Colunista Vitreo

Pré-mercado: Escolha seu monstro

26 maio 2021, 8:59 - atualizado em 26 maio 2021, 8:59
Qual monstro vamos enfrentar nesta quarta? / Penny Dreadful (2014 – 2016)

Bom dia, pessoal!

Manhã de alta para os futuros americanos e para as Bolsas europeias, após um fechamento mais suave na terça-feira (25), em meio a leituras mais fracas do que o esperado sobre a confiança do consumidor na Zona do Euro e vendas de casas nos EUA.

De todo modo, os mercados gringos seguem atormentados pelos receios inflacionários, que poderiam prejudicar a forte recuperação da economia.

O Brasil vive sua própria dinâmica novamente, com agenda política interferindo nos preços dos ativos de risco. A ver…

O monstro do Centrão

O pregão pode ser contaminado mais uma vez com risco de ingerência.

A renúncia do presidente da Previ, José Maurício Coelho, acendeu um sinal amarelo no mercado, que teme mais desgaste nas alas ligadas à economia e às estatais – ingerência política fez preço ontem nas empresas listadas do governo, jogando o Ibovespa para baixo.

Pelo menos, no aspecto positivo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a admissibilidade da reforma administrativa, uma notícia bastante positiva para o Brasil do ponto de vista estrutural, enquanto a reforma tributária também começa a caminhar.

O IPCA-15 de ontem um pouco abaixo do previsto acomodou a curva de juros, mesmo com as falas de Roberto Campos Neto, presidente do BC, de que aquele entendimento de “normalização parcial” dos juros possa ser alterado.

Para que o BC consiga agir com mais transparência, é preciso que continuemos com as reformas – essa discussão não pode parar –; é por isso que desgastes para o Centrão nesta altura não são vistos como algo positivo pelo mercado.

Por fim, a chegada de 4.000 litros de insumos da China para a produção de 6,7 milhões de doses da CoronaVac pelo instituto Butantan também pode dar uma animada.

O monstro da liquidez e do desemprego

Diante da proximidade do feriado de Memorial Day (31 de maio) e do deflator de gastos do consumidor (PCE) a ser divulgado na sexta-feira (28), os mercados americanos optam por maior cautela.

A pressão republicana para diluir o pacto de infraestrutura de Joe Biden afeta um pouco as perspectivas de liquidez – estaríamos saindo de US$ 2 trilhões para algo perto de US$ 1 trilhão (os mercados são sensíveis hoje à falta de liquidez).

Enquanto isso, o discurso do banco central americano parece continuar o mesmo.

Vários comentários de membros do Federal Reserve ontem enfatizaram a mensagem de que a política monetária não vai mudar tão cedo, mas que o Fed pode reduzir o programa de compras à medida que a demanda por moeda também cai.

Como Lael Brainard, presidente do Fed de Atlanta, deu a entender, a divisão na política monetária reflete poucas preocupações com a inflação, portanto, não há urgência em aumentar as taxas de juros básicas – os efeitos da inflação não devem persistir.

Mais preocupante tem sido a dificuldade em recontratar pessoas. Muitos acreditam que o benefício de Biden esteja impedindo as pessoas de aceitar empregos nos Estados Unidos. Isso acelera a alta dos salários.

O monstro da inflação

Os investidores continuam focados na possibilidade de que o aumento dos preços leve os bancos centrais dos países desenvolvidos a recuarem em suas políticas acomodatícias mais cedo que o esperado, apesar das garantias da maioria dos membros das autoridades monetárias de que veem as pressões de curto prazo como transitórias.

Adicionalmente, os investidores também temem que a recuperação econômica global possa ser prejudicada na eventual retirada dos estímulos.

Mas um funcionário do Federal Reserve ajudou a acalmar alguns desses temores quando disse na terça-feira (25) que o banco central dos EUA não deveria olhar para uma mudança de política em meio à pandemia de coronavírus.

Em outro exemplo, Fabio Panetta, membro do Banco Central Europeu, afirmou ser prematuro discutir qualquer redução na compra de ativos na zona da moeda única, embora as perspectivas econômicas estejam melhorando – como antecipamos aqui, o BCE deverá ser o último banco central a entrar para o time da redução de compras.

Anote aí!

A agenda de dados em si está um pouco mais fraca. Hoje, lá fora, vale ficar de olho em falas de autoridades americanas – a secretária do Tesouro, Janet Yellen, fala às 10 horas, enquanto mais um Fed boy, Randal Quarles (vice-presidente do Federal Reserve), fará um pequeno pronunciamento na parte da tarde.

Estoques de petróleo nos EUA também têm um certo peso, assim como o lucro industrial da China para o mês de abril, a ser divulgado à noite.

No Brasil, Roberto Campos Neto participa de mais um evento em sua agenda – mudanças em seu discurso podem afetar o câmbio e a curva de juros, afetando também a Bolsa.

Indicadores do setor de construção civil para o mês de maio, conta corrente de abril e geração líquida de postos de trabalho (Caged) são os itens importantes do dia.

A divulgação do Relatório Mensal da Dívida pelo Tesouro é igualmente interessante.

Muda o que na minha vida?

A discussão sobre a propriedade intelectual das vacinas continua.

Os estoques de imunizantes contra a Covid-19 estão diminuindo depois que autoridades americanas anunciaram apoio a uma flexibilização do entendimento de propriedade intelectual para as vacinas.

O objetivo da iniciativa, segundo a Casa Branca, é aprimorar o acesso, melhorar a capacidade de fabricação e aumentar a quantidade de doses garantidas.

Agora, na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo Biden se envolverá em negociações para o texto da isenção e pressionará por apoio de outros países.

Em resposta, uma série de grandes empresas farmacêuticas diz que renunciar aos direitos de propriedade intelectual não resolveria problemas de abastecimento no curto prazo, uma vez que os produtores contratados não têm familiaridade com as novas tecnologias das vacinas.

Adicionalmente, os obstáculos para o aumento da produção também incluiriam a necessidade de treinar técnicos, a obtenção de ingredientes escassos e componentes biológicos sensíveis, além das verificações de qualidade dos fabricantes capazes de produzir imunizantes em grande escala.

Já os defensores da proposta de isenção de patentes dizem que há mais de uma dúzia de fabricantes de medicamentos nos países em desenvolvimento que poderiam ser equipados para produzir as injeções.

Isso permitiria que as nações fizessem suas próprias cópias das vacinas sem medo de serem processadas por infrações de propriedade intelectual.

De fato, uma quebra de patentes parece poder ajudar na disponibilização rápida dos imunizantes, mas é problemático descartar os efeitos perversos que uma eventual revisão da lei de patentes poderia ter em uma escala global.

O debate seguirá aquecido.

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Um abraço,

Jojo Wachsmann

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