Pré-mercado: Férias de julho?
Bom dia, pessoal!
A semana será menos agitada para os mercados financeiros, uma vez que alguns deles estarão abertos apenas por quatro dias de negociação – ontem (4), foi o Dia da Independência nos EUA, que fecha os mercados hoje em Nova York, e, aqui no Brasil, teremos o feriado de 9 de julho (dia da Revolução Constitucionalista de 1932) na sexta-feira.
Lá fora, a Opep+ retoma a reunião que pode aumentar a produção de petróleo, afetando os preços da commodity no mundo.
Na Ásia, as ações tiveram performances mistas nesta segunda-feira (5), em meio ao risco regulatório imposto na China sobre o Uber chinês, DiDi. As preocupações continuam em toda a Ásia sobre o aumento dos casos de coronavírus – na Tailândia e na Indonésia, as autoridades locais relataram um número recorde de novos casos.
A ver…
Semana mais curta em terras brasileiras também
Apesar de termos menos dias com a Bolsa aberta, a emoção não será limitada. Ao longo dos próximos pregões, vale acompanhar o IPCA, o IGP-DI e as vendas no varejo, que marcam a semana.
Na agenda política, há um movimento na Câmara em que os líderes tentam um acordo para votar as mudanças no Imposto de Renda antes do recesso de meio de ano.
No Senado, a CPI da Pandemia, que começou pela primeira vez a fazer preço sobre os ativos de risco na semana passada, eleva a tensão política com novas denúncias – o governo parece ter fechado contrato para a compra do imunizante indiano Covaxin por um preço 50% mais alto do que o valor inicial da oferta.
Se o mercado entender que esta crise pode afetar a capacidade do Ministério da Economia de aprovar as reformas, poderemos ter reflexos sobre as ações.
Independence Day
Os Estados Unidos estão celebrando seu feriado da independência.
O relatório de emprego de sexta-feira (2) sinalizou uma recuperação econômica robusta (com revisões positivas dos dados de maio) – empregadores contrataram, em termos líquidos, 850 mil trabalhadores no mês passado, uma leitura mais saudável do que os 700 mil esperados e uma aceleração após alguns meses de crescimento decepcionante.
O desemprego permanece bem acima da taxa de 3,5% que prevalecia antes da chegada da pandemia, e a economia continua 6,8 milhões de empregos abaixo de seu nível pré-pandemia.
E embora os salários tenham crescido em junho, o aumento foi menor do que o esperado, um bom sinal para os investidores preocupados com as pressões inflacionárias.
Com isso, a atenção do mercado provavelmente se concentrará na divulgação das atas do Federal Reserve na quarta-feira (7).
Tratativas de cartel
Internacionalmente, os preços do petróleo caíram enquanto os Emirados Árabes Unidos recuavam contra um plano do cartel do petróleo da Opep, liderado pela Arábia Saudita, e países produtores aliados, principalmente a Rússia, de estender o pacto global para cortar a produção de petróleo após abril de 2022 – o grupo não conseguiu chegar a um acordo na sexta-feira (2).
As negociações sobre a disputa devem ser retomadas nesta segunda (5).
Um dos maiores produtores de petróleo do grupo, os Emirados Árabes Unidos, está tentando aumentar sua produção estabelecendo uma disputa com a Arábia Saudita, o que levou a um esforço para manter a produção sob controle.
Os preços do petróleo afetam os indicadores de inflação do mundo inteiro, colocando o embate entre os dois países no centro das discussões.
Anote aí!
Sem mercado nos EUA, o volume deve ser mais fraco. Lá fora, o dia começa com os índices dos gerentes de compra (PMIs) da Zona do Euro, Alemanha e Reino Unido, todos sobre o mês de junho.
Christine Lagarde, presidente do BCE, participa de painel e pode ter algo a adicionar para os mercados (difícil, mas não impossível).
Os mercados acompanham a retomada de discussão da Opep+, enquanto aqui no Brasil focamos nossa atenção ao Boletim Focus e à Balança Comercial semanal.
Muda o que na minha vida?
Não é só o Brasil que ameaça entrar em uma crise energética.
A China também flerta com a possibilidade, já que as condições climáticas, o aumento da demanda por energia e os limites ao uso do carvão representam um duro golpe na rede elétrica do país.
Trata-se de um problema que pode durar meses, prejudicando a recuperação econômica chinesa e pesando no comércio global.
Nove províncias do país já afirmaram estar enfrentando problemas com a energia nas últimas semanas – uma área da China do tamanho do Reino Unido, Alemanha, França e Japão combinados.
A província de Guangdong, por exemplo, centro manufatureiro responsável por mais de 10% da produção econômica anual da China, vem racionando energia há mais de um mês.
As restrições obrigaram empresas em toda a província a fecharem alguns dias por semana e algumas autoridades locais estão alertando que o racionamento de energia pode durar até o final do ano.
A crise de energia tem contribuído, inclusive, para uma desaceleração no crescimento da atividade fabril na China em junho.
A escassez pode tirar a recuperação da China do curso, ao mesmo tempo que representa mais problemas para as cadeias de abastecimento globais.
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Jojo Wachsmann