Pré-mercado: Privatização da Eletrobras: feito é melhor do que perfeito
Bom dia, pessoal!
Esta terça-feira (22) nos promete dois possíveis cenários:
i) alívio com a aprovação da MP da Eletrobras (ELET3), dando sinais de vitalidade para a agenda de Guedes depois de muito tempo; e
ii) suspense com ata do Copom, que deverá chamar a atenção do mercado local, provocando volatilidade em caso de alguma surpresa.
Lá fora, teremos a presença de Jerome Powell, presidente do Fed, para reforçar algumas sinalizações derivadas da “Super Quarta” da semana passada, provavelmente tentando tranquilizar o mercado. Mercados lá fora começam o dia mistos.
Europa amanhece predominantemente no vermelho, ainda que próximo da estabilidade, enquanto os futuros dos EUA estão buscando tom positivo depois do dia de recuperação ontem (21).
A ver…
Feito é melhor que perfeito
Na noite de ontem (21), a Câmara aprovou o parecer do relator Elmar Nascimento (DEM-BA) sobre a MP da Eletrobras que obteve 258 votos favoráveis (versus 136 contrários).
Com isso, um dia antes do Congresso esgotar seu tempo, a privatização (via capitalização) da companhia segue para a sanção presidencial, que tem até 15 dias úteis para ocorrer – há críticas em relação ao texto aprovado, mas, a essa altura do campeonato, feito é melhor do que perfeito.
A notícia foi positiva ontem para o Ibovespa e poderá o ser hoje novamente, a depender do desfecho de outras peças-chaves do dia.
Diante da crise hídrica, que ameaça até o PIB do agronegócio para o ano (restrições para o uso de água), o brasileiro vê a chance de mais revisões no preço da energia e ainda a possibilidade de racionamento.
Tais pressões podem estar descritas na Ata do Copom, a ser divulgada hoje pela manhã – sinalizações sobre a permanência ou não da inflação, derivada dos fatores atualmente verificados como transitórios, serão importantes.
Outros detalhes sobre a profundidade do processo de normalização vigente da taxa de juros também serão observados. Um comunicado muito agressivo poderá machucar ativos de risco.
No aguardo em mais movimentos do Fed
Ontem (21), o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, considerado por muitos uma das principais vozes econômicas da instituição, indicou claramente que era muito cedo para mudar a política monetária do banco central.
As palavras foram acompanhadas pelo chefe do Fed de St. Louis, James Bullard, que semana passada havia provocado volatilidade nos mercados com palavras mais “hawkish” (contracionista) do que o antecipado – isso mesmo, ele teve que voltar atrás de tão sensível que está o mercado.
Williams, por sua vez, também observou que, como grande parte do foco hoje é sobre mudanças de preços relativos, a mesma dinâmica observada agora pode criar um impulso deflacionário na sequência; em outras palavras, se a inflação de hoje está aparentemente mais acelerada por conta da depressão do ano passado, a inflação de “amanhã” poderá estar mais devagar por conta da aceleração atual.
Para confirmar tal entendimento, hoje teremos mais um pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, que testemunhará ao Congresso hoje – seu testemunho ocorrerá na Câmara dos Representantes e será sobre a resposta à pandemia.
Em discurso “dovish” (“expansionista”) já antecipado, insistindo na transitoriedade da inflação, a autoridade não parece oferecer uma análise econômica detalhada que Williams. A fala de Powell pode ter efeito no câmbio por aqui.
Reflation ou tech?
Depois da pior semana desde outubro, o Dow Jones voltou a subir no início desta semana. Voltamos a nos questionar sobre qual o rumo a ser tomado:
i) se a reflação (reflation trade) para ativos descontados, de reabertura e que se beneficiam de inflação continuará; ou
ii) se voltaremos a comprar tecnologia. Por via das dúvidas, é melhor comprar as Melhores Ações do Mundo.
O aprimoramento na perspectiva de crescimento foi apoiada na semana passada pelo próprio Federal Reserve, que revisou para cima suas expectativas de crescimento para o ano de 2021, sublinhando o retorno à normalidade na economia dos EUA, conforme os gastos do consumidor em serviços se recuperam.
Embora o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) também tenha apontado para o aumento dos preços devido a gargalos no fornecimento e repiques de demanda, anteriormente reprimida, entende-se que tais pressões irão diminuir à medida que as empresas se ajustarem à reabertura; isto é, a oferta responder à altura.
Anote aí!
Em dia que receberemos Osmar Terra na CPI da Covid, acusado de participar do “gabinete paralelo”, o Brasil recebe 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen contra Covid-19, fabricada pela Johnson & Johnson – a coisa boa dessa vacina é que uma dose basta para imunizar a população.
Votação no senado sobre o aumento da CSLL para o banco poderá ser acompanhada com cautela.
Lá fora, começamos com a confiança do consumidor da Zona do Euro, que poderá dar mais ânimo para os ativos de risco europeus.
Nos EUA, os dados de vendas de casas existentes podem gerar interesse do mercado, bem como os estoques de petróleo – alguns especialistas estimam que o petróleo pode voltar a flertar com os R$ 100/barril, o que seria ótimo para os investidores no fundo Vitreo Petróleo.
Muda o que na minha vida?
O amplo lançamento de campanhas de vacinação ao redor do mundo reduziu grande parte da pandemia como a conhecemos em um primeiro momento no ano passado.
Hoje, o foco voltou para aprender como viver com as variantes e quais medidas a população pode tomar contra elas; isto é, o teste das campanhas de imunização será o de verificar se as hospitalizações e, principalmente, as mortes permanecerão baixas, tornando o vírus mais controlável a longo prazo.
Com isso, estipula-se sobre a possibilidade da Covid-19 se tornar uma doença endêmica, o que significa que sempre estará presente na população, mas circulando em taxas mais baixas.
A decisão não é unânime e outra ala de especialistas entende que teremos de viver com o vírus para sempre, chegando um estágio em que apenas teremos de monitorar as hospitalizações.
Por que isso importa? A classificação poderia impactar as decisões políticas sobre o controle do vírus, influenciando o retorno dos lockdowns e do fechamento de escolas, bem como outras medidas testemunhadas nos últimos 12 meses.
As pessoas ainda precisarão ser vacinadas contra o COVID-19 periodicamente nos próximos anos, o que significa que as vacinas se tornarão sazonais como as vacinas contra a gripe – logo, a organização desse processo de vacinação também será importante.
Fique de olho
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O fundo se inspira na carteira teórica de mesmo nome recomendada por Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus. Segundo o analista, a carteira está pronta para surfar o ciclo econômico de retomada que estamos prestes a viver, com papéis ligados ao consumo, commodities e cases promissores de tecnologia.
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Um abraço,
Jojo Wachsmann