Pré-Mercado: Em semana de Corpus Christi, os investidores se atentam às reuniões dos BCs
Oportunidade do dia
Reabriu para captação
O fundo Atmos Ações está aberto para novos aportes. Garanta seu lugar no fundo de ações com maior rentabilidade nos últimos 13 anos (só p/ investidores qualificados).
Trade do Dia
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – venda dos papéis do Grupo Soma (SOMA3).
SOMA3: [Entrada] R$ 10.02; [Alvo parcial] R$ 9.82; [Alvo] R$ 9.52; [Stop] R$ 10.35
O ativo entrou em nova tendência de baixa após um breve período de congestão.
Observações sobre a operação:
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
Nilson Marcelo,
Analista quantitativo de ações da Vitreo
Bom dia, pessoal!
Lá fora, os mercados asiáticos fecharam em baixa nesta segunda-feira (13), seguindo as movimentações negativas de Wall Street na sexta-feira (10), depois de dados mostrarem um aumento maior do que o esperado na inflação dos EUA em maio, elevando as preocupações sobre o crescimento e os juros. Adicionalmente, pesa também a imposição de novas medidas de lockdown em várias partes de Xangai.
A Europa não tem uma manhã diferente, registrando igualmente quedas. A volatilidade deve continuar elevada, principalmente levando em conta esta semana marcada pelas reuniões de política monetária do Brasil e dos EUA. A batalha do Fed para combater a inflação e os problemas na cadeia de suprimentos seguirá sendo um dos temas de 2022 — após um relatório de inflação ao consumidor acima do esperado, as chances de um aumento de 75 pontos na taxa saltaram de 5% para 20%.
A ver…
Na expectativa para o Copom, a questão dos combustíveis ainda atrapalha
Nesta semana, o Senado deverá iniciar a análise de propostas relacionadas ao ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes, podendo já votar a questão que tem elevado as tensões políticas em Brasília e pressionado a curva de juros brasileira.
O ambiente no qual a discussão está inserida não é trivial:
- teremos Super Quarta no dia 15, com reuniões de política monetária do Brasil e dos EUA; e
- o feriado de Corpus Christi na quinta-feira pode afetar a liquidez do mercado doméstico, bem como o ritmo das votações no Congresso.
O mercado precifica como predominantes a chance de um ajuste de 50 pontos-base, levando a Selic para 13,25% e encerrando o ciclo de aperto brasileiro, muito na frente dos demais países do mundo.
Enquanto isso, dois outros temas chamam a atenção. O primeiro é a análise do Comitê de Pessoas da Petrobras sobre o nome de Caio Paes de Andrade, indicado para a presidência da companhia. O segundo é a apresentação do parecer do projeto que regulamenta o mercado de criptomoedas no Brasil.
A inflação não dá trégua
Nos EUA, a inflação passou a dominar todas as rodas de debate no mercado financeiro depois que, na última sexta-feira, o índice de preços ao consumidor acelerou para seu nível mais alto desde 1981, subindo 8,6% em relação ao ano anterior. Agora, há uma preocupação de que os EUA possam ver uma repetição da década de 1970, quando a taxa de inflação atingiu a média de 7,1% por uma década inteira, devastando as finanças domésticas e a economia.
As razões para o aumento dos preços são bem conhecidas: interrupções na cadeia de suprimentos por conta da pandemia de Covid-19 levaram à escassez de mercadorias. Adicionalmente, a invasão da Ucrânia pela Rússia atingiu o fornecimento de commodities essenciais, enquanto, ao mesmo tempo, o governo canalizava trilhões de dólares em ajuda diretamente para consumidores e empresas.
Esse é um grande choque para toda uma geração de consumidores que se acostumaram com pouca ou nenhuma inflação. Boa parte dos investidores voltou a esperar aumento de 75 pontos-base na reunião de quarta-feira, enquanto fogem para ativos seguros e vendem investimentos mais arriscados. A dúvida é o quanto tempo durará esse doloroso surto de inflação alta e qual, se houver, será seu impacto duradouro.
O dilema do Fed
O Federal Reserve tem um dilema clássico: a inflação atual é impulsionada principalmente por preços que a autoridade monetária não consegue controlar, relacionados a commodities. Na verdade, se avaliarmos detalhadamente, muitos preços que o Fed pode influenciar já estão em desinflação ou até mesmo deflação (houve item com mais de 3% de deflação na cesta do índice).
Neste sentido, o Fed parece pensar que quanto mais deflação criar nos preços que pode controlar, haveria espaço para compensar a inflação nos preços que não pode controlar. Diante da incerteza, o dado de sentimento do consumidor nos EUA mostrou um aumento nas expectativas de inflação de longo prazo — basicamente, vimos que os consumidores também são pessimistas com a inflação, com as expectativas de longo prazo caminhando para cima de 3%.
Anote aí!
No exterior, os ingleses repercutem os dados mensais do PIB e da produção do Reino Unido, que foram mais fracos do que o esperado em abril. Na Europa e nos EUA, os investidores acompanham vários palestrantes dos bancos centrais agendados para falar hoje.
No Brasil, temos participação em evento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mais uma pesquisa sobre intenção de voto para presidente da República é aguardada.
Muda o que na minha vida?
Estima-se que os americanos tenham perdido meio trilhão de dólares em riqueza no início de 2022, para cerca de US$ 149 trilhões no primeiro trimestre (patrimônio líquido de famílias e organizações sem fins lucrativos). Dessa forma, a turbulência do mercado deste ano teve consequências reais, apagando bilhões de dólares de riqueza.
Foi o pior desempenho trimestral para os mercados desde o primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia de Covid-19 abalou a economia dos EUA. Essa é uma reviravolta notável dos robustos ganhos de riqueza que começaram em meados de 2020, alimentados pela disparada dos preços das casas e das ações.
O declínio nas ações foi parcialmente compensado por um aumento de US$ 1,7 trilhão no valor dos imóveis e uma contínua alta taxa de poupança pessoal, mas o impacto ainda é considerável (cerca de 58% dos americanos possuem ações). A inversão do efeito riqueza na maior economia do mundo poderá ter efeitos muito nocivos para a década.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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