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Pré-Mercado: A reta final do primeiro semestre se mostra bastante complicada

27 jun 2022, 9:01 - atualizado em 27 jun 2022, 9:01
Conversa sobre política: o tema eleitoral passa a fazer cada vez mais parte das discussões do mercado | Spiderhead (2022)

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Vale (VALE3)


VALE3: [Entrada] R$ 74.86; [Alvo parcial] R$ 76.35; [Alvo] R$ 78.50; [Stop] R$ 72.43

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Neste início da semana em que chegamos ao final do primeiro semestre de 2022, as ações asiáticas fecharam o pregão de segunda-feira (27) com ganhos em meio a uma melhora no sentimento de risco depois da recuperação de Wall Street e diante da queda dos preços do petróleo — retomada das negociações para o acordo nuclear com o Irã —, atenuando os temores de uma inflação prolongada e de um aperto muito agressivo por parte do Federal Reserve. A continuidade do relaxamento das restrições contra a Covid na China também ajuda o humor dos investidores. 

O otimismo consegue também ser observado nos mercados europeus, que entregam bons resultados nesta manhã, e nos futuros americanos. Nesta semana, teremos o indicador mais importante de inflação para o Fed, o índice de despesas de consumo pessoal (Personal Consumption Expenditures, em inglês, ou PCE). O Brasil poderia embarcar neste movimento, mas a queda das commodities tem sido um fator impeditivo para os ativos brasileiros, bem como as novas questões políticas que começam a fazer cada vez mais parte do dia a dia do mercado.

A ver…

Esgarçamento fiscal é considerável

Nesta semana, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da PEC dos Combustíveis, deve apresentar seu relatório. A avaliação do governo e do Congresso é que a solução para a PEC dos Combustíveis reduziu consideravelmente o risco de mudança na lei das estatais e na possibilidade de taxação para a Petrobras, o que é positivo para o mercado, que temia mudanças em tais sentidos.

Contudo, a inclusão do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, do voucher caminhoneiro, do auxílio gás, do tratamento diferenciado para o etanol em relação aos demais combustíveis e de um subsídio para transporte público, fez com que a proposta alcançasse cerca de R$ 34,8 bilhões em custo total — originalmente, a PEC previa um custo de R$ 29,6 bilhões. Somadas à redução do PIS e Cofins sobre combustíveis, as medidas somam em torno de R$ 50 bilhões.

Dessa forma, o esgarçamento fiscal não passará em branco sobre a curva de juros, que ainda sustenta dois dígitos para vencimentos mais longos, o que seria insustentável. Adicionalmente, os recentes ruídos políticos envolvendo o Ministério da Educação começam a pesar sobre o Palácio do Planalto, que se vê pressionado em um ano eleitoral já bastante complicado. 

Os banqueiros centrais

Ao longo dos próximos dias, os banqueiros centrais se reunirão no fórum do BCE. O momento dará à presidente do BCE, Christine Lagarde, diversas oportunidades para falar ao mercado. O tema principal das discussões deverá girar em torno do final do ciclo dominado pelas extraordinárias políticas fiscais e monetárias da pandemia, do choque energético induzido pela guerra, das mudanças climáticas que afetam os preços dos alimentos e da maior mudança estrutural econômica em muitos anos.

Sem dúvidas, existem vários desafios em relação à inflação de curto prazo. Contudo, como os BCs não podem influenciar muitas das pressões inflacionárias atualmente vigentes, como petróleo ou alimentos, por exemplo, eles devem atuar sobre áreas que podem controlar. Será mais simples enquanto a inflação não for sobre os custos salariais. Sabemos muito pouco sobre como os mercados e as economias irão reagir ao aperto atual, mas é provável que boa parte da correção internacional já tenha acontecido.

O encontro do G7

O encontro do G7 foi bem interessante. Os líderes das grandes economias chegaram aos Alpes da Baviera para sua cúpula anual de três dias. Seu objetivo para a reunião deste ano é o de não sucumbir à “fadiga” derivada da aplicação da pressão econômica à Rússia por sua invasão da Ucrânia — no fim de semana, a Rússia enviou foguetes de longo alcance para Kyiv em ataque à capital da Ucrânia que há muito não acontecia.

Justamente sobre este tema, a Rússia foi considerada inadimplente em um pagamento de títulos internacionais com vencimento neste último domingo. Naturalmente, as sanções russas pesaram para a economia de seu país. A dependência ao petróleo fez com que os fluxos de barris exportados mudassem para a Ásia. Para atrapalhar esses fluxos, a ideia é que os embarques de petróleo não possam ser segurados ou financiados por empresas do G7. Mais pressões deverão nascer do encontro, sendo uma delas a de impor limite aos preços do petróleo russo.

Anote aí!

No Brasil, temos a reunião do Conselho de Administração da Petrobras para votar a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência executiva da estatal — a Federação Única dos Petroleiros (FUP) faz protesto contra a indicação. Teremos também a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o IPC da 3ª quadrissemana de junho e o INCC-M de junho. Nos EUA, contamos com os dados de encomendas de bens duráveis ​​de maio, bem como a fala de presidentes regionais do Fed, como John Williams, de Nova York.

Muda o que na minha vida?

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que a recessão não é inevitável, apesar do aumento dos custos dos empréstimos, da inflação alta e dos choques nos preços da energia que atingem os consumidores americanos. A economia irá desacelerar, sem dúvidas, mas a recessão não é o cenário mais provável.

Nem todos concordam com ela, contudo. Em pesquisa recente do Wall Street Journal, notou-se que 44% dos economistas entrevistados esperam uma recessão no próximo ano. Esse é um aumento dramático em relação aos 28% dos economistas que esperavam uma recessão na pesquisa de abril e 18% em janeiro.

Uma recessão, principalmente em um ambiente como o atual, seria natural. Quando um aperto monetário acontece, ao menos uma desaceleração deveria ser esperada. A inflação elevada só aumenta a chance de materialização de tal prognóstico. Boa parte dessa percepção já foi para os preços do mercado.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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