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Pré-Mercado: Preparado para as propagandas eleitorais?

16 ago 2022, 8:23 - atualizado em 16 ago 2022, 8:23
Investidores anseiam pelo gostinho da liberdade: a ansiedade para o início eleitoral acabou | Um Sonho de Liberdade (1994)

Oportunidade do dia

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Absoluto Partners reaberto por tempo limitado

Última recomendação da Empiricus, o fundo de ações Absoluto Partners reabriu para novos aportes por tempo limitado. O fundo é comandado por José Zitelmann e Gustavo Hungria, que ocam a mesma estratégia há quase 15 anos.

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Azul (AZUL4).

AZUL4: [Entrada] R$ 17.62; [Alvo parcial] R$ 18.58; [Alvo] R$ 20.02; [Stop] R$ 16.00; [Ganho esperado] 13.62% 

“A análise quantitativa do papel em diversas janelas temporais indica a possibilidade de ganhos no curto prazo com o rompimento da máxima do dia anterior.”

Recomendo a entrada na operação em R$ 17.62, um alvo parcial em R$ 18.58 e o alvo principal em R$ 20.02, objetivando ganhos de 13.62%.

O stop deve ser colocado em R$ 16.00, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Aproveito para convidá-lo a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. O link é esse aqui. Participe também do grupo do Telegram e fique por dentro de todas as recomendações!

Operações recentes:

– LPSB3: recomendação de ontem atingiu o alvo no mesmo dia, gerando ganhos de 7.37% para quem comprou o papel.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos encerraram o pregão predominantemente em alta nesta terça-feira, apesar das quedas de Bolsas relevantes da região, como a japonesa, a chinesa e a de Hong Kong. Os investidores seguiram as sinalizações positivas dos mercados ocidentais, em meio a recentes dados de inflação suaves que levantaram especulações de que o Fed dos EUA pode desacelerar o ritmo de aperto monetário.

Hoje, os mercados europeus abrem novamente em alta, enquanto os futuros americanos ainda experimentam dificuldade e caem nesta manhã. Os investidores aguardavam a ata do Fed, que deve sair na quarta-feira, em busca de pistas sobre o ritmo de aumentos de juros no futuro. No Brasil, a política deverá tomar conta da mente dos investidores, apesar de boa parte deles encarar a eleição como um “não-evento”.

A ver…

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Agora, as eleições já começam a dominar o dia a dia do brasileiro

Por aqui, seguimos acompanhando a alta dos ativos locais, que estão animados com o fluxo de estrangeiro verificado neste início de segundo semestre. Em sua volatilidade, o dólar vem caindo também, mas marginalmente, refletindo tensão com o período eleitoral e com a chance de o exterior estar vivendo apenas um “bear market rally”.

Na curva de juros local, vemos os prêmios embutidos com a PEC dos Benefícios sendo reduzidos dia após dia, apesar do temor fiscal ainda servir de pano de fundo e dos investidores poderem voltar a fugir do Brasil em caso de algum tipo de ruptura institucional depois das eleições — o fim do ciclo de alta da Selic e a queda dos preços dos combustíveis também ajudam na remoção dos prêmios sobre a curva.

A partir de agora, a proximidade das eleições deve ocupar cada vez mais o noticiário político. Hoje, teremos o início da campanha eleitoral, com propagandas, comícios e passeatas — só faltará rádio e TV, que virão na sequência. Paralelamente, o ministro Alexandre de Moraes assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tensão entre os resultados das varejistas e a ata do Fed

Nos EUA, as ações ainda conseguiram se recuperar das perdas derivadas de dados econômicos decepcionantes na China. Não foram apenas os chineses que tiveram uma surpresa com dado econômico abaixo do esperado, no entanto. Entre os americanos, houve frustração com a pesquisa de manufatura Empire State, do Fed de Nova York.

O índice para agosto caiu para -31,3 pontos, o que representaria uma queda de 42 pontos do mês de julho — os investidores esperavam um declínio de apenas seis pontos. A queda na pesquisa veio tanto de novos pedidos quanto de embarques, voltando a trazer preocupações com recessão nos EUA.

O dado vem na véspera dos resultados de algumas varejistas, que já sabemos que serão ruins desde as prévias operacionais de Walmart e Target, e da ata do Copom, que deve ser apresentada amanhã. Por outro lado, dados fracos também sinalizam afrouxamento das pressões de preços em agosto, apoiando a narrativa de pico de inflação.

Se a China está desacelerando e não vai se recuperar muito, os investidores realmente precisam que os EUA aguentem. Qualquer indicativo de um “soft landing” do processo econômico atual, com apenas uma pequena recessão, ou até mesmo desaceleração, será lido de maneira positiva.

Há um grave problema de crescimento na China

Na segunda-feira (15), o banco central da China assustou os mercados tanto com um corte nas taxas de juros quanto com o enfraquecimento dos dados de vendas e manufatura no varejo, que foram bem decepcionantes. A autoridade monetária chinesa reduziu sua taxa de empréstimo de um ano para 2,75%, de 2,85% ao ano, já se antecipando ao pessimismo derivado de dados econômicos mais fracos. 

Como já conversamos, a política de zero Covid da China vem afetando os negócios e fez com que os consumidores reduzissem os gastos, desacelerando o crescimento. Com isso, o BC chinês está em forte contraste com os outros grandes bancos centrais do mundo, que vêm apertando a política monetária este ano.

Isso sem falar do problema de crescimento de longo prazo da China, com sua população prestes a começar a diminuir, devido aos efeitos residuais de sua política de filho único, baixas taxas de fertilidade e muito mais. Os EUA têm problemas semelhantes, mas podem ser resolvidos marginalmente com mais imigração — a China, por outro lado, não é exatamente o destino dos sonhos de um imigrante.

Em 2008, quando tivemos uma crise grave nos EUA, o crescimento da China foi forte o suficiente para evitar que a economia global sofresse muito. Aquele amortecedor aparentemente sumiu. Agora, o mundo precisa que a economia dos EUA seja resistente o suficiente para absorver o trauma desta vez.

Anote aí!

Na agenda do dia, lá fora, contamos com o tão aguardado resultado do Walmart. Entre os dados econômicos americanos, vale acompanhar a produção industrial dos EUA para julho e o início da construção de habitação.

Na Europa, temos os dados do mercado de trabalho do Reino Unido e a pesquisa de sentimento empresarial da ZEW alemã.

Por aqui, no início do calendário eleitoral, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, participa nos Estados Unidos durante os próximos dias de encontro com a autoridade homóloga na 2ª Reunião Ministerial Ampliada do Fórum de Energia Brasil-EUA.

Há também a divulgação do Monitor do PIB de junho, em meio à reunião do grupo de trabalho formado por representantes da União e de estados criado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, para discutir a questão do ICMS sobre combustíveis.

Muda o que na minha vida?

Mais três dúzias de pessoas na China adoeceram por um vírus recém-identificado, o chamado Langya henipavirus, ou LayV. A boa notícia é que estamos falando de poucos casos desde 2018, não parecendo que a transmissão de humano para humano seja possível (acredita-se que animais sejam os portadores naturais do vírus).

É graças a um sistema de alerta precoce que sabemos sobre esse vírus, mas isso não significa que podemos relaxar. LayV é apenas mais um exemplo de transbordamento zoonótico, onde patógenos saltam entre animais e humanos. Cerca de 75% de nossas doenças infecciosas são derivadas de patógenos que começaram a circular em animais.

As autoridades entendem que, caso haja uma nova pandemia, muito provavelmente ela será de uma doença zoonótica. O problema é que o transbordamento zoonótico está acontecendo com mais frequência, o que vai se transformando em mais um grande perigo para a humanidade nos próximos anos.

Várias outras doenças zoonóticas têm ganhado manchetes, incluindo a varíola dos macacos. Um artigo recente da Georgetown University indica que, no cenário mais conservador, outros 15 mil vírus migraram entre 3 mil espécies de mamíferos até 2070. Nitidamente, é um problema de longo prazo a ser combatido.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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