econômico e prejudicam o comércio global, que deveria ser chave para recuperarmos a economia em um mundo pós-Covid.

O Reino Unido, por sua vez, já começando a esbanjar sua liberação da Zona do Euro em termos econômicos, começou a estudar uma imposição de um imposto de fronteira de carbono, tributando bens de países que não limitam as emissões de carbono.

Os EUA e a União Europeia, que se alinham pela alíquota mínima global, também estão estudando esse tipo de imposto.

Vemos como caminhamos para uma década de maiores impostos e, muitos deles, com viés ambiental, como o que vemos aqui.

O tema deverá se aquecer nos próximos meses, engajando o mercado de créditos de carbono europeu – você já conferiu o Vitreo Carbono?

Anote aí!

No exterior, destaque para a revisão do PIB nos EUA e a inflação acumulada no período (PCE do 1T21 em segunda estimativa) nos EUA, ambos pela manhã.

Ainda lá fora, vale acompanhar a fala da secretária do Tesouro, Janet Yellen, em depoimento no Congresso. Pedidos de bens duráveis também tem lá sua relevância, principalmente pelo início da troca de consumo entre bens e serviços.

No Brasil, contamos com a confiança da indústria em maio, medida pela FGV, a taxa de desemprego, que marca na mediana 14,7% para a expectativa dos agentes, e resultado do governo, que deverá entregar um superávit primário de R$ 8,5 bilhões para o mês de abril.

Fala de Paulo Guedes em evento bem como a reunião do Conselho Monetário Nacional marcam presença na agenda do dia.

Muda o que na minha vida?

Vivemos um momento curioso, ao redor do mundo inteiro, de dados econômicos em entregas bem atípicas (radicais).

Lembramos que, no início de 2020, as perdas de empregos nos EUA foram extremas depois que a pandemia chegou em solo americano.

Tais extremos também têm acontecido com a recuperação econômica, mal enquadrada para os modelos convencionais dada a natureza incomum da crise atual. Em outras palavras, o mundo de hoje não cabe em nossos moldes criados no século passado.

Nessa dinâmica, entendemos que os investidores devem seguir preparados para mais choques de dados econômicos nos próximos meses, especialmente depois que o índice de preços ao consumidor de abril nos EUA subiu a um ritmo surpreendentemente acentuado de 4,2% ao ano, o mais rápido desde 2008.

No Brasil, por sua vez, a prévia da inflação de maio nos levou para cima de 7% nos últimos 12 meses, ainda que desacelerando.

Se você observa uma inflação um pouco mais alta, os salários subindo e as expectativas de inflação se elevando, você também começa a precificar isso, o que empurra para cima a ponta longa da curva de juros – mais inflação demanda mais juros das autoridades monetárias.

A maioria dos BCs ao redor do mundo, no entanto, têm se mantido comprometidos com a manutenção, ao menos em um primeiro momento, dos estímulos.

Nos EUA, por exemplo, mesmo se a taxa de juros voltar a subir, não vemos como provável que ela ultrapasse os 2,15% ou 2,25%. Isso dá um limitador importante para o mercado, que gosta de trabalhar com expectativas bem ancoradas.

Haverá normalização dos juros em um segundo momento?

Sim, mas entendemos que ela deverá ser gradual e não violenta, em resposta aos dados extremos que temos visto.

Fique de olho!

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Foi isso o que ele disse no episódio do RadioCash, podcast em que participou com o Jojo e o Felipe Miranda, CIO da Empiricus.

Inclusive, a gente acha válido destacar uma das afirmações feitas por ele em relação a esse assunto.

Dá só uma olhada:

Notícia de 25 de maio de 2021

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Atenção:

Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir.

Retornos passados não garantem retornos futuros.

As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.

A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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