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Pré-Mercado: O mundo parece não encontrar uma solução para a questão dos combustíveis

23 jun 2022, 8:18 - atualizado em 23 jun 2022, 8:18
combustíveis
O mercado ainda parece perdido diante da falta de direção em Brasília | Alice no País das Maravilhas (1951)

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Vibra Energia (VBBR3)

VBBR3: [Entrada] R$ 17.54; [Alvo parcial] R$ 17.89; [Alvo] R$ 18.54; [Stop] R$ 16.87

A formação de um engolfo de alta associado a um fundo duplo oferece ganhos nesta operação de curto prazo.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam em alta nesta quinta-feira (23), apesar das sinalizações negativas dos mercados globais durante a noite, já que os investidores estão ligeiramente aliviados depois que o presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, disse que o banco central não está tentando criar uma recessão para interromper a inflação. Em vez disso, Powell afirmou estar totalmente comprometido em manter os preços sob controle, mesmo sob o risco de uma desaceleração econômica.

Apesar da alta na Ásia, os mercados europeus não conseguem sustentar o mesmo otimismo e caem nesta manhã. Os futuros americanos, por sua vez, pelo menos por enquanto, apresentam predominantemente uma alta. Em se tratando de Brasil, o país tem lidado com seus próprios demônios diante da falta de resolução em Brasília — os ruídos fiscais e políticos seguem elevados, prejudicando a previsibilidade das medidas a serem tomadas na capital federal.

A ver…

Aperte o cinto: a agenda do dia é pesada

Na quinta-feira (23) em que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne, os investidores prestam atenção no cronograma dos dados econômicos a serem apresentados e dos encontros em Brasília a serem realizados.

Sobre o primeiro ponto, vale acompanhar os Resultados Setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, contamos também com a divulgação da arrecadação federal de maio e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), dois itens que devem gerar volatilidade no mercado. 

Já em Brasília, termina hoje o prazo para a apresentação de emendas ao relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Depois da questão dos combustíveis, o orçamento do governo para 2023 será a próxima dor de cabeça do mercado, uma vez que as perspectivas fiscais foram muito prejudicadas nas últimas semanas.

Adicionalmente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se reúne com líderes congressistas para discutir a PEC dos Combustíveis, que trata do ressarcimento pela União dos Estados que reduzirem o ICMS para além de 17% — o mercado teme que a proposta abra uma nova exceção no teto. Outro ponto de atenção é o voucher aos caminhoneiros, que chegou a R$ 1 mil e ainda assim não agradou a classe. 

Powell volta a falar

Nos EUA, depois de testemunhar ontem (22) no Senado, Jerome Powell, o presidente do Fed, voltará a falar nesta quinta-feira (23), desta vez em audiência na Câmara.

Apesar de não ter dado sinalizações claras sobre a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), Powell se mostrou bastante firme em controlar a inflação, tendo adicionalmente alterado seu tom sobre as preocupações com a recessão, reconhecendo mais diretamente que uma recessão será difícil de evitar.

Com os salários reais em patamares mínimos recordes, a inflação não é impulsionada pelos custos salariais. A forte demanda dá poder de precificação às empresas, permitindo que as companhias, com custos mais elevados, impulsionem a inflação.

Paralelamente, os consumidores parecem compensar a queda dos salários reais com taxas de poupança mais baixas ou empréstimos mais altos. Dessa forma, os bancos centrais não precisam reduzir as pressões salariais, mas, sim, moderar a demanda, que pode reagir mais rapidamente ao aperto monetário.

Brexit voltando a trazer dor de cabeça

Um estudo de cidadãos da União Europeia que vivem no Reino Unido revelou a “ferida aberta” deixada pelo Brexit, com os entrevistados dizendo que a decisão de abandonar o bloco os deixou se sentindo traídos, inseguros e desconfiados em relação ao país. O problema é que as reviravoltas recentes entre a união econômica e o país da Rainha Isabel II não deixam ninguém mais tranquilo.

Completando seis anos desde seu início, a separação entre a União Europeia e o Reino Unido é marcada agora por duas eleições suplementares no Reino Unido. A falta de definição é prejudicial para as duas partes em um momento em que os investidores temem aberturas para desaceleração econômica, como parece ser o caso da questão, uma vez que os danos econômicos até aqui foram consideráveis.

Anote aí!

A agenda do dia está cheia. Lá fora, diversas pesquisas de sentimento são aguardadas. Na Zona do Euro e no Reino Unido contamos com a apresentação do PMI composto preliminar de junho. Há índices de atividade industrial e de serviços sendo esperados na Alemanha e nos Estados Unidos. Os americanos também acompanham os pedidos iniciais de seguro-desemprego para a semana que terminou em 18 de junho. 

No Brasil, além dos dados que mencionamos anteriormente, temos as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma pesquisa sobre sucessão presidencial deverá ser divulgada hoje, enquanto o presidente Jair Bolsonaro participa pela manhã da XIV Cúpula do BRICS por videoconferência.

Muda o que na minha vida?

Apesar dos esforços do Ocidente para punir o Kremlin pela invasão da Ucrânia, ninguém conseguiu impedir o presidente Vladimir Putin de vender petróleo e gás. Dessa forma, embora em profunda recessão, a economia da Rússia evitou a crise que muitos governos ocidentais esperavam.

Isso porque os produtos que não estão sendo vendidos para a Europa, EUA e aliados acabam fluindo para outras regiões do mundo por algumas razões: i) falta de suprimentos alternativos; ii) preços em alta, o que faz compras de produtos descontados compensar; e iii) compradores dispostos.

Um desses compradores alternativos tem sido a China. O governo chinês informou que o país importou 55% mais petróleo russo no mês passado do que em maio de 2021, derrubando a Arábia Saudita como principal fornecedor de petróleo para os chineses. 

Como o petróleo russo foi fortemente descontado enquanto o país tenta encontrar compradores dispostos, a China não conseguiu dizer não aos preços de barganha em um momento de custos de energia historicamente altos.

No final do dia, apesar do fracasso das intenções iniciais russas, as consequências econômicas para o país, ainda que relevantes, ficaram muito abaixo do previsto anteriormente. Dessa forma, os gargalos na cadeia de suprimentos devem continuar.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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