Pré-Mercado: O mercado pertence aos ursos agora
Oportunidade do dia
Último dia para garantir sua entrada no Atmos
Ainda dá para aproveitar as últimas cotas para investir no fundo de ações que mais rendeu nos últimos 13 anos. Não deixe para última hora.(Só para investidores qualificados)
Trade do Dia
Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Light (LIGT3).
LIGT3: [Entrada] R$ 8.01; [Alvo parcial] R$ 8.17; [Alvo] R$ 8.37; [Stop] R$ 7.77
O papel está num movimento conhecido como “trading range”, buscando atingir o topo anterior.
Observações sobre a operação:
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
Bom dia, pessoal!
Lá fora, os mercados asiáticos caíram nesta sexta-feira (17) após outra forte queda em Nova York ontem (16), enquanto a Bolsa brasileira esteve fechada por conta do feriado de Corpus Christi, com os aumentos das taxas de juros pelos bancos centrais do mundo alimentando os temores de uma recessão — na Ásia, chamou a atenção a queda do iene depois que o Banco do Japão (BOJ) se recusou a seguir seus pares no aperto.
O otimismo que fluiu pelos pregões imediatamente depois que o Federal Reserve anunciou na quarta-feira (15) seu maior aumento de juros em décadas não durou. Apesar do Fed ter seguido o que o mercado pediu, contratando mais potenciais elevações da mesma magnitude para as próximas reuniões, os investidores parecem duvidar da capacidade de Jerome Powell de controlar a inflação.
A verdade é que o momento não é nada trivial — mais de 90% das ações do S&P 500 caíram ontem, sendo a quinta vez nos últimos 7 dias que isso acontece (desde 1928, isso nunca aconteceu, tornando esta a exibição de vendas mais impressionante da história). Estamos preocupados com uma recessão em um momento em que a atividade econômica ainda é forte. O motivo? O aperto monetário compassado ao redor do mundo.
A ver…
Voltando do feriado com uma ressaca daquelas
Hoje, os investidores locais voltam do feriado de Corpus Christi no Brasil tendo de ajustar suas posições à forte queda de quinta-feira dos ADRs brasileiros lá fora — os futuros sobem por lá nesta manhã, mas nós devemos ter por aqui um efeito em termos líquidos entre ontem e hoje.
O tema doméstico, como não poderia deixar de ser, também é a inflação e o aperto monetário. Na quarta-feira (15), o Banco Central do Brasil elevou a Selic em 0,50 p.p., para 13,25% ao ano. Contudo, diferentemente do que se pressupunha há algumas semanas, a autoridade monetária não sinalizou o fim do ciclo de aperto.
Para a próxima reunião, o Comitê antevê um novo ajuste, de igual (50 pontos-base) ou menor magnitude (25 pontos-base), podendo encerrar o ciclo com algo entre 13,50% e 13,75% ao ano. O comunicado, lido como hawkish, deverá ter um efeito marginal na curva de juros, uma vez que já se entendia este movimento como o mais provável.
Chama a atenção a possibilidade de a Petrobras subir os preços dos combustíveis hoje. Há, porém, um entendimento de que este movimento só será possível graças aos movimentos do Congresso em aliviar temporariamente o peso para o consumidor. Com as renúncias fiscais, o aumento não deverá ser tão sentido, apesar de gerar desconforto.
A quarta-feira enganou mais uma vez
Pela segunda vez consecutiva, as ações não conseguiram segurar os ganhos do dia do Fed. Depois de subir na quarta-feira (15), na esteira do aumento histórico da taxa do Federal Reserve, as ações caíram ontem (16). O S&P 500 perdeu 3,3%, enquanto o Nasdaq caiu 4,1%. O Dow Jones Industrial Average caiu mais de 740 pontos, ficando abaixo de 30 mil pontos pela primeira vez desde o final de 2020.
O movimento fala um pouco sobre os profundos temores dos investidores sobre a inflação, diante de um Fed mais agressivo ao intensificar seus esforços para controlar os preços. A autoridade monetária americana elevou em 0,75 ponto percentual a taxa de juros nos EUA. Outra alta de 75 pontos-base ou 50 bps também está prevista para a reunião de julho, de acordo com o presidente do Fed, Jerome Powell.
A elevação da taxa básica de juros em três quartos de ponto percentual na quarta-feira foi o maior aumento em quase 30 anos (desde 1994). Com os novos aumentos previstos, teríamos um aumento potencial de 1,5 ponto percentual nas taxas em apenas dois meses, deixando poucas dúvidas de que o Fed entrou em um novo estágio na luta contra a inflação.
Adicionalmente, o Fed está prevendo taxas mais altas do que antes: 3,4% até o final do ano, 3,8% em 2023 e 3,4% novamente em 2024. Isso se compara às projeções de março para uma taxa de 1,9% este ano e 2,8% nos próximos dois anos. Além disso, o Fed vê a taxa de desemprego subindo de 3,7% este ano para 4,1% em 2024, e ambos os números foram elevados a partir de suas projeções de março.
Não está sozinho
O Fed não foi o único banco central a ter reunião de política monetária. Na Europa, a reunião de emergência do BCE concordou com uma estratégia também mais enfática contra a inflação — há um temor de que as autoridades europeias já saibam que haverá algumas baleias boiando depois do aperto monetário que vivemos atualmente.
O Fed parece estar tentando garantir o tal pouso suave, mas isso não está acontecendo. Não ajuda que os bancos centrais em todo o mundo estejam começando a apertar as taxas ao mesmo tempo. Três bancos centrais emitiram decisões nas últimas 24 horas.
O Banco do Japão deixou a política inalterada, dado o legado de anos de pressões de desinflação, enquanto o Banco da Inglaterra apresentou um aumento de um quarto de ponto nas taxas. Chamou a atenção também o Banco Nacional Suíço, que elevou as taxas pela primeira vez desde 2007.
Anote aí!
No Brasil, na volta do feriado, contamos com volatilidade adicional por conta do exercício de opções sobre ações. Há também expectativa pelo reajuste nos preços dos combustíveis por parte da Petrobras. Lá fora, nos EUA, temos a divulgação do índice econômico para maio e a produção industrial e manufatureira do mês passado, enquanto aguardamos a fala de Jerome Powell. Na Zona do Euro, os investidores acompanham as leituras finais de maio do índice de preços ao consumidor.
Muda o que na minha vida?
Os primeiros meses de 2022 foram difíceis para a maioria dos investidores. Trata-se de um dos piores inícios de ano de todos os tempos para a carteira de ações e títulos. O temor de uma recessão em meio aos patamares mais elevados de inflação pressiona os ativos de risco ao redor do mundo inteiro.
Uma grande razão para o crescimento mais fraco é a alta inflação, que atinge consumidores e empresas. O problema é que taxas de juros mais altas podem fazer pouco para esfriar a demanda por itens inelásticos, como alimentos e energia, e os preços das casas continuam a subir mesmo com a diminuição da demanda por moradias.
O quadro, por enquanto, é de estagflação, onde o crescimento esmorece e a inflação continua alta. Isso pode mudar rapidamente para uma recessão à medida que o custo do crédito aumenta rapidamente e os ativos de risco desmoronam.
Com o primeiro semestre de 2022 quase completo, os mercados parecem ter subestimado as chances de crescimento econômico mais lento, inflação mais persistente e condições monetárias mais apertadas este ano.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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