Colunista Vitreo

Pré-Mercado: Ibovespa segue contagiado por onda de otimismo

07 dez 2021, 8:52 - atualizado em 07 dez 2021, 8:52
Banco Central cavalgando atrás da inflação / Ataque dos cães (2021)

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Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos seguem a performance de ontem (6) nos EUA, que encerraram o pregão em alta à medida que o medo da nova variante ômicron diminui. Os dados de importações na China também reforçaram o desempenho das ações, dando sustentação econômica à alta.

A atenção agora volta a ser o aperto monetário nos países desenvolvidos, em especial nos Estados Unidos.

Por enquanto, as Bolsas europeias e os futuros americanos seguem os movimentos positivos verificados nos últimos dias, dando espaço para o Brasil acompanhar.

Por aqui, fomos inundados por uma onda de otimismo, mesmo que ainda tenhamos a promulgação da PEC sem solução.

A ver…

Não se preocupe, já descontamos tudo e mais um pouco

Hoje (7), temos o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que conclui amanhã seu parecer e deve elevar a taxa básica de juros em 150 pontos-base, para 9,25% ao ano.

A grande dúvida está no tom que a autoridade emitirá junto à decisão, se vai continuar sinalizando sua corrida atrás da ancoragem das expectativas de inflação ou se já vai começar a se preocupar com o contexto de falta de crescimento que enfrentamos.

Pelo menos, já descontamos sobre os ativos muitos riscos para os rumos do Brasil.

Não ajuda o fato do Congresso seguir com problemas para dar desfecho à promulgação fatiada da PEC dos Precatórios – o Senado quer manter o texto que enviaram de volta para a Câmara, mas Arthur Lira (PP-AL) quer dividir o texto em pedaços.

Pelo menos, como pano de fundo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o texto-base do parecer preliminar para o Orçamento de 2022 – um problema a menos. Enquanto isso, ainda haverá no Congresso sessão para analisar vetos presidenciais, entre eles os relacionados à privatização da Eletrobras.

Reta final com cara feliz?

Ontem, o Dow Jones Industrial Average teve seu melhor dia em mais de um ano, com as teses de valor (value) e as ações defensivas ligadas à economia tradicional liderando a recuperação das quedas da semana passada.

As notícias foram relativamente positivas, com sinais iniciais de que a variante ômicron pode ser menos severa do que as pensávamos anteriormente e relatos de que a China está considerando flexibilizar a política monetária (comentaremos a seguir).

Ainda assim, a variante ômicron continua atraindo a atenção dos investidores. O amplo mercado permanecerá sensível às manchetes sobre a pandemia.

Parece que estamos no estágio de suposições para descobrir qual será o impacto da ômicron. Seria ingênuo descartar mais volatilidade enquanto os mercados tentam descobrir exatamente o que está acontecendo.

Sobre a política do Federal Reserve, os últimos relatórios sugeriram que o banco central poderia anunciar planos em sua próxima reunião (na semana que vem) para se retirar mais rapidamente de seu programa de compra de títulos. Isso deve resultar em rendimentos de títulos e taxas de juros mais altos mais cedo, o que é uma notícia menos positiva para os preços das ações.

Bons presságios vindos da Ásia

A China foi motivo de felicidade para os investidores enquanto dormíamos no Brasil., impulsionando a alta nas Bolsas asiáticas nesta terça-feira.

Para começar, o banco central chinês cortou a taxa de depósito compulsório em uma tentativa de oferecer suporte à economia doméstica, que enfrenta dificuldades por conta da pandemia, da crise energética e de problemas no setor de incorporação, que possui grande participação na economia.

Os mercados parecem ainda subestimar a importância dos sinais em torno da política do BC chinês e ficaram felizes com o sinal de que Pequim pode realmente querer evitar a crise de liquidez no setor imobiliário.

Paralelamente, as exportações chinesas em novembro atingiram um recorde, o que já nos deu uma sinalização de que os agravamentos nas cadeias de suprimentos globais estão recuando, depois de sofrerem com a forte demanda extraordinária.

Para confirmar esta teoria de normalização das cadeias, precisamos checar os dados de comércio dos EUA que devem ser entregues hoje. Será importante para entendermos em que pé estamos entrando em 2022 em termos logísticos.

Anote aí!

Lá fora, a Zona do Euro digere a divulgação do PIB final do terceiro trimestre. Na Alemanha, o índice de expectativas econômicas chama atenção e serve de sustentação para a alta desta manhã.

Nos EUA, destaque para a balança comercial de outubro, os dados de crédito ao consumidor para outubro e os estoques de petróleo da semana encerrada em 26 de novembro.

No Brasil, ficamos com o IGP-DI de novembro. Em Brasília, além das discussões relacionadas com o início do Copom e a PEC dos Precatórios, poderemos acompanhar a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votando o parecer sobre as novas diretrizes de preços para diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP), que criam o Fundo de Estabilização dos preços de combustíveis e instituem o imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

Muda o que na minha vida?

Como comentamos acima, os gargalos da cadeia de suprimentos parecem estar começando a diminuir. Consequentemente, as transportadoras estão entregando pacotes e produtos essenciais com mais facilidade e os varejistas estão bem abastecidos para a temporada de festas de final de ano.

Problemas na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra prejudicaram o crescimento econômico em outubro e novembro, enquanto a redução do estoque reduziu as vendas, especialmente de automóveis, e a escassez de materiais prejudicou a atividade de construção.

Nos EUA, por exemplo, as empresas aumentaram seus preços em uma ampla faixa de produtos da economia em novembro, impulsionadas por uma forte demanda por matérias-primas, problemas logísticos e escassez de mão de obra.

Paralelamente, os salários aumentaram em um ritmo alto na maior parte do país.

A normalização das cadeias nos permite assumir um mundo mais previsível em 2022, mesmo com os apertos monetários nos EUA. Jerome Powell, o presidente do Fed, disse recentemente ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara que o plano do banco central de encerrar suas compras de ativos alguns meses antes não deveria perturbar os mercados financeiros.

O Fed fornecerá sua nova previsão para as taxas de juros após sua reunião de 14 a 15 de dezembro.

A inflação é um problema-chave para os próximos anos, enquanto o presidente Joe Biden quer aprovar seu plano de gastos sociais de US$ 1,85 trilhão até o fim deste mês.

As pressões fiscais deverão tomar o lugar dos gargalos logísticos globais na discussão sobre os preços da economia.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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