Pré-mercado: Menos agito para fechar o mês de maio
Bom dia, pessoal!
A semana mais curta para iniciar o mês de junho contará com dados importantes no Brasil e no mundo – lá fora, nos EUA, contaremos principalmente com o Livro Bege do Fed, falas de autoridades monetárias e, na sexta-feira (4), os dados de empregos (payroll), enquanto aqui dentro, no Brasil, podemos esperar nosso PIB amanhã (1º).
Hoje, porém, os feriados do Memorial Day, em solo americano, e do setor bancário, em terras britânicas, esvaziam boa parte da liquidez do mercado global.
Investidores ainda contarão com a famosa “puxeta” de final de mês dos gestores, que poderá jogar para cima alguns preços. A ver…
PIBinho ou PIBão, eis a questão
A semana é mais curta aqui no Brasil, com a B3 fechando na quinta-feira (3) para o feriado de Corpus Christi.
Antes disso, o PIB do primeiro trimestre é aguardado com grande expectativa amanhã, terça-feira, e pode reforçar as novas projeções mais otimistas do mercado, com o nosso país podendo crescer até 5% neste ano.
De maneira geral, apesar dos riscos fiscais e pandêmicos, o ambiente nos parece mais positivo (marginalmente), com recordes históricos do Ibovespa.
Adicionalmente, o feriado também reduzirá a atividade no Legislativo.
Na Câmara, ao longo da semana, pode ser anunciada a criação da comissão especial que vai analisar a reforma administrativa (ainda que não seja a grande reforma que esperávamos, já é alguma coisa).
No Senado, pode ser finalmente anunciado o relator da MP da Eletrobras – temos até o final de junho (dia 22) para tomar uma decisão acerca desse tema. Em relação à CPI da Covid, governadores podem ir ao STF para barrar convocação. Tema bem polêmico.
Vai um emprego aí?
A semana guarda eventos importantes para as empresas de tecnologia.
A Tesla apresentará seu novo Model S Plaid, enquanto o mundo acompanha a conferência de desenvolvedores do Facebook e ao simpósio anual da Taiwan Semiconductor Manufacturing – com uma crise de suprimentos no setor de semicondutores, esse tipo de iniciativa ganha bastante destaque (investidores do Vitreo Tech Select, Vitreo Tech Asia e do Vitreo MAM podem se interessar pelos eventos).
Contudo, ainda que a agenda corporativa no exterior pareça bastante apetitosa, ninguém esconde que o foco será nos diversos relatórios econômicos a serem apresentados.
Atualização sobre os gastos com construção e impressões do Índice dos Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) chamam atenção, mas a estrela é o relatório de emprego (payroll) a ser divulgado na sexta-feira (4).
Os investidores temem que o relatório de empregos decepcione pelo segundo mês consecutivo, apesar de isso poder arrefecer parte do temor inflacionário –, os Estados Unidos criaram apenas 266 mil empregos durante o mês de abril, sendo que a expectativa era de 1 milhão de empregos.
Ainda existe um gap de 8,2 milhões de empregos em comparação com antes da pandemia. Definitivamente, a pandemia mudou o mercado de trabalho, efeito que deverá ser sentido aqui no Brasil também.
No entanto, algumas indústrias não conseguem encontrar trabalhadores – estímulos, medo e falta de creches são alguns dos motivos mais importantes, que devem se diluir ao longo do segundo semestre.
O relatório de sexta-feira será importante para entendermos isso.
Vacinando os mais jovens, incentivos e passaporte da vacina
Nos EUA, quase metade da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
Agora, os mais jovens conseguiram uma boa notícia para este início de verão americano: na sexta-feira, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou que os jovens totalmente vacinados não precisam usar máscaras ou praticar distanciamento.
Paralelamente, lembram que comentamos há alguns dias os diversos incentivos que os estadunidenses estavam recebendo para se vacinar? Pois bem, mais incentivos parecem estar a caminho.
Na Califórnia, um programa chamado “Vax for the Win” (Vacina para a vitória, em tradução livre) deverá distribuir cerca de US$ 116,5 milhões em prêmios para pessoas que foram vacinadas ou receberão uma dose.
Ohio, por sua vez, anunciou o primeiro vencedor de sua loteria de vacinas de US$ 1 milhão – sim, você se vacina e ganha um bilhete de loteria (uma jovem de 22 anos foi a vencedora).
Enquanto os EUA procuram maneiras de vacinar mais e mais pessoas, o governo Biden parece estar examinando os chamados “passaportes de vacinas” para viagens internacionais.
A ideia não é novidade e já tem sido cogitada por muitos países na Europa e em outras localidades do mundo. Se quiser viajar e se locomover, então tome sua vacina. Essa é a ideia.
Anote aí!
Em dia de menor liquidez (sem EUA e Reino Unido), a Opep+ realiza reunião que pode provocar volatilidade nos preços do petróleo. Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre perspectivas globais também é relevante.
De noite, PMI japonês e chinês projetam cautela sobre mercados asiáticos e emergentes.
Já aqui no Brasil, sondagem de serviços e do comércio, bem como a confiança empresarial de maio, ganham foco. Falas de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto têm relevância, enquanto o Banco Central divulga o resultado das contas do setor público consolidado, que devem apresentar superávit em abril.
Muda o que na minha vida?
O ano de 2021 mostrou que não é o do tipo “venda em maio e vá embora”, pelo menos não para nós brasileiros.
No início do mês, com as ações globais em alta recorde, os investidores poderiam ter ficado tentados a seguir o ditado.
A história oferecia algum suporte para a ideia. Na Europa, por exemplo, nos últimos 15 anos, os retornos foram negativos em junho 80% das vezes.
Não foi o caso de 2021.
O Ibovespa, até aqui, sobe 5,61% em maio, sendo que a alta em dólares é de 9,90%. Lá fora, nos EUA, só a Nasdaq decepcionou, caindo 1,53% no mês, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 apresentaram altas (apesar de tímidas) de 1,93% e 0,55%, respectivamente.
Na Europa, todas as Bolsas relevantes subiram com robustez, entregando um maio muito bom.
Note que a estratégia de venda em maio não funciona de forma consistente em todos os mercados ou períodos.
Uma abordagem de permanecer investido teve desempenho superior no mercado dos EUA nos últimos anos, apesar de 2021 ter mostrado um benefício maior em outros mercados – em grande parte, o mercado americano foi bastante afetado pelos ruídos inflacionários.
Vemos várias razões pelas quais é preferível permanecer investido com uma abordagem diversificada.
Os investidores estão oscilando entre o otimismo sobre os gastos do consumidor e a retomada da produção da fábrica e a inquietação de que o aumento da pressão inflacionária possa levar governos e bancos centrais a retirarem os estímulos.
Ainda parece um mercado em busca de direção diante da incerteza. Com o fim do primeiro semestre, agora em junho, deveremos ter uma melhor definição nesse sentido.
Fique de olho!
As expectativas de inflação estão aumentando em todo o mundo e os investidores estão procurando maneiras eficazes de proteger o valor de seus ativos.
Os metais preciosos há muito são vistos como uma proteção eficaz contra a inflação.
Mas, embora o ouro tenha sido o porto seguro preferido, sua volatilidade e valorização estão levando os investidores em direção à prata – o preço da prata subiu 64% nos últimos 12 meses, em comparação com o ouro subindo apenas 10%.
O rali da prata estaria apenas começando?
Veja que o metal não apenas goza de status de porto seguro, mas é também insubstituível em várias situações industriais, mais recentemente desempenhando um papel importante na economia de baixo carbono, um tópico ASG cada vez mais crítico.
Com isso em mente, entendemos que possa ser interessante para os investidores se valerem do Vitreo Prata, a reserva de valor que faltava ao seu portfólio.
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Atenção:
Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir.
Retornos passados não garantem retornos futuros.
As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.
A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.
Um abraço,
Jojo Wachsmann