Colunista Vitreo

Pré-Mercado: A Super Quarta chegou! Saiba se você está preparado

04 maio 2022, 8:20 - atualizado em 04 maio 2022, 9:30
Pré-Mercado
Se a inflação colocou fogo em tudo, quando o Fed vai atuar como bombeiro? / O Sacrifício (1986)

Oportunidade Do Dia

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Trade do Dia

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de compra para os papéis da Iochpe-Maxion (MYPK3)

MYPK3: [Entrada] R$ 13.33; [Alvo parcial] R$ 13.53; [Alvo] R$ 14.00; [Stop] R$ 12.88

O ativo está em congestão há alguns dias e começa a apresentar ganho de momentum, oferecendo uma oportunidade de ganhos no curto prazo.

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Observações:

1) Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

2) Caso haja um gap de baixa na abertura, considerar este como novo preço de entrada.

3) Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

4) Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação deve ser encerrada imediatamente.

Bom dia, pessoal!

A quarta-feira (4) contará com as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

Por aqui, aguardamos a alta da Selic, que a levará para o patamar de 12,75% ao ano. Lá fora, uma elevação de 50 pontos-base no juro americano já está bastante precificada pelos investidores.

Resta saber quais serão os próximos passos das duas autoridades — se o tom será mais agressivo ou permissivo.

Com isso, se verifica cautela na manhã de hoje entre os investidores. O mercado asiático, ainda muito impactado pela falta de liquidez devido ao feriado (as Bolsas de Tóquio, Xangai, Jacarta, Kuala Lumpur e Bangkok estavam fechadas), acabou encerrando o pregão predominantemente no negativo.

O mesmo humor pessimista pode ser encontrado na Europa, enquanto os futuros americanos conseguem subir.

No mercado de commodities, os preços do petróleo começaram a quarta-feira com ganhos após outra queda na terça-feira, impulsionada pelo esperado impacto na demanda derivado dos lockdowns na China, inclusive na maior cidade do país (Xangai) — teremos amanhã (5) a reunião da Opep+, em que será discutido se os membros devem ou não aumentar a produção mais do que o esperado.

A ver…

Em dia de Copom, todo o cuidado é pouco

No último dia para tirar ou regularizar o título de eleitor, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BCB se reúne para definir os rumos da taxa de juros no Brasil.

É bastante esperada a alta de 100 pontos base da Selic na decisão a ser divulgada depois do fechamento de mercado.

O que está em jogo, porém, é a dúvida sobre a continuidade ou não do aperto monetário na reunião de junho.

Ao mesmo tempo, o mercado cambial também acompanha a decisão gringa. A depender do que o presidente do Fed, Jerome Powell, falar depois da divulgação da decisão, teremos efeito sobre o dólar.

Quanto mais agressivo for o tom, mais a moeda americana tende a subir contra o real. O contrário também é verdadeiro; isto é, se Powell for lido como permissivo (pouco provável), o real tenderá a se valorizar.

Enquanto isso, em Brasília, termina a consulta pública da Aneel sobre reajuste de até 57% nos valores das bandeiras tarifárias.

No Congresso, a Câmara pode votar projeto que trata do piso salarial para profissionais de enfermagem.

O Senado, por sua vez, pode votar a medida provisória que trata do Auxílio Brasil.

Por fim, aguardamos também a reunião da executiva do União Brasil para avaliar a saída do grupo que compõe a terceira via, o que poderá enterrar de vez a alternativa para as eleições.

Subindo o tom

Espera-se que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve aprove um aumento da taxa de meio ponto percentual hoje, à medida que o banco central diminui a postura dovish (estimulativa e expansionista) que mantém desde o início da pandemia de Covid-19.

Tal elevação levaria as taxas dos fundos federais para a faixa entre 0,75% e 1,00%. Seria o segundo aumento de taxa de meio ponto neste milênio, o que indicaria já um tom mais agressivo.

Resta saber agora os próximos passos da autoridade monetária.

O primeiro passo deverá ser o de chegar ao juro neutro.

O segundo, seria caminhar pelo território restritivo, para além do juro neutro.

Até o final de 2022, o mercado espera uma taxa de juros de 3,00% a 3,25% — seria necessário voltar a meados da década de 1990 para encontrar a última vez que o Fed elevou as taxas em 50 pontos ou mais várias vezes ao longo de um ano.

Haverá também o início da redução de balanço por parte da autoridade monetária. Hoje, o Fed detém cerca de US$ 9 trilhões em títulos do Tesouro e outros títulos de mercado em seu balanço.

O Fed não aumenta essas participações desde março, mas vem substituindo títulos que vencem para manter seus ativos estáveis.

A redução, portanto, também terá efeito contracionista, podendo estressar adicionalmente o mercado, que também se mostra ansioso quando colocado em frente ao tema.

Como enfrentar a inflação atual?

O que é pior: uma inflação de preços ou uma queda de demanda?

Os Bancos Centrais ao redor do mundo se veem hoje em uma sinuca de bico, uma vez que não sabem se devem se concentrar na inflação, que pode estar fazendo topo muito em breve, ou nas consequências de queda do crescimento (a inflação limita a disponibilidade de renda da população e juros mais altos desestimulam a economia).

Ou seja, não sabemos se os bancos centrais devem se apressar em reagir aos efeitos inflacionários diretos dos preços das commodities, pois pouco podem fazer a respeito — há muitos fatores, como os derivados da guerra na Ucrânia, que simplesmente não seriam afetados por juros mais altos neste momento.

Neste sentido, as autoridades começam a se preocupar com o efeito espiral que verificaremos em um segundo momento.

Por isso, devemos prestar atenção na destruição da demanda e no possível enfraquecimento do mercado de trabalho.

Anote aí!

Lá fora contamos com a continuidade da temporada de resultados nos EUA. Hoje, nomes importantes apresentarão seus números, como Booking Holdings, CVS, eBay, Moderna, Yum! e Uber.

Ainda assim, o grande destaque do dia fica para a decisão de política monetária do Fed. Paralelamente, temos ainda o Relatório Nacional de Emprego para abril (espera-se que a economia americana tenha adicionado 350 mil vagas no setor privado).

Na Europa, acompanhamos as vendas no varejo em março, o PMI de serviços e o PMI composto de abril.

Por fim, no Brasil, temos a divulgação de pesquisa sobre sucessão presidencial, enquanto esperamos pela decisão do Copom.

Muda o que na minha vida?

Após ganhos relevantes nos últimos anos, os mercados ficaram estressados nos últimos meses com as mudanças radicais na política monetária.

Faz tempo que não vemos tanta inflação e, ao mesmo tempo, precisaríamos voltar para a década de 90 para encontrarmos paralelos na política monetária.

Para ilustrar, o banco central americano elevou sua taxa em um total de 3 pontos percentuais em sete reuniões do início de 1994 ao início de 1995.

Antes disso, aumentos de meio ponto ou mais eram mais comuns apenas na década de 1980, quando o Fed lutava contra a alta inflação. Ou seja, voltamos aos clássicos.

A questão realmente será se o Fed e seus contemporâneos podem apagar os incêndios da inflação sem destruir a economia ao mesmo tempo, movimento que o presidente Jerome Powell chama de “pouso suave”.

A falta de clareza sobre o ritmo do aperto é o que justifica as grandes realizações que temos visto ao redor do mundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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