Pré-Mercado: Ibovespa se aproxima da marca dos 100 mil pontos. E agora?
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Bom dia, pessoal!
Nesta quinta-feira (18), depois que os índices americanos fecharam em baixa ontem (17), as ações asiáticas caíram por conta da recuperação mais lenta do que o esperado no Japão (indicadores fracos).
Problemas no setor de incorporação chinês seguem no radar.
Por falar no Japão, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deve anunciar em breve seu plano de estímulos.
A ideia parece ser a de dar mais renda às famílias com crianças – o problema, porém, é que, ao contrário dos EUA, os japoneses têm tradição de economizar transferências de renda.
Na Europa, a abertura de mercado não é das mais animadoras. Há um certo temor no ar depois que algumas economias europeias voltaram a colocar restrições relacionadas à pandemia.
Como as pessoas aprenderam a se adaptar e os níveis de medo permanecem baixos, novos bloqueios mais rígidos parecem improváveis.
Futuros americanos, depois da correção dos índices de quarta-feira, testam robustez na alta nesta manhã.
A ver…
O vai e vem da PEC dos Precatórios
Em seu menor patamar desde 12 de novembro de 2020, o Ibovespa aproxima-se da marca dos 100 mil pontos e preocupa os agentes de mercados.
Apesar dos níveis de valuation aparentemente muito convidativos, a incerteza fiscal é tamanha que não temos qualquer direcionamento concreto de para onde as coisas devem caminhar, além do cenário problemático de inflação, juros altos e baixo crescimento.
Agora são os senadores que parecem querer tirar a totalidade dos precatórios para fora do teto em 2022, enquanto o Ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou apoio ao aumento dos servidores ventilado nos últimos dias por Bolsonaro.
É uma bomba atrás da outra – vale lembrar que, em caso de alteração no texto da PEC, ela volta para a Câmara.
Na volta do presidente para o Brasil, após viagem ao Oriente Médio, o dia também guarda expectativa para a Comissão de Trabalho da Câmara, que realiza audiência pública para discutir o processo de desestatização da Eletrobras – repercutiu negativamente a possibilidade de as coisas relacionadas com a privatização empacarem de vez.
A volta dos que não foram
Lá fora, nos EUA, os investidores temem uma correção das Bolsas em Wall Street diante de uma possível antecipação de aperto monetário por parte do Federal Reserve (Fed) diante da escalada da inflação.
Inclusive, a alta dos preços dos combustíveis, uma das principais causas da evolução inflacionária, está sob o escrutínio de Washington.
O presidente Biden solicitou uma investigação sobre as empresas de petróleo dos EUA, fato que teve um impacto negativo no setor listado.
Agora, em uma espécie de procura por motivos para realizar lucros, o mercado volta a observar com atenção a possibilidade de uma nova onda de Covid.
Em relação a isso, provavelmente passaremos ilesos, apesar da volatilidade no curto prazo – é o medo do vírus, não o vírus em si, que causa o dano econômico.
Além disso, o teto da dívida começa a voltar para o contexto das Bolsas. Ontem (17), a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que o governo federal pode continuar pagando suas contas até 15 de dezembro, algumas semanas a mais do que a última atualização.
Em algum momento, o Congresso precisará encontrar uma maneira de estender o teto da dívida ainda neste ano.
A inflação galopante dos alimentos
A demanda robusta dos consumidores e as colheitas fracas por fatores climáticos levaram os preços mundiais dos alimentos ao seu nível mais alto em mais de uma década.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que os preços aumentaram pelo terceiro mês consecutivo em outubro, subindo 3% em relação a setembro – destaque para óleo vegetal e trigo.
Isso porque o Índice de Preços de Alimentos da ONU para Agricultura e Alimentação aumentou mais de 30% no ano passado.
O problema de verdade é que os ganhos não mostram sinais de afrouxamento. No início deste mês, os futuros do trigo em dezembro atingiram seu nível mais alto desde 2012.
Em países mais pobres, com populações que precisam desesperadamente de assistência alimentar devido a conflitos ou mudanças climáticas, o aumento de preços pode amplificar as crises pré-existentes.
O aumento dos preços dos alimentos também pode criar descontentamento político nos países mais ricos, onde as expectativas de inflação elevadas têm chamado a atenção.
Anote aí!
Em agenda esvaziada no Brasil, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, dá coletiva sobre resultados do terceiro trimestre do banco.
Por falar em banqueiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) com diretores da instituição e pode dar declarações importantes sobre o patamar de preços da economia.
Paulo Guedes, tem audiência pela manhã com representantes do The Economist e participa na parte da tarde de evento em comemoração aos 29 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE). Eventuais comentários sobre a PEC dos Precatórios serão avaliados.
Lá fora, destaque para os resultados de Alibaba Group Holding, JD.com e Ross Stores. Ainda na agenda corporativa, a Johnson & Johnson realiza uma reunião com investidores para discutir seus negócios farmacêuticos.
Ainda no exterior, nos EUA, na agenda de dados econômicos, destaque para a pesquisa de opinião do Fed dos Estados Unidos sobre o sentimento empresarial, assim como os tradicionais pedidos iniciais de auxílio-desemprego.
Fora isso, o Conference Board divulga seu principal índice econômico para outubro – atualmente, a autoridade projeta uma taxa de crescimento do PIB de 5,7% este ano.
Fora isso, a Turquia, par emergente do Brasil, divulga decisão de política monetária.
Muda o que na minha vida?
Quão poderoso e importante é o poder de precificação das empresas?
Em economias vibrantes como a dos EUA, por exemplo, o poder de precificação parece bem além de seu pico. Isto é, algumas empresas aumentaram os preços significativamente (repasse de preços) no primeiro semestre deste ano sem perder receita.
Na segunda metade do ano, porém, essa energia tem diminuído e os preços estão aumentando com mais normalidade, mesmo que em aceleração.
Explicando resumidamente, existem três grupos de vendedores na economia.
O primeiro, que é um grupo muito pequeno, tem a vantagem de não precisar se importar com o que seus clientes pensam sobre os preços de seus produtos, por possuir grande poder de repasse desde que a demanda seja forte.
Logo, eles continuarão aumentando os preços até que a demanda diminua para atender a oferta disponível – esses preços cairão quando a demanda cair.
O segundo, por sua vez, já precisa se preocupar com o que seus clientes pensam sobre os preços (são mais sensíveis ou elásticos).
Esses vendedores não aumentarão os preços se a demanda aumentar temporariamente, porque eles temem que, a longo prazo, seus clientes iriam comprar de outro. Essa estratégia de preços cria escassez e atrasos na entrega.
Tais atrasos diminuirão em uma queda da demanda, estabilizando os preços.
Por fim, o terceiro enfrenta os controles de preços do governo.
O comportamento desses vendedores se parece ligeiramente com o segundo grupo enquanto as restrições de preços do governo estão em vigor (a oferta será menor do que a demanda por causa do preço baixo).
Eles se comportam como o primeiro grupo quando as restrições de preços são suspensas, aumentando os preços o máximo que podem para diminuir a demanda.
Entender o comportamento de cada setor em momento de inflação mais elevada é muito importante para precificar corretamente a trajetória das receitas das companhias no contexto atual.
O Brasil, ao que tudo indica, entrará em um processo de estagflação no ano que vem – baixíssimo crescimento e inflação alta.
É um cenário muito perigoso e que demandará dos investidores ainda mais sensibilidade na seleção de ações.
Um abraço,
Jojo Wachsmann