Colunista Vitreo

Pré-mercado: Chegamos ao fim do primeiro semestre de 2021

30 jun 2021, 9:29 - atualizado em 30 jun 2021, 9:29
Reunião extraordinária da Aneel: vem mais reajuste por aí / Convenção das Bruxas (1990)

Bom dia, pessoal!

Finalizamos o primeiro semestre de 2021 com a casa mais arrumada do que no segundo trimestre do ano, mas isso não significa que não haja algumas crises no radar, as quais deverão ser devidamente precificadas nos próximos meses.

Bolsas europeias abrem em queda diante do PIB final nada empolgante do 1T21 do Reino Unido, e o indicador de inflação da Zona do Euro veio em linha com o esperado.

Os futuros americanos também têm uma manhã ruim depois de ontem (29) termos tido o estabelecimento de recordes no fechamento da Nasdaq e do S&P 500, muito por conta do otimismo com o fortalecimento da economia e da expectativa de que o Federal Reserve manterá as taxas de juros baixas por mais algum tempo — o banco central americano manteve sua posição de que a inflação alta provavelmente será apenas temporária.

A ver…

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Finalizando o semestre com algumas possíveis crises no radar

Hoje (30), a CPI da Pandemia no Senado deverá ouvir o empresário Carlos Wizard a partir das 9 horas, mas o fato não deve fazer preço diretamente.

Contudo, o contexto de envolvimento do governo em conversas pouco republicanas em relação às vacinas, se comprovadas, pode eventualmente trazer pressão sobre ativos de risco.

O mercado fica de olho nisso e na divulgação do Banco Central em relação ao resultado das contas do setor público consolidado de maio.

Para dar um tempero adicional à questão inflacionária, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem à noite, em reunião extraordinária, abrir consulta pública para um novo aumento da tarifa da bandeira vermelha 2 em agosto, de modo que o valor possa chegar até R$ 11,50 a cada 100 kWh.

A medida vem na sequência de um ajuste de 52% na tarifa, para R$ 9,49 a cada 100 kWh (impacto de até 0,23 ponto porcentual no IPCA de 2021) — o entendimento foi que tal aumento não seria o suficiente para bancar os custos das termelétricas que serão acionadas para energizar o país.

Mas já estão pensando nas “midterms”?

Os democratas em Washington trabalham para aprovar os gastos com infraestrutura e outras prioridades o quanto antes.

O motivo da pressa? Progredir o máximo possível da agenda em 2021, antes do evento importante de 2022: as eleições de meio de mandato, marcadas para 8 de novembro de 2022.

Na data em questão, os republicanos terão como objetivo retomar o controle da Câmara e do Senado e, assim, adotar um controle mais rigoroso sobre as prioridades do presidente Joe Biden.

A aceleração das discussões neste segundo semestre é justamente para evitar conversas no ano que vem, que deve ser mais difícil para aprovar medidas.

De volta ao imposto mínimo global

Representantes dos líderes mundiais contidos no G7 já começaram com as negociações envolvendo as alíquotas mínimas globais, em Paris.

Contudo, o G20 é um ambiente bem diferente do G7; em outras palavras, o acordo obtido anteriormente foi a parte fácil, uma vez que o G7 não inclui os conhecidos e famosos paraísos fiscais que podem ser ameaçados por uma alíquota mínima global de impostos corporativos.

Quando o leque de nações é expandido, no entanto, incluindo a Ásia, a América Latina, a Oceania e a África, a conversa muda de tom.

Para piorar, há uma sugestão de que o limite para grandes empresas (com base nas vendas) sujeitas a impostos pode ser reduzido de US$ 20 bilhões para US$ 10 bilhões de faturamento no futuro.

O temor dificultará ainda mais um consenso.

Anote aí!

Como dissemos mais acima, o dia começou com a medida de inflação dos preços ao consumidor da Zona do Euro para junho, que veio em linha com o esperado, em 1,9% na comparação anual, e não fez preço sobre as Bolsas, que seguem em queda nesta manhã.

Ainda lá fora, começa hoje a divulgação dos dados de emprego americanos — os economistas preveem um ganho de 450 mil empregos no setor privado, após adicionar 978 mil em maio.

O aumento de maio foi o maior desde junho do ano passado. Ainda que sejam importantes os dados de hoje, o mais relevante só será divulgado no relatório oficial de empregos de sexta-feira (2), quando a taxa de desemprego será revelada.

O índice de gerentes de compras de Chicago para junho (PMI), bem como as vendas de casas pendentes para maio e o índice de atividade industrial, também serão entregues hoje.

No Brasil, a discussão fica por conta da taxa de desemprego, que deverá ficar em 14,7% para o final de abril na Pnad contínua.

As contas do setor público, assim como os dados mostraram ontem, deverão seguir entregando déficits hoje, com expectativa de R$ 20,1 bilhões de rombo em maio. Falas de autoridades monetárias, aqui e nos EUA, são igualmente relevantes na agenda.

Muda o que na minha vida?

Apesar de muita rotação e movimento entre setores e estilos ultimamente, os índices têm sido pouco afetados.

O cenário de crescimento econômico e de ganhos permanece sólido e, embora as incertezas sobre a inflação e a política monetária tenham adicionado um pouco de ação recentemente, elas não quebraram a tendência por muito tempo.

É difícil ter uma queda do mercado acionário agora, diante dos indicadores econômicos recordes e do crescimento dos lucros de muitas empresas, mesmo que isso seja parcialmente devido às fáceis comparações com 2020.

Em algum ponto, claro, os dados deixarão de mostrar melhorias incrementais, mesmo que permaneçam excepcionalmente fortes. Com isso, a narrativa mudará para uma de crescimento lento.

Mas como isso não é um problema para hoje, o mercado não parece desistir da rotação setorial para ações de valor no segundo semestre.

A reunião mais agressiva do Federal Reserve em 16 de junho deveria favorecer as teses de valor em comparação com o crescimento, com este último tipicamente mais impactado por taxas mais altas.

Muitos investidores veem vários motivos para esperar que a rotação em valor seja retomada.

Em primeiro lugar, espera-se um aumento no rendimento do Tesouro dos EUA de dez anos para algo entre 1,75% e 2,00% no final do ano (de 1,46% no momento), à medida que a economia global se normalize e o Fed se mova no sentido de reduzir a compra de títulos.

Isso deve ser um obstáculo para as ações de crescimento.

Em segundo lugar, o valor tem um bom desempenho em períodos de crescimento acelerado, como atualmente — espera-se um crescimento de algo como 7% para os EUA este ano.

Assim, os próximos meses ainda devem reservar um bom momento para empresas de valor e de reabertura.

Fique de olho!

Lançamento oficial do Vitreo Agro!

Chegou o grande dia.

Está aberto o PRIMEIRO fundo multimercado de AGRONEGÓCIO do Brasil.

Pela primeira vez no país, qualquer investidor que esteja confiante com o crescimento do agronegócio poderá investir em um fundo multimercado focado exclusivamente no setor.

Mais uma vez, a Vitreo é pioneira e traz especialmente para você uma nova oportunidade de investimento no setor que é o motor do Brasil, sendo responsável por quase 27% do PIB.

Para inaugurar esse novo fundo, o Jojo gravou um vídeo muito especial, mostrando cada detalhe dessa oportunidade e a composição inicial do Vitreo Agro.

Ao longo dos últimos 7 dias, a série gratuita Agro Cash, trouxe informações valiosas para todas as pessoas que desejam investir nessa potência que é o agronegócio brasileiro e mundial.

O fundo Vitreo Agro contará com uma gestão ativa, portanto, você terá ao seu lado todo o know-how da nossa equipe para fazer alocações dinâmicas e sofisticadas entre ações, ETFs de commodities agrícolas e contratos futuros.

Nós queremos convidar você para assistir agora ao vídeo oficial de lançamento do Vitreo Agro, basta clicar no botão abaixo.

[QUERO CONHECER O VITREO AGRO]

Um abraço,

Jojo Wachsmann