Colunista Vitreo

Pré-mercado: Contagem regressiva

21 jun 2021, 8:49 - atualizado em 21 jun 2021, 8:49
Muitos dados: será que alguém se esqueceu da semana passada? /Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004)

Bom dia, pessoal!

Depois da volatilidade na semana passada, derivada das reuniões de política monetária e vencimento de opções (e contratos futuros também), o Ibovespa se volta para mais cinco dias carregados de indicadores econômicos.

A partir de agora, vivemos sob a sombra dos mais de 500 mil mortos por Covid-19 enquanto tentamos vacinar a população o mais rápido possível – há uma preocupação relevante com a pouca evolução da imunização completa (menos de 12% da população já está com a segunda dose, frente aos 30% com ao menos uma dose tomada).

Brasília voltará aos holofotes, enquanto o mercado internacional ainda se preocupa com a inflação. A ver…

Aos 45 do segundo tempo

Na contagem regressiva para a perda da validade, a Câmara dos Deputados deverá tratar hoje da MP 1031/21, que endereça a questão da privatização da Eletrobras.

Enquanto os holofotes estão sobre a privatização e o caminhar das reformas administrativa e tributária, o governo se prepara para lançar nos próximos dias sua extensão do auxílio emergencial e novo Bolsa Família, já de olho na corrida eleitoral de 2022 – uma eleição com dois dígitos de desemprego é sempre um pouco mais complicada (o país bateu o recorde de desemprego da geração “nem-nem”, com 50 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos nem estudando e nem trabalhando).

A agenda da semana será de peso, a começar pela ata do Copom programada para ser divulgada na terça-feira, seguida pelo Relatório Trimestral de Inflação na quinta e pela prévia da inflação oficial de junho, o IPCA-15, na sexta-feira.

Imbróglios jurídicos

As grandes empresas de tecnologia (Big Tech) estarão no centro das atenções ao longo desta semana, com o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA votando um pacote de projetos antitruste.

As novas legislações deverão se aplicar a empresas que tenham uma capitalização de mercado superior a US$ 600 bilhões e mais de 50 milhões de usuários americanos ativos mensais ou 100 mil usuários empresariais ativos mensais dos Estados Unidos.

Apple, Amazon, Facebook, Google e Microsoft devem ser afetadas.

Mesmo com este tema de considerável relevância, o mercado não consegue se esquecer da semana passada e de seu foco principal: seguir os passos do Fed.

Esta semana, mais especificamente, teremos influência de uma bateria de eventos e dados, a começar com um pronunciamento de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária americana, marcado para amanhã.

Em seguida, na quinta-feira, mais uma leitura do PIB americano no primeiro trimestre, além, claro, do PCE de maio na sexta-feira – vale lembrar que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) é o indicador favorito do Fed para medir a inflação.

Falas de autoridades monetárias

A presidente do Banco Central da Europa, Christine Lagarde, falará hoje duas vezes.

Seus comunicados, porém, não deverão trazer alteração no discurso padrão divulgado pela autoridade monetária.

Muito provavelmente, o BCE será o último grande BC a mudar o rumo de sua política, muito por conta do perfil expansionista de Lagarde.

Para ilustrar, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, já sinalizou que é improvável que o BCE considere suficiente os dados vigentes para mudar sua postura na próxima reunião, marcada para setembro.

Além do BCE, vários oradores do Fed, incluindo o presidente do Fed de Nova York, estão na agenda para falar. Provável que as opiniões sejam mais variadas aqui, podendo influenciar o mercado.

Anote aí!

A agenda econômica brasileira, apesar de estar programada para ter uma semana agitada, começa esta segunda-feira menos movimentada. Teremos Balança Comercial semanal, às 15 horas, e Relatório Focus, pela manhã.

Os destaques do dia são a votação da MP da Eletrobras na Câmara e a participação de Paulo Guedes na reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Lá fora, o evento envolvendo o comitê de economia do Parlamento Europeu e a presidente do BCE, Christine Lagarde, ganha contornos de maior relevância, frente ao esvaziamento da agenda.

Muda o que na minha vida?

Mais uma vez em 2021 a cadeia de suprimentos global se posiciona sob os holofotes dos investidores mundiais.

Dessa vez, um surto de coronavírus no sul da China obstruiu portos críticos para o comércio global, causando um acúmulo de embarques que pode levar meses para ser resolvido e levar à escassez durante o segundo semestre do ano.

O que está acontecendo? No final do mês passado, as autoridades da província de Guangdong, no sul da China, cancelaram voos, bloquearam comunidades e suspenderam o comércio ao longo de sua costa para controlar o rápido aumento dos casos de Covid-19.

Consequentemente, o porto de Yantian, a cerca de 80 quilômetros ao norte de Hong Kong, foi fechado por quase uma semana depois que infecções foram encontradas entre os estivadores.

O porto movimenta mercadorias que encheriam 36 mil contêineres todos os dias.

Veja, a taxa de infecções melhorou desde então e muitas operações foram reiniciadas, mas o dano já havia sido feito – o porto, por exemplo, ainda está operando abaixo da capacidade, criando um enorme acúmulo de contêineres esperando para sair e navios esperando para atracar.

Não para por aí. O congestionamento se espalhou para outros portos localizados em Shenzhen ou Guangzhou.

O efeito dominó está criando um grande problema para a indústria mundial, adicionando uma interrupção extra em uma já estressada cadeia de suprimentos global. Se você pensou em pressão sobre os preços, pensou correto.

Assim como aconteceu no caso do Canal de Suez, a interrupção prolongada na cadeia de suprimentos afeta a tomada de decisão de política monetária no ocidente.

Novos desdobramentos. Nota-se o ganho de relevância da China para a cadeia de suprimentos global. Em vídeo recente, a Empiricus tratou disso.

Em resposta, há uma tentativa de se formar uma frente ampla contrária a essa influência chinesa, que ganhou relevância na semana passada com o encontro do G7 e da OTAN.

Mas talvez Biden não tenha tanta facilidade em formar essa aliança alternativa… Um dos principais candidatos para substituir a chanceler Angela Merkel no final deste ano, Armin Laschet, proferiu comunicado relativamente positivo sobre as relações sino-europeias.

A depender do resultado eleitoral de 2021 na Alemanha, a política mais agressiva Anglo-saxã poderá encontrar dificuldades em se estabelecer como viável.

Fique de olho!

Hoje começa a contagem regressiva para a nossa promoção. Você pode ter acesso gratuito a uma assinatura Premium da Empiricus por um ano. Qualquer assinatura da sua escolha.

Mas você tem poucos dias para garantir a sua. Esta promoção é mais uma dobradinha de Vitreo e Empiricus em que, além de você fazer uma escolha potencialmente lucrativa para seus investimentos, vai ter acesso a um conteúdo do mais alto nível sobre investimentos, desenvolvido pelos maiores especialistas do mercado.

Se você quer saber como é simples participar e poder liberar a sua assinatura com acesso gratuito por um ano, clique no botão abaixo.

[ACESSE AQUI]

Um abraço,

Jojo Wachsmann

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar