Colunista Vitreo

Pré-mercado: Escolha seu tema

29 abr 2021, 8:28 - atualizado em 29 abr 2021, 8:39
O flerte do mercado com os primeiros cem dias de governo Biden / Elizabeth (1998)

Bom dia, pessoal!

A temporada de resultados corporativos está pegando fogo!

Entre os diversos temas da semana, repleta de ruídos, brilharam nos últimos dias os números do primeiro trimestre das big techs, as grandes empresas de tecnologia dos EUA.

Depois de Alphabet (controladora do Google), Apple e Facebook, que entregaram excelente performance no after hours, dando sinais de que a quinta-feira (29) será um dia positivo para ativos de risco, hoje saem os balanços de Amazon e Twitter.

Não falta resultado corporativo – no Brasil, nos EUA e na Europa.

Repercutem ainda a decisão de política monetária americana, que preserva a taxa básica de juros inalterada, próxima de zero, e o discurso de Biden, na noite de quarta-feira (28).

A Zona do Euro amanhece em alto astral, bem como os futuros americanos, em alta hoje. A ver…

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Perigo à espreita

Em meio ao início da produção do Instituto Butantan de sua nova vacina, a Butanvac, que já tem protocolado o pedido de testes com voluntários, o STF julga se mantém seu parecer de 2017, que pode ter alto impacto ao mercado para a União e o mercado de capitais.

O processo em questão se refere à retirada do ICMS, um imposto estadual, na base de cálculo do PIS e da Cofins, duas contribuições federais. Em linhas gerais, a Suprema Corte avalia que a medida tenha efeitos apenas futuros e não com relação aos últimos cinco anos.

Se o cenário favorável às empresas se materializar, o julgamento pode gerar perdas de arrecadação maiores do que R$ 250 bilhões aos cofres da União.

Por outro lado, esses créditos tributários foram reconhecidos como ativos nos balanços das empresas e uma revisão favorável à União pode reverter a situação, provocando efeitos negativos nos resultados.

Tudo isso em meio à continuidade dos trabalhos da CPI da Covid, que terá como relator Renan Calheiros, e às trocas do Ministério da Economia, que removeu pessoas-chaves próximas de Guedes.

O discurso dos cem dias e mais US$ 1,8 trilhão

Os primeiros cem dias de Biden são marcados pela alta dos índices S&P 500 (+10,12%) e Dow Jones Industrial Average (+9,34%).

Os ganhos estão a caminho de registrar o segundo maior já alcançado sob o governo de qualquer presidente dos EUA na marca de cem dias, atrás apenas das valorizações de 79,62% do S&P 500 e de 75,4% do Dow Jones durante o mesmo período do primeiro dos quatro mandatos de Franklin D. Roosevelt.

Os futuros em NY seguem subindo na manhã, enquanto o discurso de Biden no Capitólio é digerido. Em suas palavras, o presidente lembrou que os EUA foram construídos pela classe média e detalhou mais um pouco a proposta de US$ 1,8 trilhão de investimentos em educação, saúde e cuidados infantis.

Basicamente, o centro de seu discurso foi o “Plano das Famílias Americanas” (US$ 1,8 trilhão), a segunda etapa de uma proposta de investimento de vários trilhões de dólares.

A primeira parte, chamada de “Plano de Emprego Americano” (US$ 2,3 trilhões), lançada no final de março, tramita atualmente no Congresso, embora o governo esteja preparado para aprová-la sem o apoio do Partido Republicano. I

sso sem falar do “Plano de Resgate Americano” de US$ 1,9 trilhão aprovado no início de março para combater a pandemia. Ao todo, as propostas somam mais de US$ 5 trilhões injetados na economia (em 2019, o PIB do Brasil foi de US$ 1,84 trilhão, para vocês terem uma ideia).

A proposta atual está sendo referida como um investimento na chamada “infraestrutura humana”, como creches (pré-escola gratuita para todas as crianças de três e quatro anos de idade), saúde e educação (todos os professores da pré-escola ganhariam pelo menos US$ 15 por hora).

O plano seria pago aumentando os impostos sobre o 1% mais rico dos americanos, mais notavelmente uma quase duplicação da taxa de imposto para ganhos de capital sobre rendas acima de US$ 1 milhão por ano, rumo aos 39,6%.

Famílias que ganham mais de US$ 400 mil ao ano também deverão pagar 39,6%, patamar onde estava antes dos cortes de Trump (2017). Elevação da alíquota corporativa também é estudada.

Inação também é um tipo de ação

Como esperado, o Federal Reserve, banco central dos EUA, não alterou sua política monetária. Em reunião na tarde de ontem, o Fomc (sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto) manteve a taxa de juro na banda entre 0% e 0,25%, além de preservar a compra de títulos em US$ 120 bilhões por mês.

O discurso de Powell que segue o comunicado oficial da decisão reconheceu que a economia está indo melhor do que o esperado, mas reforçou não ser a hora de falar em reduzir a compra de títulos.

Ao redor do mundo, algumas autoridades monetárias já começam a podar a compra de ativos, como o caso do Canadá e do que poderá ser em breve a situação do Reino Unido (as taxas de juros, porém, deverão se manter inalteradas).

Assim, o Fed segue indiferente às ameaças inflacionárias, que tanto têm impactado os mercados nos últimos meses. Em outras palavras, o banco central está topando mais inflação em função da busca pelo pleno emprego.

Além disso, a taxa de inflação para a maioria dos bens e serviços tem se mantido estável nos EUA depois do choque mais recente.

Anote aí!

A agenda está cheia hoje, para além dos resultados corporativos de diversas empresas ao redor do mundo e da digestão dos eventos de ontem.

No Brasil, o dia reserva IGP-M de abril, que deve avançar 1,33% contra o mês de março – semana que vem teremos Copom; logo, todo indicador de inflação fica mais importante, apesar de a decisão da semana que vem já estar contratada em uma alta de mais 75 pontos-base (rumo aos 3,5% de Selic Meta ao ano).

Confiança da indústria, dados fiscais (resultado primário de março e nota de crédito do BC) e sequência da CPI da Covid também marcam a quinta-feira.

No exterior, vale acompanhar o PIB americano, que deverá mostrar uma recuperação econômica robusta – a tendência para esse dado é de surpreender positivamente, com revisões positivas dos dados anteriores.

Temos a inflação dos preços ao consumidor na Espanha e na Alemanha para abril, além do índice de sentimento econômico na Zona do Euro.

À noite, China e Japão divulgam PMI industrial de abril – a atividade asiática tem se tornado foco dos mercados.

Muda o que na minha vida?

O mundo está acordando para a crise climática. Depois da Cúpula do Clima, em que vários líderes mundiais, inclusive o Brasil, fizeram grandes comprometimentos, o discurso do presidente americano não deixou a desejar.

Biden seguiu com sua promessa de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa dos EUA em até 52% abaixo dos níveis de 2005 até o final da década.

Essa abordagem americana é um grande passo no combate à crise climática, além de ser, segundo alguns especialistas, até mais radical do que propunha um eventual governo Al Gore no início do milênio.

Um recorde de US$ 501 bilhões foi injetado na transição energética em 2020. A enxurrada de dinheiro ocorre quando os clientes pressionam os administradores de fundos para criar carteiras construídas em torno de negócios sustentáveis.

Paralelamente, os ativos em fundos sustentáveis ​​atingiram um recorde de US$ 1,65 trilhão no final do ano passado, um aumento de 29% em relação ao trimestre anterior. E mais está por vir, derivando dos projetos de infraestrutura dos EUA e do plano quinquenal da China.

O mercado está mudando completamente suas expectativas, e agora com os Estados Unidos liderando as nações nesse âmbito, em vez de segurar tudo, podemos ter a grande virada do jogo.

De acordo com John Kerry, o Emissário Especial para o Clima dos EUA, basta observar as ações de empresas e investidores em resposta às palavras da Casa Branca.

De fato, há uma nova tonalidade no ar e Wall Street está consequentemente acordando para a crise climática, com diversas empresas colocando dinheiro para trabalhar para lidar com a crise.

Disso, nascem as oportunidades, como a que o fundo Vitreo Carbono tenta alcançar (que investe especificamente no mercado de crédito de carbono europeu, o mais maduro do mundo).

Fique de olho!

Está oficialmente reaberto o fundo Canabidiol!

Ao observarmos o mercado durante as últimas semanas, identificamos que houve uma grande realização nas ações de cannabis. Com isso, surgiu uma oportunidade histórica de compra, com preços muito descontados de empresas deste setor.

Além disso, passou na câmara dos EUA o projeto de lei chamado SAFE Banking Act, que é a solução para remover última “trava” do mercado de cannabis se estabelecer de forma institucional nos EUA.

Se essa lei for aprovada no senado americano, isso permitirá que os bancos ofereçam os seus serviços para as empresas ligadas à cannabis nos EUA. Finalmente os empresários da indústria da cannabis poderão obter créditos, custódias e serviços normais de instituições financeiras, da mesma maneira que qualquer outro empresário do setor tradicional.

E ao olharmos tudo isso acontecendo, tudo indica que podemos estar entrando no MELHOR MOMENTO DE 2021 para se expor a ações de empresas ligadas à indústria da cannabis legalizada nos EUA.

Por isso, resolvemos fazer uma força tarefa para disponibilizar a partir de hoje o nosso fundo Canabidiol para investidores qualificados.

E claro, em breve traremos uma nova solução para o público geral investir neste no mercado de cannabis.

Portanto, se você é investidor qualificado e deseja entrar hoje no Canabidiol, clique agora no botão abaixo e aproveite o momento do mercado.

[QUERO INVESTIR NO CANABIDIOL]

Atenção: Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir. E lembre-se que a aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann