Colunista Vitreo

Pré-Mercado: atenção com os próximos passos da PEC dos Precatórios

10 nov 2021, 9:06 - atualizado em 10 nov 2021, 9:06
Governo ganha na Câmara a corrida pelos Precatórios Se Meu Fusca Falasse (1968)

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Bom dia, pessoal!

Lá fora, as ações asiáticas caíram nesta quarta-feira (10), acompanhando o recuo de Wall Street, com índices chineses liderando a queda depois que o governo relatou um aumento na inflação em outubro.

O índice de preços ao consumidor da China, principal medida da inflação, subiu 1,5% em outubro, ante 0,7% no mês anterior (foi a maior alta em 13 meses, impulsionada principalmente por um salto nos preços de alimentos e combustíveis).

Os preços ao produtor, por sua vez, subiram 13,5%, aumentando as preocupações de que as pressões possam limitar a capacidade do banco central de ajustar suas políticas para impulsionar o crescimento.

Ainda que os preços ao consumidor e ao produtor chineses sejam preocupações mais locais (a China não é um exportador conhecido de alimentos e de combustível), a Europa amanhece acompanhando o mau humor.

Os futuros americanos entregam mais uma correção.

A ver…

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Ainda tem chão

Depois de muita tensão, a Câmara conquistou a aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara, por 323 votos contra 172.

Anteriormente ontem (9), entre os destaques de primeiro turno, foi aprovado apenas o do Novo, que retira do texto o dispositivo que permite que operações de crédito que excedam o total das despesas de capital possam ser autorizadas já na Lei Orçamentária Anual.

Contudo, mesmo que o governo lidere por enquanto a corrida pela aprovação, a batalha ainda tem um caminho a percorrer.

Em primeiro lugar, a matéria segue para o escrutínio em dois turnos do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve levar a matéria direto para análise do Plenário, sem que tenha que passar pela Comissão de Constituição e Justiça.

Em segundo lugar, o STF obteve maioria para suspender os pagamentos de emendas do relator (RP9), fator adicional de preocupação para o governo e sua relação com o Congresso.

Ainda hoje é possível que haja uma modulação no sentido de liberar as emendas desde que se adote um mecanismo de transparência que permita a identificação dos beneficiários.

Árvores não crescem até o céu

Ontem, os índices de ações americanos caíram, encerrando séries de altas que começaram há vários dias. O S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average se desvalorizaram cerca de 0,3% cada, enquanto o Nasdaq caiu 0,6%.

Foi a primeira perda em nove pregões do S&P e do Nasdaq. Isso é um alívio; afinal, as ações não sobem para sempre sem interrupção – correções são saudáveis. A temporada de resultados segue firme, com a Disney entregando seus números.

Repercutiram ontem os índices de preços ao produtor dos EUA, que não surpreenderam, mas indicaram uma aceleração do indicador.

Contudo, como nem todos têm poder de repasse de preço, não necessariamente veremos o mesmo movimento para o consumidor.

Hoje, por sinal, teremos a divulgação da inflação ao consumidor americano, que deverá mostrar uma alta de 6% na comparação anual (uma aceleração frente aos 5,4% de setembro).

Os preços ao consumidor nos EUA diferem dos preços ao produtor.

Enquanto os preços ao produtor representam os preços pagos, os preços ao consumidor são uma mistura de preços pagos, preços pouco relacionados aos preços pagos e preços totalmente compostos, mas que poucos pagam.

Logo, o preço ao consumidor acaba não sendo uma medida de custo de vida.

Muito melhor é avaliar o PCE, por exemplo, que acompanha mudanças no padrão de consumo.

E essas pílulas anti-Covid

Tratamentos orais para combater a Covid-19 têm sido procurados desde o início da pandemia. Mais recentemente tais preces foram finalmente atendidas.

A Merck, por exemplo, anunciou em outubro que buscaria autorização nos EUA para sua pílula molnupiravir, enquanto a Pfizer anunciou seu progresso na semana passada, depois de divulgar fortes resultados de testes clínicos para sua pílula anti-Covid.

Aparentemente, o tratamento antiviral oral reduziu o risco de hospitalização ou morte em 89% dos casos em uma análise provisória.

A Pfizer investiu US$ 1,2 bilhão para produzir o novo medicamento contra a Covid-19 em grande escala, o que significa que tem capacidade para produzir 500 milhões de comprimidos em 2022.

Tais sinalizações reforçam a tese de retorno à normalidade e devem transformar o risco de novas ondas pandêmicas, hoje já pequeno, em irrelevante.

Anote aí!

Aqui no Brasil, assim como nos EUA, atenção para os dados de inflação ao consumidor.

O IBGE divulga o IPCA de outubro, que tem grande dispersão de estimativas, de 0,92% a 1,19% – podemos chegar a 10,5% de inflação nos últimos 12 meses.

No âmbito político, atenção para a filiação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao Podemos.

Seu nome será forte em 2022, seja para uma candidatura própria como para um apoio a um presidenciável. Por fim, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara realiza audiência pública sobre os resultados da política pública de incentivos fiscais.

Muda o que na minha vida?

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos dispararam, em grande parte por causa das restrições da cadeia de suprimentos e dos salários mais altos.

Segundo os dados mais recentes, os preços gerais aumentaram 5,4% em relação ao ano anterior – a maior alta em quase 30 anos. Hoje, a aceleração deve chegar na casa dos 6%, uma marca impensável para os EUA há alguns anos.

Os aumentos de preços dos alimentos e dos combustíveis foram os principais culpados desse movimento.

Contudo, mesmo excluindo tais itens, na medida chamada de inflação núcleo (exclui os custos voláteis de alimentos e energia), vimos em setembro uma alta de 4% em 12 meses. Os dados de hoje devem mostrar uma elevação de 4,4%.

A inflação de agora talvez tenha vindo para ficar. Mesmo que o grosso seja de fato derivado de elementos transitórios, os níveis da retomada, dos estímulos e dos choques logísticos poderão nos acompanhar nos próximos anos. Isto é, ainda que haja certa acomodação/normalização, deveremos flertar com níveis de preço mais altos frente os últimos dez anos (nos mercados desenvolvidos).

O mercado olhará atentamente para os números do IPC para tentar ter uma noção se os preços mais altos impactam os gastos do consumidor pouco antes das festas de fim de ano e também para ter pistas sobre o que os dados mais recentes de inflação podem significar para o ritmo de redução de compra de títulos por parte do Fed e eventuais aumentos de taxa de juros em 2022.

Um abraço,

Jojo Wachsmann