Colunista Vitreo

Pré-mercado: nossa sina com a guerra comercial

06 out 2021, 8:45 - atualizado em 06 out 2021, 8:45
Mercado de olho na reunião entre EUA e China / Succession (2018)

Bom dia, pessoal!

O Brasil até tentou ontem (5), mas não conseguiu acompanhar o ritmo de recuperação dos ativos americanos.

Já faz algumas semanas que o mercado internacional reage à alta dos juros dos Treasuries, que fortalece o dólar no mundo e ajuda a levar a moeda brasileira para perto de R$ 5,50 mais uma vez, em seu maior patamar em seis meses.

Em partes, os riscos domésticos, que evitaram uma maior aderência da performance das ações com os fundamentos das empresas, também impedem que os ativos locais acompanhem o ritmo estrangeiro.

Mais um dia de desempenhos mistos na Ásia, com destaque negativo para o Japão. O mesmo pode ser dito das Bolsas europeias e dos futuros americanos.

A ver…

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Partidão

Ainda no aguardo do IPCA a ser apresentado na sexta-feira (8), o mercado terá que se contentar por enquanto com a entrega do IGP-DI de setembro pela manhã, que também dará um norte em relação à inflação.

Outros fatos do dia incluem a apresentação das vendas no varejo em agosto e o leilão extra de swap, que visa dar um pouco mais de estabilidade para o câmbio.

Contudo, qualquer fundamento deverá seguir sendo ignorado à medida que Brasília só se torna mais e mais confusa.

Hoje, a Câmara pode votar, entre outros temas, o projeto sobre improbidade administrativa e a proposta que prorroga o período de suspensão de pagamento das obrigações relativas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O Senado, por sua vez, pode votar o projeto que permite a prorrogação, por até 15 anos, das isenções, dos incentivos e dos benefícios fiscais ou financeiro-fiscais vinculados ao ICMS destinados à manutenção ou ao incremento das atividades comerciais.

As duas discussões são relevantes e de repercussão fiscal, mas secundárias frente à necessidade de um melhor norteamento sobre a questão orçamentária para 2022 e dos precatórios.

Estes, por sinal, têm para hoje previsto o encerramento do prazo para a apresentação de emendas na PEC que endereça o problema.

A audiência pública sobre a privatização dos Correios também pode ter um impacto, a depender do resultado.

Ainda nesta quarta-feira, teremos a Convenção Nacional Conjunta do PSL e do DEM para deliberar sobre a fusão entre os partidos, formando um partidão no Brasil.

Querendo se recuperar

As ações dos EUA se recuperaram na terça-feira (5), com os investidores aproveitando certo desconto nas ações de tecnologia após a queda de segunda-feira (4).

Tais ações têm enfrentado dificuldades desde que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou no mês passado que o banco central poderia iniciar a redução gradual das compras de títulos já em novembro e concluí-la em meados de 2022.

Os ganhos foram estendidos após leituras otimistas sobre a atividade no setor de serviços dos EUA em setembro, conforme o número de casos da variante Delta do coronavírus caiu.

Seguimos acompanhando, porém, o drama do Congresso sobre o financiamento de infraestrutura e o teto da dívida. Um ruído que tem se dissipado é a chance de Powell não conseguir um segundo mandato no Fed.

Ao que tudo indica, o presidente dos EUA, Joe Biden, tem total confiança no atual presidente do Fed.

Na sequência, o mercado acompanha hoje o início da entrega de dados de emprego, com o relatório ADP sobre o emprego privado nos EUA, que prepara as expectativas para o payroll marcado para sexta-feira.

Um encontro não amoroso entre dois gigantes

Para hoje está marcada uma reunião de “alto nível” entre China e Estados Unidos, com possibilidade de cúpula virtual entre os líderes dos dois países.

Desde o início da pandemia, os mercados prestam menos atenção às relações sino-americanas, o que tem servido para mitigar um pouco da volatilidade que se verificava antes sobre o tema.

Assuntos como regulação, guerra comercial e quarta revolução industrial devem ser abordados, bem como geopolítica no Oceano Pacífico (questão Taiwan é relevante).

A China, por sua vez, ainda em feriado, convive com seus próprios demônios diante de seus problemas de crédito e dos riscos de contágio para outros setores da economia, para além do de incorporação.

Tudo começou com o risco de inadimplência da gigante Evergrande, incorporadora imobiliária em dificuldades.

O temor do mercado é que a companhia seja apenas a ponta do iceberg, uma vez que os dados chineses não são sempre os mais confiáveis.

Anote aí!

Na Europa, as vendas no varejo ficaram estáveis na comparação anual, abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma expansão de 0,4%.

Consequentemente, há justificativa econômica para a realização desta manhã nas Bolsas por lá. Além disso, os pedidos das fábricas alemãs em agosto foram mais fracos do que o esperado.

Por aqui, o mercado acompanha a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento, o “Citibank IMF Annual meeting” (fechado à imprensa), bem como a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em diversos eventos ao longo desta quarta-feira. Em termos de dados econômicos, o IBGE divulga o resultado do varejo em agosto e a Anfavea divulga o resultado da produção de veículos em setembro.

Muda o que na minha vida?

Os democratas estarão sob forte pressão nas próximas semanas, enquanto tentam transformar as propostas econômicas do presidente Biden em lei.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, quer que o Congresso passe dois grandes pacotes: o de infraestrutura bipartidária de cerca de US$ 1 trilhão e o de US$ 3,5 trilhões em gastos na rede de segurança social, mitigação da mudança climática e educação.

O primeiro pacote forneceria US$ 600 bilhões em novos fundos para atualizar as antigas estradas, pontes, trânsito, rede elétrica e redes de banda larga do país. Já o segundo promete ser transformador na redução da pobreza e das emissões de carbono, mas os republicanos (e até alguns democratas) estão se recusando a pagar US$ 3,5 trilhões.

Mas não é só isso.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou na semana passada que o governo dos EUA ficaria sem dinheiro por volta de 18 de outubro, a menos que os legisladores tomem medidas para suspender ou aumentar o teto da dívida, discussão que foi parcialmente solucionada na semana passada, mas ainda carece de resolução definitiva.

Embora o impasse irrite os mercados, espera-se que a disputa seja resolvida sem causar danos permanentes.

Houve alguns sinais de progresso no início da semana, desde que o Congresso aprovou uma resolução contínua que adia a ameaça de paralisação até dezembro.

Um default técnico sobre os títulos do Tesouro dos EUA é um evento de probabilidade extremamente baixa, dada a consciência entre os legisladores da magnitude do dano potencial à economia.

Adicionalmente, a história mostra que os mercados costumam lidar bem com paralisações do governo – desde 1980, os EUA sofreram 14 paralisações governamentais e as implicações de mercado foram limitadas, com o S&P retornando 5% em média durante o período de quatro semanas antes do início das paralisações até quatro semanas após seu término.

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Jojo Wachsmann