Colunista Vitreo

Pré-mercado: Fazendo as pazes no Oriente Médio

19 jul 2021, 9:06 - atualizado em 19 jul 2021, 9:09
Com acordo da Opep, poderemos abastecer os dois carros? / Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)

Bom dia, pessoal!

Os mercados devem reagir hoje à notícia de que o Reino Unido removeu suas restrições de distanciamento social. Mas será que as coisas voltaram a ser como antes?

Talvez não. Para ilustrar, nota-se uma desaceleração nos preços das casas no Reino Unido, embora haja demanda por propriedades maiores fora de Londres.

Isso reflete uma mudança estrutural acelerada da quarta revolução industrial, uma vez que, para muitos, a vida urbana é agora uma escolha de estilo de vida, não uma necessidade econômica.

Sem Brasília para nos atrapalhar, por conta do recesso legislativo, o mercado poderá reagir à temporada de resultados no Brasil e nos EUA – vamos nos importar com a realidade das empresas agora: o lucro. Lá fora, a semana guarda nomes como IBM, Netflix, Coca-Cola e Twitter.

Dados econômicos podem voltar a ser gatilhos. Os futuros americanos, ansiosos pela semana, abrem em queda nesta segunda-feira (19). A ver…

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As coisas funcionam, apesar de Brasília

Devido ao recesso do Poder Legislativo, que dura até o início de agosto, espera-se maior tranquilidade vinda de Brasília, fato já a se comemorar, considerando que as últimas semanas foram especialmente voláteis por conta da capital.

A falta do Legislativo deixa em repouso as reformas tributária e administrativa, bem como os ruídos da CPI.

Durante a semana, deveremos aguardar a publicação de nomeação de autoridades aprovadas pelo Senado na semana passada para o Banco Central, as agências reguladoras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), enquanto também esperamos pela prévia da inflação oficial, o IPCA-15, a ser divulgado na sexta-feira (23).

A temporada de resultados do segundo trimestre também é amplamente aguardada, com expectativas de que os indicadores de reabertura e retomada já tenham dado um gás nos números corporativos.

Aperto monetário americano

Em março de 2020, o Fed baixou as taxas de juros para quase zero e lançou uma enxurrada de medidas de estímulo para conduzir a economia.

Funcionou muito bem, mas a questão agora é: quando os estímulos, incluindo um programa de compra de títulos e taxas de juros baixíssimas, não serão mais necessários?

Os aumentos das taxas de juros do Fed parecem ter data: 2023. Isso é o que a maioria do mercado acredita, com base nos relatórios da autoridade monetária, pelo menos por enquanto.

Lá, a economia estará em uma posição forte o suficiente para o Fed aumentar as taxas de juros que influenciam tudo, ainda que seja um ano antes das estimativas anteriores do Fed.

O progresso na vacinação reduziu a disseminação da Covid-19 nos Estados Unidos e, portanto, os indicadores de atividade econômica e emprego se fortaleceram.

Metade da população dos EUA está totalmente vacinada – em comparação com os 16% do Brasil –, fazendo com que estados duramente atingidos pela pandemia, como Califórnia e Nova York, removam a maioria das restrições relacionadas à Covid esta semana, em linha com o que o Reino Unido tem feito.

Acordo entre amiguinhos no Oriente Médio

Durante o fim de semana, foi noticiado o acordo da Opep para aumentar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia a partir de agosto.

Agora, a produção no final do ano deve ser cerca de dois milhões de barris por dia maior do que agora. Ao que tudo indica, a Opep+ parece insegura quanto à demanda futura, ainda que a Agência Internacional de Energia (AIE) preveja que a demanda global de petróleo aumentará 5,4 milhões de barris por dia este ano e mais 3 milhões de barris em 2022.

As tensões entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, líder da Opep que controla um terço das reservas totais de petróleo do grupo, estão indo além do petróleo.

Na última década, os dois povos coordenaram juntos várias iniciativas importantes, como boicotar o Catar, combater a Primavera Árabe e estabelecer um imposto sobre vendas em todo o Conselho de Cooperação do Golfo.

No entanto, os Emirados Árabes Unidos têm alterado suas aspirações geopolíticas, incluindo a retirada do apoio à aliança militar saudita no Iêmen e a assinatura dos acordos com Israel.

Em resposta, os sauditas pediram que empresas estrangeiras mudassem suas sedes regionais de Dubai para Riade e, após o impasse recente na Opep, decidiram restringir as viagens de cidadãos aos Emirados Árabes Unidos.

Os mercados de petróleo provavelmente permanecerão voláteis.

A volatilidade, por sua vez, não ajuda a garantir transições de energia ordenadas e seguras.

Pelo menos, por enquanto, temos um acordo entre as partes, que ajuda na redução do preço do petróleo – preços muito altos podem prejudicar a recuperação econômica, principalmente nos países emergentes e em desenvolvimento.

Anote aí!

No Brasil, o grande indicador da semana está marcado para sexta-feira (23): o IPCA-15. Hoje, a Fipe divulgará o seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) da 2ª quadrissemana de julho.

Lá fora, a semana guarda a reunião do Banco Central da Europa (BCE), marcada para quinta-feira (22), que pode ter efeito sobre o câmbio – comentários sobre o discurso de “tapering” (aperto monetário pela redução do nível de compra de ativos) são aguardados.

Outros Bancos Centrais ao redor do mundo, como o da China (hoje às 22h30) e o da Rússia, também decidem sobre política monetária.

Nos EUA, teremos Índice de Confiança das Construtoras de julho, além da continuidade da temporada de resultados, que segue forte.

Muda o que na minha vida?

A Volkswagen prometeu interromper as vendas de veículos com motores a combustão interna na Europa até 2035, enquanto a Ford disse que, a partir de 2030, venderá apenas veículos elétricos (VEs) na Europa.

A Volvo está aposentando o motor à combustão e a Honda anunciou planos para eliminar os carros movidos a gás até 2040. Enquanto isso, a General Motors deixará de fabricar veículos poluentes até 2035.

O motivo? A Comissão Europeia agora propôs uma data para acabar com o motor de combustão interna. As vendas de novos carros e vans que produzem CO2 seriam proibidas a partir de 2035, o que significa que quase 100% dos veículos estariam livres de emissões em 2050, forçando a revolução dos carros elétricos sobre as montadoras.

Para garantir que os motoristas sejam capazes de carregar ou abastecer seus veículos, os Estados Membros precisam expandir a capacidade de carga de acordo com as vendas de carros com emissão zero, instalando pontos de recarga e abastecimento em intervalos regulares nas principais vias:

i) a cada 60 quilômetros para carregamento elétrico; e

ii) a cada 150 quilômetros para reabastecimento de hidrogênio.

Não é de hoje que temos incentivado que os leitores do Transparência Radical prestem atenção na economia verde que se forma. Imaginem a revolução que teremos quando essa moda se espalhar para o resto do globo, inclusive o Brasil.

Vale acompanhar o Vitreo Carbono e o Vitreo Cobre para surfar esta onda nos investimentos.

Fique de olho!

O Vitreo Agro pode se beneficiar duplamente com o IPO da Raízen

Estamos vendo a entrada de excelentes empresas do setor na Bolsa brasileira. Como é o caso da Raízen, que é uma joint venture entre a Cosan e a Shell na área de distribuição de combustíveis e produção de açúcar e etanol.

Na visão do Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, há um potencial enorme de ganhos para a Raízen e os seus acionistas em poucos anos:

“Gosto muito da operação de Raízen e acho que isso se encaixa muito bem em portfólios ESG para pegar crescimento composto anual, principalmente de investidores europeus mais habituados a esse tipo de negócio. Em poucos anos, isso vai fazer R$ 16 bilhões de Ebitda e conversa bem com o valuation de R$ 80 bilhões”.

O time de gestão da Vitreo está avaliando a possibilidade de entrar no IPO da Raízen por meio do fundo Vitreo Agro. Com isso, o cotista do fundo pode acabar ganhando duas vezes com este IPO:

  1. Com a entrada da excelente Raízen no portfólio;
  2. E com a valorização absurda de Cosan.

Só para você ter uma ideia, a Cosan já subiu mais de 8% na esteira de notícias envolvendo uma possível renovação antecipada da concessão da Comgás e de aumento de demanda pelo IPO da Raízen.

E, se não bastasse a Bolsa brasileira agitada no setor do agronegócio, tudo indica que teremos a melhor safra de grãos da história do Brasil, de acordo com o IBGE.

Portanto, fique de olho no setor do agronegócio.

A maneira mais simples e inteligente de se expor a este setor é por meio do primeiro fundo multimercado de agronegócio do Brasil, o Vitreo Agro.

Clique no botão abaixo e conheça o fundo.

[Quero conhecer o Vitreo Agro]

Atenção:

  • Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir. Retornos passados não garantem retornos futuros.
  • Antes de investir, verifique se o apetite a risco do fundo está em linha com o seu perfil de investimento.
  • As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.
  • A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann