Pré-Mercado: Haverá ressaca do feriado da Proclamação da República?
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Bom dia, pessoal!
Os mercados asiáticos operaram de maneira mista nesta terça-feira (16), digerindo a reunião entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping – houve, porém, predominância de um certo tom mais positivo nas Bolsas mais relevantes.
Os líderes amenizaram o tom, após meses com tensão elevada por conta das questões envolvendo comércio, tecnologia, direitos humanos, Hong Kong e Taiwan.
Enquanto isso, os investidores estão gradualmente mudando o seu foco da temporada de resultados corporativos para questões econômicas que determinarão o crescimento em 2022 – nas próximas semanas, veremos mais e mais relatórios das mais diversas instituições com suas projeções para o ano que vem – incluindo temas como cadeia de suprimentos e aumento da inflação.
A ver…
Bolsonaro pode gerar ruídos… mais uma vez
Na volta do feriado, alguns investidores estão preocupados com a fala do presidente em Dubai, sinalizando a possibilidade de destinar parte dos recursos liberados pela PEC dos Precatórios para os servidores públicos, concedendo reajuste salarial a policiais.
Isso já ocorre em meio um catch-up com o pregão de ontem (15) dos EUA, no qual imperou o temor inflacionário e uma alta na curva de juros, segurando as Bolsas.
Nesse meio, as lideranças do Congresso articulam a aprovação de um Projeto de Resolução para conferir transparência à execução das emendas de relator no Orçamento.
Com tal manobra, o governo espera convencer o Supremo Tribunal Federal a rever a decisão que suspende o pagamento dessas emendas.
Não somente isso, mas o mercado deverá se preocupar com outras coisas hoje. Por exemplo, o Banco Central divulga o IBC-Br (prévia do PIB) de setembro, enquanto o DEM e o PSL devem concluir o processo burocrático para a criação da União Brasil, sigla resultante da fusão dos dois partidos – se tornará o maior partido do país.
Paralelamente, seguimos acompanhando as negociações sobre o Auxílio Brasil e o projeto que trata das diretrizes de preços para diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP), cria o Fundo de Estabilização dos preços de combustíveis e institui o imposto de exportação sobre o petróleo bruto.
Infraestrutura assinada
Depois de meses de negociação, o presidente dos EUA, Joe Biden, finalmente assinou ontem à noite o projeto de lei bipartidário de infraestrutura de mais de US$ 1 trilhão.
O dinheiro levará meses para atingir a economia, claro, mas o movimento já é o suficiente para animar o mercado.
O pacote de gastos de pelo menos cinco anos será financiado por meio de recursos não gastos do pacote de alívio contra a pandemia, descontos do Medicare e seguro-desemprego interrompido por alguns estados, bem como vendas de reservas de petróleo e leilões envolvendo o 5G.
O ex-prefeito de Nova Orleans e ex-vice-governador da Louisiana, Mitch Landrieu, foi nomeado como coordenador de infraestrutura, que supervisionará o maior investimento em infraestrutura em gerações.
Foram US$ 110 bilhões reservados para consertar as rodovias, pontes e estradas antigas do país, outros US$ 65 bilhões serão alocados para o acesso à internet (banda larga) e outros US$ 65 bilhões seriam gastos na modernização da rede elétrica, ao mesmo tempo que aumentam as tecnologias de captura de carbono e as fontes de energia ecologicamente sustentáveis.
O pacote também oferece US$ 55 bilhões para infraestrutura de água e esgoto, US$ 39 bilhões para transporte público, US$ 25 bilhões para aeroportos e cerca de US$ 12 bilhões para acelerar o uso de veículos elétricos.
Com tanto gasto, os investidores estarão atentos a qualquer sinal de que a inflação esteja voltando de maneira mais estrutural do que a antecipada.
Encontro de gigantes
A tão esperada cúpula (ainda virtual) entre os presidentes Joe Biden, dos EUA, e Xi Jinping, da China, aconteceu ontem – a primeira entre os dois desde que Biden se tornou presidente, em janeiro.
Com isso, em uma conversa de mais de três horas, os dois líderes concordaram em se concentrar em aliviar as tensões entre os dois países, pois suas nações se encontram em uma competição cada vez mais acirrada (todo cuidado é pouco).
Embora o governo Biden tenha chegado recentemente a um acordo com a União Europeia para aliviar as sanções da era Trump ao alumínio e ao aço, persistiram as críticas às práticas comerciais da China.
Além disso, as negociações ocorrem em um momento de tensões crescentes sobre Taiwan, comércio internacional, direitos humanos e escalada militar de Pequim no Mar do Sul da China.
À medida que as tensões EUA-China aumentaram, os dois líderes também se viram sob o peso de desafios crescentes em suas respectivas casas.
Biden enfrenta a possibilidade de mais uma onda de Covid-19, inflação e problemas na cadeia de suprimentos, sem falar no aspecto político das eleições em 2022.
Enquanto isso, Xi, que também enfrenta uma nova onda de Covid-19, tem que se preocupar com a crescente escassez de energia e uma iminente crise imobiliária.
A China queria que os EUA removessem as tarifas da era Trump, mas espera-se que o governo Biden as mantenha em vigor até que Pequim cumpra suas promessas feitas na primeira fase do acordo comercial assinado em 2020 – aumentar as compras de bens dos EUA em US$ 200 bilhões, melhorar as proteções de propriedade intelectual e garantir acesso ao mercado para a agricultura.
A conversa se deu logo depois de os Estados Unidos e a China anunciarem um pacto surpresa sobre o clima, destacando novas áreas de cooperação.
Anote aí!
Aqui no Brasil, destaque para o IBC-Br de setembro, considerado a proxy do PIB, para fecharmos o terceiro trimestre do dado.
Enquanto isso, em Brasília, a Câmara pode votar projeto que estabelece redução de tributos para produtos adequados à economia verde de baixo carbono, um passo importante para que consigamos entregar as promessas de descarbonização nos próximos anos.
Entre as autoridades que falam, vale prestar atenção na participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no IX Fórum Jurídico de Lisboa, na capital de Portugal.
Por falar em banqueiro central, na Europa, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, deverá orientar hoje as expectativas das políticas dos mercados – no Reino Unido, a política monetária parece depender dos dados do mercado de trabalho, a serem entregues nesta manhã.
Ainda na Europa, a Zona do Euro revisa o PIB do terceiro trimestre, a ser entregue em sua segunda leitura hoje.
Nos EUA, por sua vez, contamos com vendas no varejo, que deverão ter aumento de 0,8% em relação ao mês anterior.
Muda o que na minha vida?
Os casos de Covid-19 estão aumentando na Europa novamente, com quase 2 milhões de infecções relatadas na última semana.
É o máximo na região desde o início da pandemia, com quase 27 mil mortes relatadas, ou mais da metade de todas as mortes por Covid-19 na semana passada em todo o mundo.
Os números alarmantes obrigaram a Bélgica e a Noruega a impor novamente algumas restrições contra a Covid, enquanto a Áustria instituiu restrições para os não vacinados e a Alemanha apelou para outro estado de emergência.
Não somente na Europa, mas a Ásia e o Pacífico também têm enfrentado problemas parecidos.
Em resposta, Cingapura aumentou as restrições relacionadas à pandemia, mais da metade da população da Austrália permanece sujeita às regras de permanência em casa, enquanto o Japão estendeu as restrições de emergência em Tóquio e outras regiões até o final do mês.
Os EUA e o Brasil deveriam olhar para tais localidades e considerá-las como um sinal de que ainda podemos ver ressurgimentos de surtos também.
As preocupações também estão crescendo à medida que o inverno se aproxima, quando a maioria das pessoas se reúne e se socializa dentro de casa.
Os esforços globais de vacinação continuam a progredir, com o número diário de vacinas administradas aumentando.
Isso nos torna mais resistentes a tais tipos de ruídos. Contudo, já precisamos nos programar para mais uma rodada completa de vacinação em 2022.
Um abraço,
Jojo Wachsmann