Pré-Mercado: Mais empregos nos EUA é bom ou ruim?
Oportunidade do dia
[VÍDEO] A previdência conservadora definitiva
Gravei um vídeo para falar do nosso FoF SuperPrevidência Conservador. Vale a pena conferir para entender as vantagens de fazer a portabilidade para ele: 1 – você não usa “dinheiro novo” e pode se expor ao melhor momento da renda fixa em um fundo de previdência de baixíssimo risco com resultados consistentes. 2 – ao fazer a portabilidade, você mantém os benefícios fiscais da previdência original.
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Trade do Dia
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis de Romi (ROMI3).
ROMI3: [Entrada] R$ 14.71; [Alvo parcial] R$ 14.99; [Alvo] R$ 15.40; [Stop] R$ 14.32
O rompimento de um pivot de alta após uma retração em 38.2% de Fibonacci pode oferecer ganhos no curto prazo.
Observações sobre a operação:
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Nilson Marcelo,
Analista quantitativo de ações da Vitreo
Bom dia, pessoal!
Lá fora, as ações asiáticas sustentaram uma alta nesta sexta-feira (3), acompanhando o forte desempenho de ontem (2) em Wall Street, antecipando a divulgação dos principais dados de empregos nos EUA, enquanto o petróleo se mantém acima de US$ 116 por barril depois da reunião da Opep+ de ontem.
A leitura abaixo das expectativas sobre empregos privados nos EUA oferece algum alívio para os investidores de Nova York, mesmo que a inflação e o aumento das taxas de juros continuem sendo grandes dores de cabeça. Dessa forma, os mercados parecem posicionados para um payroll mais tranquilo hoje.
Na Europa, o clima não é uníssono, mas há uma predominância de tom positivo por lá. O mesmo não pode ser dito dos futuros americanos, que caem nesta manhã, corrigindo a alta de quinta-feira. O Brasil tem conseguido se manter para cima, apesar do ambiente internacional e doméstico conturbado.
A ver…
ICMS fica para 2024 e repercussão do PIB do primeiro trimestre
No Brasil, os investidores ainda estão tensionados com os impactos fiscais de movimentações sobre o ICMS, enquanto ainda repercutem os dados de PIB do primeiro trimestre do ano. O indicador subiu 1% no período, o que representa uma aceleração frente ao quarto trimestre do ano passado, apesar de estar abaixo das expectativas. O segundo trimestre também deverá ser positivo, reforçando as projeções mais otimistas para o PIB brasileiro em 2022.
Dessa forma, no aguardo da produção industrial de abril, mesmo que o consenso aponte para uma desaceleração. Por outro lado, a agenda em Brasília chama mais atenção, se em uma ponta o governo descarta a possibilidade de um novo estado de calamidade (se for decretado, será péssimo para o mercado), os investidores tentam olhar para o copo meio cheio:
- Foi recomendada a inclusão da Petrobras na carteira da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos e o governo deve editar decreto para formalizar o início do processo;
- Sobre o ICMS, ficou acertado que os serviços de telecomunicações e energia tenham a alíquota reduzida apenas a partir de 2024, enquanto para combustíveis a aplicação será imediata.
Em relação a este último ponto, discute-se também a criação de uma conta de compensação, que seria abastecida com dividendos da Petrobras (como forma de ressarcir a perda dos estados com a queda do ICMS). Bem como o aperfeiçoamento do gatilho que levará os estados a serem compensados pela União, caso percam acima de 5% da arrecadação global do ICMS.
E esses dados de emprego, hein?
Ontem, os mercados americanos flertaram mais uma vez com sua recuperação. Desde que o Nasdaq chegou ao fundo do poço, em 24 de maio, o índice já sobe 9%. O motivo? As notícias aparentemente ruins não estão mais tendo um impacto tão agressivo sobre as ações. Resta ver se o humor será mantido hoje depois dos dados de emprego — um número suave nesta sexta-feira poderia dar ao Federal Reserve um pouco de espaço para aliviar sua campanha de aumento de juros.
O mercado espera que cerca de 325 mil novos empregos tenham sido criados em maio, com uma taxa de desemprego caindo de 3,6% para 3,5%. Isso corresponderia à menor taxa de desemprego em 50 anos, marcando uma desaceleração na criação de empregos em relação ao aumento de 428 mil em abril.
A taxa de participação da força de trabalho caiu 0,2 ponto percentual em abril para 62,2%, a primeira queda em vários meses e abaixo do nível pré-pandemia de 63,4%. Em outras palavras, mais trabalhadores procurando trabalho podem ajudar a preencher a lacuna de vagas de emprego que Powell cita como uma aberração pandêmica persistente, mantendo o crescimento salarial sob controle.
A alta do petróleo
Os preços do petróleo chegaram a cair na quinta-feira depois que o Financial Times informou que a Arábia Saudita – a maior produtora de petróleo da Opep, bem como a produtora com maior capacidade ociosa – estava pronta para aumentar a produção à medida que mais sanções à Rússia ameaçavam o fornecimento global de petróleo.
Acabou não sendo bem assim. De fato, a Opep, que fornece cerca de 36% do petróleo bruto do mundo (a Opep mais a Rússia fornecem cerca de metade), vai aumentar a produção em 648 mil bpd em julho e agosto, até dando algum alento desinflacionário, mas há ceticismo sobre se o cartel vai atingir essa meta.
Os investidores continuam preocupados com as perspectivas de curto prazo devido à incerteza causada por uma série de questões, incluindo a guerra na Ucrânia e as dificuldades econômicas da China. Dessa forma, o anúncio fez pouco para aliviar as preocupações sobre a escassez de oferta causada pelas proibições de importações dos EUA e do Reino Unido da Rússia.
Anote aí!
Na Zona do Euro, contamos com as vendas de varejo abaixo do esperado, o que parece, pelo menos por enquanto, não contaminar o humor das Bolsas. Dados dos gerentes de compras de maio também são devidos, não só na Europa, mas nos EUA. Por falar no tio Sam, o destaque de lá, claro, é o relatório sobre empregos (payroll) de maio.
No Brasil, ficamos com os dados de produção industrial. Hoje é o último dia para adesão ao Relp, programa de parcelamento de dívidas de micro e pequenas empresas, ao passo que começa o período para fazer reserva para compra de papéis da Eletrobras usando recursos do FGTS.
Muda o que na minha vida?
Ontem, o mercado também minimizou a declaração relativamente agressiva da vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, referindo-se à desaceleração ou interrupção do aumento da taxa de juros — ela disse que é muito difícil ver o caso de uma pausa do aperto monetário já em setembro.
Os investidores estão certos de que haverá aumentos consecutivos de meio ponto nas taxas nas reuniões do Fed de junho e julho. A próxima reunião em setembro parecia menos certa, mas as chances estão aumentando para um terceiro aumento de meio ponto, principalmente depois dos comentários de Brainard.
Apesar do sentimento mais agressivo, as ações estão se saindo relativamente bem. É mais um sinal de que o humor do mercado pode estar mudando, ainda que gradualmente. O próximo teste será hoje, quando o Departamento do Trabalho divulgará seu relatório de empregos de maio — o emprego será o dado mais importante nos próximos meses.
Um abraço,
Jojo Wachsmann.