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Pré-Mercado: Quem aí está preparado para o mês de agosto?

01 ago 2022, 8:33 - atualizado em 01 ago 2022, 8:33
Investidores locais reunidos para avaliar a tomada de decisão do Bacen nesta semana | Todos os Homens do Presidente (1976)

Oportunidade do dia

Invista no fundo que rendeu 325,87%

Recomendado pela Empiricus, o Gávea Macro reabre nesta segunda-feira. O multimercado é da casa comandada por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e já rendeu 325,87% desde seu início em 2008.

[QUERO INVESTIR]

Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Hypera Pharma (HYPE3).

HYPE3: [Entrada] R$ 42.71; [Alvo parcial] R$ 43.92; [Alvo] R$ 46.17; [Stop] R$ 40.39; [Ganho esperado] 8.11% 

“O setup ‘barra elefante’ foi ativado e oferece oportunidade de ganhos no curto prazo.”

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam o pregão predominantemente em alta nesta segunda-feira (1), seguindo as movimentações positivas dos mercados globais na sexta-feira (29), com os investidores reagindo aos resultados corporativos das grandes empresas americanas e à percepção de que o Federal Reserve teria espaço para não ser tão agressivo em próximas movimentações. 

A Europa começa a semana em alta, diferentemente dos futuros americanos, que têm uma manhã de queda. De fato, passamos por uma semana relevante do ponto de vista econômico, mas os próximos dias não serão tão tranquilos, a começar pela formação de expectativas pelo payroll dos EUA, marcado para a sexta-feira. Diante da chance de o Fed reduzir o ritmo do aperto — o dado será acompanhado por diversos investidores.

A ver…

No aguardo do Copom

No Brasil, a chance de o Federal Reserve dos EUA poder ser mais dovish (expansionista) abre espaço para que o Banco Central do Brasil (Bacen) possa encerrar o ciclo de alta da Selic nesta semana, quando deverá elevar em 50 pontos-base a taxa Selic para 13,75% na conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira.

Uma certa moderação dos preços das commodities, ao menos parcial, e uma atividade chinesa menos robusta também dão margem para a projeção de uma economia não tão aquecida do ponto de vista internacional, o que suporta a ideia de um fim de ciclo de aperto monetário no Brasil na reunião desta semana.

Naturalmente, ainda temos os riscos fiscais e políticos no radar. Justamente por isso será importante acompanhar a retomada de atividade do Congresso e do Poder Judiciário nesta semana, bem como a sanção do piso nacional de enfermagem (o presidente tem até quinta-feira) e o término do prazo das convenções partidárias.

O que esperar com o fim do recesso dos Poderes Legislativo e Judiciário?

Após duas semanas de recesso parlamentar, o Congresso Nacional retorna às atividades legislativas hoje, no que promete ser a configuração de uma semana de esforço concentrado entre os dias 1 e 5 de agosto.

A pauta, que ainda deve ser definida em reunião de líderes nesta segunda-feira (1), pode contemplar itens como o rol taxativo da ANS e as medidas provisórias próximas de caducar, como a tabela de frete rodoviário, a redução a zero da alíquota de encargos federais e estaduais sobre os combustíveis e a abertura de crédito extraordinário no orçamento para o pagamento de parte do pacote previsto pela PEC dos Benefícios.

Um problema nessa dinâmica é que ainda estamos na última semana de convenções partidárias, o que tira muitos parlamentares de Brasília, inviabilizando algumas ideias mais audaciosas. Ainda assim, o tema mais relevante para as próximas semanas se relacionará com as discussões envolvendo o orçamento para 2023 — historicamente, o mês de agosto costuma ser mais volátil justamente por conta da discussão do planejamento de receitas e despesas para o ano seguinte.

Refletindo sobre a recessão técnica americana

Segundo a definição formal, os EUA entraram em recessão técnica na última quinta-feira (28), quando foi confirmado que a economia havia encolhido por dois trimestres consecutivos.

Por outro lado, isso não significa que estejamos realmente em uma recessão. As recessões chegam até nós em uma variedade estonteante de formas e tamanhos, e duas não costumam ter as mesmas causas ou efeitos.

Há motivos para ainda se manter alegre, o desemprego segue muito baixo, em 3,6%, e as finanças domésticas das famílias americanas parecem saudáveis — os resultados dos bancos indicaram que as pessoas estão saindo e se divertindo nos EUA.

No final do dia, a confiança do consumidor é importante. Se as pessoas temem que a economia esteja prestes a entrar em crise, elas reduzem os gastos, trocam seu consumo por produtos mais baratos e adiam o consumo para um segundo momento.

Em outras palavras, os consumidores ficam mais econômicos. Se um número suficiente de pessoas fizer isso, o mercado terá uma recessão. Hoje, os sinais são de que os consumidores estão entrando nessa posição defensiva, apenas.

Anote aí!

Na agenda internacional, temos poucos dados de substância, mas os investidores podem contar com vários indicadores de sentimento na Europa e nos EUA — na semana passada, o índice de custo do emprego dos EUA relatou salários reais muito fracos, o que poderá vir a prejudicar o sentimento sobre a economia. Os alemães contam com dados de atividade (PMIs), assim como os britânicos, e de varejo.

No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reúne com seus secretários pela manhã e, mais tarde, tem reunião com a gerente do Setor de Instituições para o Desenvolvimento do BID, Susana Guerra. A temporada de resultados corporativos segue firma por aqui, da mesma maneira como ocorre nos EUA, enquanto avaliamos o resultado da balança comercial de julho.

Muda o que na minha vida?

O presidente Biden e Xi Jinping encerraram uma ligação de duas horas na última quinta-feira (28) com planos de organizar sua primeira reunião pessoal desde que Biden assumiu o cargo — vale lembrar que Xi Jinping também não deixou a China desde a pandemia, dada a estrita estratégia de “zero Covid” do país.

Os líderes das duas maiores economias do mundo discutiram áreas de cooperação potencial, como mudanças climáticas e saúde, além da estabilização das cadeias de suprimentos e proteção à segurança alimentar e energética global.

Com o movimento, Biden aproveitou para também pressionar o presidente chinês a não apoiar a guerra da Rússia na Ucrânia, mas não mencionou, como era esperado, uma possível reversão das tarifas da era Trump sobre as importações chinesas.

Durante a conversa, os dois líderes também se alertaram sobre o crescente confronto sobre Taiwan, que foi exacerbado por uma possível visita à ilha pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o que traria ruído na relação já estremecida entre os países.

De maneira geral, o fato de a ligação ter acontecido é positivo e mostra que ambos os líderes querem manter um piso sob a deterioração dos laços bilaterais. Qualquer futuro cessar do diálogo de alto nível entre os EUA e a China seria um sinal negativo para a estabilidade global, que já carece em 2022 de suporte.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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