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Pré-Mercado: Depois de mais de 100 dias de guerra, o assunto é o mesmo: inflação

06 jun 2022, 8:41 - atualizado em 06 jun 2022, 8:42
BCE e Fed comemoram mais apertos monetários a serem realizados | Boneca Russa (2019)

Oportunidade do dia

Último dia para investir

Isento de IR para pessoa física, o Sparta Debêntures Incentivadas irá fechar nesta segunda-feira. O fundo investe em debêntures, fazendo a conversão dos rendimentos para o CDI.

[QUERO INVESTIR]

Trade do Dia

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis preferenciais da Petrobras (PETR4).

PETR4: [Entrada] R$ 30.34; [Alvo parcial] R$ 30.95; [Alvo] R$ 31.57; [Stop] R$ 29.52

A formação de um outside bar após um movimento de baixa pode indicar reversão desta microtendência e oferecer ganhos no curto prazo.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Nilson Marcelo, 

Analista quantitativo de ações da Vitreo

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os principais mercados de ações asiáticos fecharam em alta nesta segunda-feira (6), apesar dos presságios predominantemente negativos de Wall Street na sexta-feira (3), com o pessimismo se fortalecendo sobre as perspectivas para as taxas de juros após um relatório de empregos mais forte do que o esperado dos EUA — esvaziou a esperança de um final de aperto monetário em setembro, como alguns mais otimistas já começavam a cogitar.

A Europa tem uma semana importante pela frente, com a reunião de política monetária prevista para a quinta-feira (9). No evento, a autoridade deve confirmar o início da alta dos juros em julho, de modo a combater a inflação. As principais Bolsas europeias começam a semana em alta, ainda que os ruídos de lockdown na China e guerra na Ucrânia permaneçam no radar — os estímulos chineses, por outro lado, servem de suporte positivo. Os futuros americanos também sobem.

A ver…

Tratativas energéticas

Para a semana, ficamos com o desdobramento de negociações sobre energia e combustíveis diante da votação de alguns projetos: i) que obriga que o crédito proveniente da devolução das tarifas cobradas de forma errada seja aplicado na modicidade tarifária da energia; ii) que proíbe a cobrança do ICMS sobre as bandeiras tarifárias; e iii) que trata da transparência do preço da Petrobras.

Os textos devem ter algum impacto sobre a inflação, que ganha destaque na quarta-feira (8), com o IGP-DI de maio, e na quinta-feira, com o IPCA. Dessa forma, o governo fica pressionado para endereçar as questões relacionadas com os combustíveis nos próximos dias. Além disso, temas fiscais devem ganhar espaço, com a reunião da Junta de Execução Orçamentária para decidir sobre cortes no Orçamento.

Mais juros devem vir aí

As boas notícias sobre os dados de empregos nos EUA são más notícias para o mercado de ativos, uma vez que um relatório mais forte do que o esperado significa que o Federal Reserve continua no caminho certo para aumentar as taxas de juros nos próximos meses. As expectativas de mercado mostram que os aumentos de meio ponto permanecem quase certos.

Adicionalmente, um aumento de meio ponto em setembro tem uma probabilidade de 62,6%, quase o dobro de uma semana atrás, quando os mercados apostavam em uma desaceleração no ritmo de aumentos das taxas do Fed. É claro que o Fed não pode fazer nada sobre o salto nos custos de energia ou a escassez de oferta, mas cabe às autoridades monetárias conter a demanda para diminuir o ritmo dos aumentos de preços.

E esse mercado de petróleo?

Os preços do petróleo (um dos principais impulsionadores da inflação) continuaram a subir, já que a promessa da Opep e de outros grandes produtores de expandir a produção ficou aquém do que os mercados esperavam — o contrato Brent já voltou para cima de US$ 120 por barril. O preço do petróleo está agora 55% mais alto em 2022, inevitavelmente aumentando as preocupações de uma inflação persistente.

O aumento ocorreu quando a Arábia Saudita também disse que elevou o preço de venda oficial para clientes na Ásia, compensando qualquer alívio de incrementos adicionais de produção dos membros da Opep+, enquanto as expectativas de demanda aumentaram devido à flexibilização de algumas medidas de bloqueio de Covid na China e ao início do verão nos EUA.

Anote aí!

Nesta semana, na sexta-feira (10), começa em Los Angeles (EUA) a IX Cúpula das Américas, que contará com a presença do presidente Bolsonaro. No aguardo, os investidores acompanham hoje (6) a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na 2ª Reunião de Ministros de Finanças dos Brics. Além dele, fala também durante o pregão o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na agenda contamos com os atrasados dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e divulgação de pesquisa presidencial. 

Muda o que na minha vida?

Na semana passada, tivemos a marca de 100 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em um movimento que abalou a ordem geopolítica pós-Guerra Fria, causou dificuldades econômicas em todo o mundo e deslocou milhões de pessoas no Leste Europeu. Definitivamente, a guerra está durando muito mais do que Putin previa, o que não parece afetar os planos de invasão: o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma que a Rússia agora controla cerca de 20% de seu país.

Aliás, mesmo antes de lançar sua invasão, a Rússia já controlava 7% da Ucrânia — incluindo a Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e partes da região leste de Donbas. Agora, com o conflito, estima-se que 60 a 100 soldados ucranianos estão morrendo todos os dias no conflito, além das dezenas de milhares de civis que foram mortos desde 24 de fevereiro. Ao mesmo tempo, mais de 6,8 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia.

Apesar de falhar em seus objetivos iniciais de derrubar o governo ucraniano, a Rússia parece determinada a defender o território que já conquistou. Dessa forma, com Zelensky prometendo manter a luta, essa guerra pode se arrastar. Com o tempo, a guerra muda cada vez mais a ordem mundial, criando consequências de longo alcance para a economia global, exacerbando a insegurança alimentar e os altos preços da energia.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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