Pré-Mercado: Estamos preparados para o que está por vir?
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Bom dia, pessoal!
Hoje, o feriado do Dia dos Veteranos de Guerra nos Estados Unidos, que fecha o mercado de títulos do Tesouro americano, reduz a liquidez do mercado, ainda que continuemos com a Bolsa em operação regular.
Em meio ao grande dia de compras online da China, o Dia dos Solteiros, as Bolsas asiáticas tiveram um bom dia em termos de performance hoje, apesar dos rumores de falência da Evergrande – há uma leitura de que, em resposta, o governo chinês poderia relaxar sua política sobre o setor imobiliário.
Enquanto isso, na Europa, não temos uma definição clara de tom, com mercados operando de forma mista, diferentemente dos futuros americanos, que enveredam por uma alta nesta manhã.
A ver…
Vendas no varejo e debates fiscais
Durante o último pregão, o mercado brasileiro quase ignorou a inflação acumulando em 12 meses 10,67% no mês de outubro, apesar de se assustar e incorporar cada vez mais no preço uma Selic entre 10% e 11% no primeiro semestre de 2022 – ainda há mais uma reunião do Copom neste ano, marcada para dezembro, e não me assustaria um tom ainda mais agressivo por parte da autoridade monetária.
Hoje, por outro lado, é dia de avaliar os tradicionais dados de vendas no varejo para o mês de setembro – a mediana das expectativas roda na casa de queda de 0,6% na comparação mensal.
Enquanto isso, em Brasília, que pretende votar a PEC dos Precatórios entre os dias 23 e 24 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nos deparamos com sessão para votar projetos de créditos especiais, entre eles o que solicita R$ 9,3 bilhões para viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil ainda neste ano, relevante para um governo que já teme cenário de estagflação para 2022.
Paralelamente, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) se reúne para debater as emendas de relator-geral ao orçamento, as chamadas RP9 – tem repercutido a judicialização do tema, que deve se tornar mais transparente muito em breve.
Quem imaginaria esse tanto de inflação nos EUA há dois anos?
Alguém segura esses preços! Ontem (10), o argumento de que a inflação é transitória ficou muito mais difícil de engolir depois de o índice de preços ao consumidor alcançar seu ponto mais alto oficialmente desde 1990.
O indicador subiu em outubro 6,2% na comparação anual – os vilões seguem sendo energia, moradia, alimentos, carros e caminhões usados e veículos novos.
Na medida núcleo, que remove itens mais voláteis, como compras e aluguéis de carros, tarifas de aviões e tarifas de quartos de hotel, o índice ainda subia 5,4% em um ano, algo completamente inimaginável para um país desenvolvido como os EUA no final de 2019, por exemplo.
Esse aumento das pressões sobre os preços também é visível nos salários e pode sinalizar que a inflação está ficando mais estrutural do que transitória.
Notadamente, é pouco provável que o Federal Reserve mude seu planejamento por conta de um dado, mas não me surpreenderia o mercado passar a precificar um Fed menos dovish ao passo que mais dados de alta frequência, como este comentado, são entregues pelas demais autoridades.
De todo modo, hedges tradicionais contra a inflação, como o ouro, voltam a ser desejados.
Fed “hawkish” e yield elevado não devem encerrar a alta das ações
Na semana passada, o Federal Reserve anunciou o ritmo de aperto na redução das compras de títulos a partir de novembro, pretendendo encerrar o movimento até meados de 2022.
Isso por si só já indicou uma tolerância mais limitada para um excesso de inflação que temos verificado.
De todo modo, pelo menos por enquanto, o mercado não parece esperar que uma política monetária mais rígida acabe com a alta das ações. Isso porque a mudança gradual na política do banco central também reflete o otimismo sobre o crescimento econômico, em vez de apenas preocupações com a inflação.
Com isso, embora o ritmo de crescimento possa estar atingindo o pico, parece que deverá permanecer elevado ainda em 2022. Outro fator é que a normalização da inflação para patamares mais moderados também tornará mais fácil para o banco central agir em relação à sua política monetária.
Anote aí!
Na agenda internacional, os investidores contam com a digestão do PIB do Reino Unido e reunião de política monetária no México, na parte da tarde, que pode mexer com o peso mexicano e ter repercussão na América Latina – os países emergentes começaram a apertar sua política monetária antes dos países desenvolvidos ao perceberem traços mais estruturais na inflação.
Adicionalmente, a Opep divulga relatório mensal sobre perspectiva de mercado.
Nos EUA, em dia de menor liquidez por conta de feriado, a temporada de resultados continua, com a Brookfield Asset Management como destaque do dia. No Brasil, os resultados também chamam atenção, com Azul, CCR, Rumo, B3 e Magazine Luiza.
Fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento do Itaú, o Macro Vision 2021, pode ter algum efeito, bem como o resultado das vendas no varejo em setembro.
Muda o que na minha vida?
O mercado tem sido bastante incapaz de prever a inflação desde o início da pandemia. Em grande parte, isso tem a ver com o fato de que mudar o comportamento de compra muda como as expectativas são criadas.
Além disso, as expectativas de inflação importam apenas se as pessoas mudarem o comportamento econômico como resultado, o que não parece ser o caso.
Na sequência de fatos recentes, a pandemia empurrou os compradores para a internet.
Consequentemente, o consumidor que repete automaticamente seu pedido de uma cesta semanal de mantimentos online tem menos probabilidade de saber o preço do leite do que um comprador que percorre as prateleiras.
Ou seja, há uma redução considerável do número de preços de alta frequência que moldam as expectativas de inflação.
Isso mesmo, a digitalização da economia deixa o consumidor menos sensível às variações de preços.
Ao mesmo tempo, o mundo das mídias sociais radicaliza as opiniões das pessoas. Temos, então, um contraste: consumidores passam a ter opiniões exageradas sobre a inflação, sem vontade de agir de acordo.
Note que vivemos, portanto, em uma mudança de paradigma na formação de expectativas dos consumidores e dos demais agentes de uma economia.
As pessoas percebem e se lembram de menos preços do que no passado, mesmo que tenham sentimentos fortes sobre isso – de fato, a inflação parece mais estrutural do que transitória neste sentido comportamental.
Um abraço,
Jojo Wachsmann