Pré-mercado: Gasosa vem ainda mais salgada
Bom dia, pessoal!
Hoje (6), as Bolsas de Nova York voltam do feriado, dando liquidez aos mercados globais – ontem o volume de negociação foi bem mais fraco do que estamos acostumados justamente por conta da pausa nos EUA.
A ideia tradicional seria a de que um catch-up dos ativos internacionais com o que foi o dia de ontem pudesse dar um gás à performance local, mas isso não é necessariamente verdade, uma vez que os ativos domésticos estão tensionados pelo ambiente político.
As Bolsas abriram em queda na Europa, acompanhadas pelos futuros americanos. A ver…
Turbilhão de Brasília
Ontem (5), o governo estendeu o auxílio emergencial por mais três meses, até outubro, no valor de R$ 150 a R$ 375.
Com isso, espera-se agora que, após o fim do auxílio, seja anunciado o aumento das parcelas do Bolsa Família, já em novo formato.
Uma notícia boa foi a decisão do governo de se desfazer de 100% do capital dos Correios, vendendo a estatal integralmente para um único leilão, previsto para março.
O entendimento é positivo, considerando a agenda mercadológica.
Mas nem tudo são flores.
A começar com os ajustes de preços da Petrobras, que subiu o valor da gasolina, diesel e gás em, respectivamente, 6,3%, 3,7% e 5,9%.
O movimento pressionou a curva de juros, uma vez que deveremos ter efeito nos indicadores de inflação.
O problema real, porém, tem sido o potencial desgaste político que as novas denúncias de corrupção podem causar – somam-se às denúncias de corrupção os áudios que indicam suposta participação direta do presidente Bolsonaro, então deputado federal, nas “rachadinhas”.
Se comprovado, seria mais uma dor de cabeça para o Palácio do Planalto (o apoio do Centrão ficará mais caro, claro).
Sem mais restrições
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson sinalizou a intenção de remover a maioria das restrições da economia até 19 de julho, em linha com o que foi realizado ao longo de todo segundo trimestre, apesar do aumento do número de casos de Covid-19 – temos observado que o aumento na quantidade de casos nos países que já começaram a vacinação não tem sido acompanhado na mesma proporção pelo aumento do número de mortes, sinal positivo e efeito direto do processo de imunização.
O exemplo britânico, assim como a Austrália e a Nova Zelândia, será um caso experimental interessante de como as mudanças estruturais econômicas são duradouras, tendo em vista que nas próximas semanas as pessoas terão liberdade para voltarem à rotina de antes da pandemia.
Vale destacar que a economia inglesa é bem adaptada para o formato de trabalho remoto (home office) e detinha consigo elevado grau de varejo online já antes da pandemia.
O contexto por lá poderá ser uma referência mais fidedigna de como as coisas serão em países de economia mais robusta, como nos EUA.
Onde está o acordo?
Mais uma vez ficamos sem acordo no encontro da Opep+, em que os Emirados Árabes Unidos impediram um acordo sobre o aumento da produção de petróleo, mesmo que possam ocorrer eventualmente alguns aumentos de produção de menor proporção não acordados.
Em resposta, por ora, o preço do petróleo subiu, com o contrato Brent flertando com patamares acima de US$ 78/barril.
Vale lembrar que a produção deverá aumentar, pois o que se discutia era a aceleração dos aumentos.
Por enquanto, porém, ficam mantidas as cotas de produção de cada membro, ante expectativa inicial de aumento de 500 mil barris por dia.
A inflação subirá com qualquer aumento no preço do petróleo.
Anote aí!
Esta manhã (6) começa com as vendas no varejo da Zona do Euro para o mês de maio, que vieram acima do esperado, mas acabaram não dando suporte para uma alta das Bolsas no velho continente.
Os pedidos das fábricas alemãs, por sua vez, foram mais fracos do que o esperado – pelo menos os dados do mês anterior foram revisados com mais força.
As pesquisas de sentimento econômico da Alemanha e da Zona do Euro foram apresentadas, em linha com uma pesquisa de opinião sobre o sentimento empresarial dos EUA marcada para hoje à tarde.
Índice dos gerentes de compra dos americanos e relatório sobre perspectivas de desenvolvimento global da OCDE também estão marcados para hoje.
A agenda é esvaziada no Brasil.
Muda o que na minha vida?
Cada vez mais o mercado busca na China espaço para a valorização dos ativos.
O motivo? Bem, embora todo mundo espera que as economias dos EUA e da Europa sejam reabertas com sucesso, entende-se que as melhores oportunidades de investimento estão mudando para a Ásia, à medida que as vacinações na região impactam positivamente os mercados locais.
A China acaba sendo o nome de destaque da região.
Os indicadores econômicos recentes, como vendas no varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos, mostraram moderação adicional, indicando uma normalização do processo de crescimento, conforme o esperado.
A recuperação, por sua vez, ainda é robusta, principalmente enquanto o Banco Popular da China (banco central deles) adotar uma postura pró-crescimento com medidas de flexibilização ao longo do segundo semestre.
Com uma perspectiva de crescimento sustentado dos lucros até 2022, as ações chinesas acabam se tornando as queridinhas de muitos alocadores internacionais.
Nesse sentido, vocês já deram uma olhada no Tech Asia?
Fique de olho!
O último dia para tentar entrar no IPO de 3 Tentos por meio do Vitreo Agro é amanhã! Como você sabe, estamos muito confiantes de que essa oferta pública pode ser um belo gatilho para destravar lucros, embora nada seja garantido.
Lembrando que este IPO não está aberto ao varejo.
Portanto, o Vitreo Agro é a sua melhor chance de se expor a essa possibilidade de lucros. Veja abaixo o vídeo que explica o tamanho da possibilidade que é investir no agronegócio por meio do Vitreo Agro.
Um abraço,
Rodrigo “Kiki” Knudsen