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Pré-Mercado: Dia de decisão no Fed

27 jul 2022, 8:34 - atualizado em 27 jul 2022, 8:39
Todos querem saber a decisão do Federal Reserve | South Park (1997 – presente)

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Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados de ações asiáticos seguiram a performance negativa de Wall Street de ontem e fecharam em baixa nesta quarta-feira (27), com os investidores se preparando para mais um aumento acentuado da taxa de juros do Federal Reserve para esfriar a inflação, que está em seu patamar mais alto em 40 anos.

O Brasil acompanha a cautela internacional, na falta de vetores relevantes internos, a não ser alguns eventos políticos e alguns dados econômicos secundários. Na véspera da decisão do Fed, as Bolsas europeias e os futuros americanos operam em alta nesta manhã — dificilmente alguém fugirá de Jerome Powell hoje.

A ver…

No ritmo das convenções partidárias

Em Brasília, a convenção virtual do MDB deverá oficializar hoje o nome da senadora Simone Tebet ao Palácio do Planalto, assim como o PSDB deve indicar a coligação com os emedebistas e apontar o nome de Tasso Jereissati para a vice-presidência — ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, o PSDB deve anunciar o ex-prefeito César Maia como vice de Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo do estado.

No âmbito econômico, algumas coisas chamam a atenção, ainda que o grande vetor do dia esteja no contexto internacional, com a reunião de política monetária do Fed. Contamos hoje com a reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

Além disso, o Conselho de Administração da Petrobras se reúne para discutir proposta que prevê que, a partir de agora, seria o próprio Conselho de Administração da companhia o responsável por estabelecer a política de preços e não mais a diretoria executiva. Isso pode trazer volatilidade para o papel, que tem mais de 10% de participação para o Ibovespa; isto é, se trata de um vetor sistêmico relevante.

Preparados para 75 pontos de alta?

Além do fato de que as taxas de juros vão subir na quarta-feira, o mercado não sabe exatamente o que vai acontecer. Após um pivô de última hora em junho (+75 pontos-base de alta) e com dados econômicos recentes mistos, a discussão entre investidores e economistas é sobre qual será o próximo passo do Federal Reserve.

Para hoje, devemos ter um aumento de 75 pontos-base na faixa alvo da taxa de fundos federais, para 2,25% a 2,50%. A volatilidade atípica nas expectativas de política monetária reflete o fato de que há indicações claras de desaceleração em todos os dados de crescimento real, exceto no relatório de emprego.

Em outras palavras, o aperto do Fed já está tendo um efeito significativo na economia. Contudo, enquanto os números da folha de pagamento continuarem sendo um indicador contraditório, os investidores não podem ter certeza de que o Fed está se aproximando do fim do ciclo de alta das taxas.

O pior cenário para os investidores é que a taxa de desemprego comece a subir e outros dados econômicos continuem a enfraquecer, enquanto a inflação permanece elevada. Essa é uma receita para a estagflação e significaria que o Fed precisa escolher entre apoiar a economia e reduzir a inflação.

Em eventual surpresa, a reação de curto prazo a uma alta de 100 pontos-base hoje pode ser uma queda considerável no mercado. Os valuations das ações de crescimento seriam prejudicados por taxas de juros mais altas, enquanto o maior aperto pelo Fed aumentaria as chances de recessão, prejudicando os cíclicos. 

Um mercado já difícil

A prévia operacional de Walmart pesou sobre os mercados ontem, depois de avisar que a inflação estava levando os consumidores a rejeitar bens de preço mais alto em favor de itens essenciais que trazem margens de lucro mais baixas. A companhia fechou em queda de cerca de 8%, arrastando o setor e os índices para baixo.

Depois do encerramento de mercado, várias empresas de tecnologia apresentaram seus resultados, com nomes como Microsoft e Alphabet. Apesar de números não tão impressionantes, os resultados foram marginalmente melhores do que o esperado, dando fôlego para as ações no after houser de ontem e no pre-market de hoje.

Para hoje, contamos com Meta Platforms, Bristol Myers Squibb, Boeing, Sherwin-Williams, Qualcomm, Ford Motor, CME Group, Kraft Heinz, T-Mobile US, Etsy, Shopify, Spotify e Danone. Os números devem trazer novidades importantes para a assimilação dos investidores.

Anote aí!

Nos EUA, a agenda conta com os dados de encomendas de bens duráveis​​nos, enquanto esperamos o resultado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, que deverá anunciar alta dos juros hoje.

Na Europa, a confiança do consumidor alemão mostrou fraqueza, mas o dado não atrapalha as ações europeias neste momento — a inflação deteriora gradualmente as condições econômicas da Zona do Euro.

No Brasil, além da conversa de Guedes com Yellen e da reunião do Conselho da Petrobras, temos também a divulgação do relatório mensal da dívida de junho pelo Tesouro Nacional.

Muda o que na minha vida?

Na China, além do problema com a política de zero Covid do governo chinês e das questões relacionadas com crescimento econômico (crise no mercado imobiliário e afins), ainda há a preocupação com o mercado de trabalho para a população mais jovem.

Ao que tudo indica, a geração mais educada da história da China, que deveria abrir caminho para uma economia mais inovadora e tecnologicamente avançada, está bastante frustrada – estima-se que cerca de 15 milhões de jovens estejam desempregados.

Um fenômeno parecido acontece no Ocidente, com a geração dos que não trabalham e nem estudam. Na China. Uma tempestade perfeita de fatores impulsionou o desemprego entre os habitantes urbanos de 16 a 24 anos para um recorde de 19,3%, mais que o dobro da taxa comparável nos EUA.

A estratégia de zero Covid do governo levou a demissões, enquanto sua repressão regulatória às empresas imobiliárias e de educação atingiu o setor privado. Ao mesmo tempo, um número recorde de graduados em faculdades e escolas vocacionais (cerca de 12 milhões) está entrando no mercado de trabalho neste verão.

Essa fatia altamente qualificada do mercado intensificou a incompatibilidade entre as funções disponíveis e as expectativas dos candidatos a emprego.

Problemas como esse são cada vez mais frequentes no mercado de trabalho internacional, prejudicando o crescimento da renda real da população ao longo do tempo. Por muito tempo, o fato de que os filhos teriam uma vida melhor que a de seus pais foi um dos pilares importantes para a nossa sociedade. A ruptura desse pilar mostra uma mudança social importante com desdobramentos econômicos significativos.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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