Pré-Mercado: Cai e recupera, cai e recupera…
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Bom dia, pessoal!
Nesta manhã, os mercados asiáticos demonstraram uma performance predominantemente positiva, ainda tentando se recuperar das quedas causadas pelos investidores temerosos com a propagação da variante ômicron.
Os mercados europeus acompanham o otimismo, subindo em quase todos os casos mais de 1%, seguidos pelos futuros americanos, que também encontram espaço para recuperação – resta saber se a recuperação é definitiva ou se voltaremos a cair consistentemente.
O mercado voltará a digerir a fala de ontem (30) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que falará hoje mais uma vez.
O Brasil, por sua vez, acompanhou no fechamento de novembro a dinâmica negativa global, apesar
das boas notícias internas de ontem e das perspectivas para o mês de dezembro – com a queda de ontem, o Ibovespa completou cinco meses de queda seguidos, tendo caído mais de 20% desde sua máxima aos 130 mil pontos.
A ver…
Devemos aprender também a comemorar pequenas vitórias
Foi aprovada ontem por 16 a 10 a PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que se concentra agora em desafogar as sabatinas de indicados que ficaram travadas nos últimos meses – em especial a de André Mendonça, indicado por Bolsonaro para ministro do STF.
Caso haja negativa da comissão para o nome de Mendonça, o governo pode ter a fragilidade de sua base no Senado exposta.
Isso é relevante, pois ainda precisamos aprovar a PEC em Plenário por dois turnos no Senado, com o voto de 49 dos 81 senadores – Rodrigo Pacheco, presidente da Casa, não deu garantias de que consiga passar o texto ainda nesta semana, bem como afirmou desconhecer a capacidade do governo de aprovar a proposta, mesmo com as novas concessões para garantir a aprovação.
Entre outros destaques para o mercado hoje, vale apontar para a decisão da S&P de reafirmar o rating do Brasil (BB-), com perspectiva estável, movimento que deve repercutir bem, mesmo após a flexibilização do teto de gastos.
Talvez seja a janela para conseguirmos absorver positivamente os dados entregues ontem, com desemprego caindo para 12,6% (melhor do que o esperado) e o superávit primário somando R$ 49,6 bilhões no ano até outubro – sim, podemos encerrar o ano com superávit primário nas contas públicas
depois de anos.
Mais de Powell para o mercado
Ontem (30), o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, soou mais agressivo do que o mercado esperava em seu depoimento ao Congresso.
Os mercados reagiram de maneira volátil à possibilidade de um aperto monetário mais rápido do que o esperado anteriormente.
Isso porque Powell indicou uma redução inicial da compra de títulos com prazo para acabar antes de junho de 2022.
Mesmo com vários sinais sugerindo que a demanda está se normalizando lentamente, a chance de descartar a palavra “transitória” para descrever a inflação pegou forte nos mercados.
Gradualmente, entretanto, os prazos de entrega e os atrasos nos portos diminuem e os níveis de demanda passam de patamares extraordinários para outros um pouco mais comuns – sugerindo um crescimento econômico bom, mas mais normal no final de 2023.
Para medir melhor isso, vale ler hoje o Livro Bege do Fed, além de escutar o novo depoimento de Powell, que deve confirmar no Senado a intenção de acelerar o ritmo do “tapering”.
Ponta a ponta: da ômicron ao presidente do Fed
Os primeiros a sacudir os investidores foram os comentários do CEO da Moderna, Stéphane Bancel, que questionaram se as vacinas atuais seriam eficazes o suficiente contra a variante ômicron.
Com o mercado já em baixa, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disparou mais alertas para os mercados, dizendo que o Fed poderia começar a desacelerar seu programa de estímulo em um ritmo mais rápido do que muitos esperavam.
Testemunhando perante o Comitê Bancário do Senado, o chefe do Fed reconheceu que a variante ômicron apresentava risco para a economia real, em linha com o discurso de Joe Biden.
A economia está muito forte e as pressões inflacionárias são altas; portanto, seria apropriado considerar o encerramento da redução das compras de ativos alguns meses antes do programado.
Muitos investidores estão tratando a variante Ômicron como um grande novo fato relevante para o panorama econômico global, mas ela não é.
A economia mundial tem passado por várias ondas de vírus ao longo dos últimos meses e os preços de mercado estão atualmente onde estão por causa da Covid-19, não apesar disso.
A nova variante simplesmente reforça as tendências que estavam se desenrolando de qualquer maneira.
Anote aí!
Nos EUA, além de Powell, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, também retorna ao Capitólio. Sua fala, assim como a do presidente do Fed, pode impactar os mercados ao longo do pregão de hoje.
Na agenda de dados, destaque para o índice de manufatura para novembro, o Relatório Nacional de
Emprego para novembro e os dados sobre gastos com construção.
No Brasil, o Ministério da Economia divulgará o resultado da balança comercial em novembro. Fala de Paulo Guedes em evento também ganha relevância, na véspera da votação da PEC dos Precatórios em Plenário.
Fluxo cambial semanal e IPC-S de novembro, apesar de secundários, também podem impactar os agentes.
Muda o que na minha vida?
Recentemente, o chefe do Fed, Jerome Powell, uma das pessoas mais poderosas e influentes do mundo, passou vários minutos tentando explicar “transitório”.
Segundo ele, significa que os aumentos de preços vão acontecer, causando inflação, mas que o processo de inflação vai parar.
Parece simples e sutil, mas uma mudança de entendimento aqui proporcionou movimento de vendas no mercado e pode voltar a pressionar as Bolsas hoje, apesar da aparente recuperação dos ativos de risco.
Isso porque é apenas algo que não deixa uma marca permanente no processo de inflação. Ou seja, acontece que alguns fatores não continuarão indefinidamente.
Outra coisa diferente, por outro lado, é a perda de ancoragem da inflação para os anos seguintes, como aconteceu com o Brasil.
Agora, porém, Powell pareceu reconhecer após a reunião de política do banco central de 2 a 3 de novembro que havia mais trabalho a ser feito, muito por conta de uma “transitoriedade” mais duradoura do que se pensava anteriormente.
Como ainda não está claro quão efêmeras ou não as pressões de preços serão quando as cadeias de suprimentos eventualmente se afrouxarem, o abandono da terminologia pode sugerir que Powell e companhia estão fartos de explicá-la ou começando a ver a inflação como mais durável e perniciosa do que se esperava originalmente.
O movimento pressiona a curva de juros nos EUA e atrai capital do mundo inteiro, em especial de mercados em desenvolvimento, como o brasileiro.
Um aperto monetário transparente e gradual não necessariamente será prejudicial para o nosso mercado.
Uma aceleração do movimento, porém, pode causar grandes estragos no curto prazo, mesmo com um patamar já descontado.
Um abraço,
Jojo Wachsmann