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Pré-Mercado: O que sustentaria mais otimismo?

19 jul 2022, 8:34 - atualizado em 19 jul 2022, 8:34
Respirando fundo antes de mais um pregão volátil no exterior | Crimes do Futuro (1970)

Oportunidade do dia

256,61% do CDI

Conheça o Gap Absoluto, um fundo multimercado que rendeu 22,71% nos últimos 12 meses, o que é equivalente ao CDI + 13,85% ou 256,61% do CDI. O fundo é recomendado pela Empiricus e é liderado por Oscar Camargo e Renato Junqueira, que trabalham há mais de 20 juntos. 

[QUERO INVESTIR]

Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Valid (VLID3)

VLID3: [Entrada] R$ 10.28; [Alvo parcial] R$ 10.42; [Alvo] R$ 10.63; [Stop] R$ 10.04; [Ganho esperado] 3.36% 

“O setup 9.3 de Larry Williams foi ativado e oferece oportunidade de ganhos no curto prazo.”

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam predominantemente em baixa nesta terça-feira (19), acompanhando o desempenho negativo de Wall Street no pregão de segunda-feira (18), com os investidores preocupados com as perspectivas econômicas antes da reunião de política monetária do Federal Reserve dos EUA na próxima semana, entre os dias 26 e 27 de julho.

A nova onda de infecções por Covid-19 na China também continua prejudicando o sentimento do mercado em meio as preocupações com oferta e demanda, o que joga mais incerteza sobre os mercados globais. Neste contexto, os mercados europeus amanhecem sem uma única direção, enquanto os futuros americanos conseguem sustentar certo otimismo, pelo menos por enquanto.

A ver…

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A incerteza fiscal e a inflação brasileira

No Brasil, enquanto esperamos pelo relatório de produção da Vale, a ser divulgado hoje de noite, os investidores ficam atentos em relação aos desdobramentos das últimas medidas tomadas pelo governo sobre a inflação e o panorama fiscal. Ontem, o governo de São Paulo anunciou a redução do ICMS do etanol no estado, passando a alíquota de 13,3% para 9,57% — o movimento pode representar uma redução de R$0,17 por litro no preço pago pelo consumidor.

Enquanto sabemos que tais iniciativas ao redor do Brasil podem gerar um impacto desinflacionário no curto prazo, o impacto fiscal é preocupante. No caso de São Paulo, por exemplo, tal redução para o etanol terá um impacto de R$563 milhões na arrecadação até o final do ano e a perda estatal ao mês é estimada em R$125,1 milhões (lembrando que o governo de SP já reduziu as alíquotas do ICMS sobre a gasolina e em operações de energia elétrica).

Tais incertezas fiscais pesam sobre a curva de juros, que vem se estressando consideravelmente. Por isso, os investidores ficarão atentos hoje para o leilão de NTN-B do Tesouro — os prefixados pagam mais de 13%, enquanto o juro real dos indexados já estão todos acima de 6% (vale conferir). Os desafios fiscais do país são consideráveis, em especial durante um processo eleitoral tão barulhento.

A temporada de resultados segue nos EUA

Entre os investidores americanos, a expectativa é pelo resultado da Netflix, a ser divulgado depois do fechamento de mercado de hoje. Ontem (18), as empresas de tecnologia começaram a apresentar seus números do segundo trimestre de 2022, com IBM exibindo resultados acima do esperado — a companhia ainda não vê o impacto de uma desaceleração econômica.

Ainda assim, essa confiança não ajudou as ações da IBM na tarde do pregão de segunda-feira, com as ações caindo cerca de 4%. A dinâmica apenas mostra o estado frágil do investidor no setor de tecnologia. Depois da Netflix hoje, contamos também com resultados da Tesla, Twitter e Snap nos próximos dias. Em seguida, teremos Alphabet, Amazon, Apple, Meta (Facebook), e Microsoft na próxima semana.

Na expectativa pela Netflix

A Netflix, que já foi uma das queridinhas de Wall Street, de repente está largada às traças. A gigante do streaming divulgará seus resultados do segundo trimestre na noite de hoje, o que poderá vir a ser um dos momentos mais importantes nos 25 anos de história da empresa. O ano não tem sido fácil.

Em abril, a empresa informou que havia perdido assinantes no primeiro trimestre de 2022, na primeira vez que isso acontecia em qualquer trimestre em mais de uma década. Consequentemente, as ações da Netflix explodiram, caindo cerca de 70% neste ano, eliminando bilhões de dólares em valor de mercado e demitindo centenas de funcionários. Sim, a Netflix ainda é a líder em streaming com 221,6 milhões de assinantes em todo o mundo, mas o seu futuro é muito incerto.

Anote aí!

A temporada de resultados corporativos segue firme nos EUA, enquanto investidores acompanham os dados de construção residencial para junho e as falas de autoridades monetárias. Na Europa, contamos com a inflação ao consumidor de junho na Zona do Euro. No Brasil, temos o IPC e o IPC-S Capitais, ambos da 2ª quadrissemana de julho.

Muda o que na minha vida?

Depois de suspender todas os saques de clientes no mês passado, o credor de criptomoedas Celsius Network entrou com pedido de falência na semana passada. Agora, seus 1,7 milhão de clientes ficam se perguntando quando e se receberão seu dinheiro de volta.

A empresa deve cerca de US$ 4,7 bilhões a seus clientes e tem US$ 5,5 bilhões em passivos totais, mas seus ativos circulantes valem apenas US$ 4,3 bilhões, consideravelmente abaixo dos US$ 25 bilhões em outubro. Contudo, como a maioria desses ativos está vinculada a plataformas de mineração de bitcoin e outros projetos de criptomoedas, o caixa da empresa é de apenas US$ 167 milhões.

Agora, o processo judicial de falência pode levar anos. Notadamente, a quebra das empresas de criptomoedas que devem bilhões a clientes é um fenômeno novo e as decisões que os tribunais tomarem em relação ao reembolso abrirão um precedente. Tem muita água para rolar nesse mercado de cripto até que a correção termine.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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