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Pré-Mercado: As negociações em Brasília estão sob os holofotes

29 jun 2022, 8:19 - atualizado em 29 jun 2022, 8:19
Todos se reúnem para ouvir o parecer já postergado duas vezes sobre a PEC dos Combustíveis | Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – venda dos papéis da Taurus Armas (TASA4)

TASA4: [Entrada] R$ 16.79; [Alvo parcial] R$ 16.45; [Alvo] R$ 15.98; [Stop] R$ 17.38

“A formação de um engolfo de baixa após uma tentativa de retomada dos preços do papel oferece oportunidade de lucros no curto prazo”.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam predominantemente em queda nesta quarta-feira (29), seguindo as sinalizações negativas de ontem (28) em Wall Street, depois que os dados fracos de confiança do consumidor dos EUA acabaram alimentando o medo entre os investidores de que as taxas de juros mais altas e a inflação persistente possam desencadear uma recessão.

Nem adiantou a China ter reduzido o tempo de quarentena para entrantes no país e oferecido alguns outros sinais de flexibilização das restrições contra a Covid. Os mercados europeus e os futuros americanos ignoram as eventuais indicações positivas e enveredam por uma tendência mais negativa. Para hoje, os investidores seguem atentos aos dados de PIB americano e falas de autoridades monetárias.

A ver…

No Brasil, a discussão é política

Por aqui, contamos muito pouco com dados econômicos nesta quarta-feira (29), apesar de mapearmos a entrega do IGP-M de junho — ainda é cedo para vermos maturação dos pacotes de Brasília, mas será inevitável a desaceleração dos dados de inflação nos próximos meses (o problema é a bomba fiscal que as medidas plantaram).

Ainda assim, o que chama a atenção dos investidores mesmo é a apresentação do parecer da PEC dos Combustíveis, já postergado duas vezes. Ainda em Brasília, não podemos esquecer da votação do parecer ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) — depois dos combustíveis, o orçamento será o tema da vez.

Além desses eventos, temos também a reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional, bem como a divulgação do resultado das contas do Governo Central de maio. Naturalmente, os dados do governo ainda não foram impactados pelas medidas mais recentes, mas a curva de juros já começa a precificar o esgarçamento fiscal.

Medo de recessão

Ontem (28), os índices americanos de ações tiveram seu pior dia em duas semanas. O problema veio com a decepção diante do índice de confiança do consumidor de junho, que caiu 4,5 pontos de maio, para 98,7 pontos, ficando aquém da estimativa de consenso de 101, tendo sido também a leitura mais baixa desde fevereiro de 2021.

Ao que tudo indica, o caminho mais agressivo do Federal Reserve para reduzir as pressões inflacionárias está afetando a forma como os consumidores veem o cenário econômico de curto prazo, que continua a se mover acentuadamente para baixo — o Fed já executou o seu maior aumento de juros em quase 30 anos.

Claro, os EUA ainda contam com um mercado de trabalho forte, empresas recomprando suas próprias ações e balanços bancários robustos. Ainda assim, as pressões familiares permanecem, com os investidores particularmente focados no aperto da política monetária e na possibilidade de recessão. 

Agora, os investidores se atentam com o PIB do primeiro trimestre dos EUA, que é revisado (pode ser ainda pior do que a última leitura). No entanto, o principal dado da semana está reservado para sexta-feira, com os dados de gastos de consumo pessoal dos EUA, incluindo o indicador de inflação preferido do Fed.

Vibrações europeias

Na Europa, os investidores amanhecem ansiosos pelo fórum do BCE, que reserva a fala de diversas autoridades monetárias do mundo inteiro, inclusive a do presidente do Fed, Jerome Powell, e da presidente do BCE, Christine Lagarde — o Banco Central Europeu está empenhado em elevar as taxas de juros em julho e, provavelmente, em setembro. 

Ao fundo, contamos com a inflação ao consumidor alemão, que caiu 0,1% no mês de junho, reduzindo a taxa anual de inflação de 8,1% para 7,5%. A notícia de desaceleração da inflação cai bem, diante de um contexto de aumento de juros — foi a primeira queda na taxa anual desde janeiro e alimentou as esperanças de que a inflação possa estar atingindo o pico na Alemanha.

Anote aí!

No Brasil, contamos com a divulgação do índice de confiança do comércio e do setor de serviços em junho. Há também o IGP-M de junho, que deve avançar 0,70% no mês. O lançamento do Plano Safra 2022/23, o resultado do Governo Central e a apresentação do parecer da PEC dos Combustíveis também estão na agenda.

Lá fora, os investidores digerem os dados de preços do varejo no Reino Unido e a inflação na Alemanha. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e os chefes dos bancos centrais da União Europeia e do Reino Unido também contam com espaço de fala no Fórum do BCE. Dados de PIB americano são igualmente devidos.

Muda o que na minha vida?

Cada vez mais investidores tentam decodificar a economia dos EUA. Enquanto alguns dos principais CEOs estão soando o alarme sobre uma recessão, os dados econômicos reais não dizem a mesma coisa. Talvez possamos considerar os empresários como um indicador de que tempos difíceis estão por vir.

A começar por Elon Musk, que disse aos executivos na Tesla que estava com um pressentimento super ruim sobre a economia, pedindo para parar todas as contratações em todo o mundo. Junto dele está o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, que alertou as pessoas para se prepararem porque um “furacão” está prestes a abalar a economia. Muitos outros estão pensando de maneira parecida.

Ainda assim, essas previsões apocalípticas ainda não apareceram nos dados. Hoje teremos mais uma revisão de PIB americano. No primeiro trimestre, o dado registrou uma queda. Segundo a avaliação clássica, dois PIBs seguidos de queda são o suficiente para sabermos se uma economia está ou não em recessão técnica — os investidores estarão de olho para saber se o segundo trimestre acompanha o primeiro nos EUA.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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