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Pré-Mercado: A ata do Fed finalmente chegou

17 ago 2022, 8:17 - atualizado em 17 ago 2022, 8:17
Fed
Será que a ata do Fed vai acertar precisamente para agradar os mercados? | Sniper Americano (2014)

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis da IMC (MEAL3)

MEAL3: [Entrada] R$ 2.30; [Alvo parcial] R$ 2.43; [Alvo] R$ 2.63; [Stop] R$ 2.06; [Ganho esperado] 14.35% 

“O desempenho do ativo em diversas janelas temporais indica a possibilidade de ganhos no curto prazo com o rompimento da máxima do dia anterior.”

Recomendo a entrada na operação em R$ 2.30, um alvo parcial em R$ 2.43 e o alvo principal em R$ 2.63, objetivando ganhos de 14.35%.

O stop deve ser colocado em R$ 2.06, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Aproveito para convidá-lo a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. O link é esse aqui. Participe também do grupo do Telegram e fique por dentro de todas as recomendações.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda. 

Bom dia, pessoal!

Lá fora, houve volatilidade nos mercados asiáticos nesta quarta-feira (17), com os investidores tentando navegar em um cenário econômico incerto enquanto os bancos centrais ocidentais aumentam as taxas de juros para combater a inflação descontrolada, alimentando temores de uma possível recessão.

Na véspera da divulgação da ata do Fed, os mercados europeus e os futuros americanos sofrem. Os investidores estão nervosos, principalmente depois do resultado do Walmart ontem, que mostrou sinais parciais de uma recessão que se aproxima, apesar dos números não terem vindo tão ruins. Enquanto isso, no Brasil, o clima político melhorou. 

A ver…

Tranquilidade na posse de Moraes deve repercutir bem entre os investidores

Por aqui, no Brasil, os investidores devem repercutir bem a posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE, que contou com inúmeros autoridades, inclusive os atuais presidentes das casas legislativas, o presidente Bolsonaro e os ex-presidentes da República, inclusive Lula.

O ministro responsável pelas eleições de 2022 foi aplaudido de pé ao defender a democracia, as urnas eletrônicas e garantir um processo sem discurso de ódio. Apesar da fala ter endereço certo, o que poderia gerar certo ruído, o evento deve ter um resultado líquido positivo sobre o mercado local; afinal, o clima parece ameno.

Mais pesquisas eleitorais estão no radar hoje, bem como a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no evento TAG Summit 2022, podendo eventualmente dar alguma declaração sobre o plano de governo de Bolsonaro, uma vez que, ao que tudo indica, Guedes continuaria na posição em um eventual segundo mandato.

Roberto Campos Neto, o presidente do Bacen, também tem diversos encontros ao longo do dia, mas nenhum aberto ao público — no entanto, eventuais vazamentos sobre a condução de política monetária serão acompanhados de perto pelos investidores.

Avaliando o varejo americano

Ontem, o mercado americano contou com a digestão dos resultados corporativos do segundo trimestre do Walmart e da Home Depot. Depois de trabalharem bem as expectativas de mercado em suas respectivas prévias operacionais, as quais pressionaram bastante os preços das ações em um passado recente, os números acabaram sendo bem recebidos pelos investidores, que ainda estão preocupados com a inflação e a desaceleração da economia. As ações das empresas deram um suspiro aliviado, mas as preocupações com a recessão americana permanecem no radar.

As vendas ficaram à frente do planejado com a inflação elevando nosso tamanho médio de transação. Contudo, os investidores também sabem que o valor e a persistência da inflação estão afetando negativamente muitas famílias. Dos EUA ao México, do Canadá ao Chile, as famílias priorizam como gastam seu dinheiro. Mesmo assim, há um aparente otimismo com o nível de engajamento dos consumidores, que apesar das preocupações, se mostram mais resilientes do que se pressupunha. 

Para hoje, os investidores terão mais informações sobre a dinâmica do varejo, com os resultados da Target e da Lowes. Além disso, teremos também a divulgação dos dados de vendas no varejo americano para julho. Os gastos do consumidor devem aumentar 0,2% na comparação mensal, enquanto, excluindo automóveis, as vendas no varejo devem ficar estáveis — a demanda mais fraca por bens de consumo duráveis ​​vem exercendo pressões desinflacionárias, compensando a inflação de energia e alimentos.

Para onde vai a política monetária americana?

O dia nos mercados globais pode começar forte com o PIB na Zona do Euro e as vendas no varejo em julho nos Estados Unidos, mas o que chama mesmo a atenção é a ata do último Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). O documento a ser apresentado hoje de tarde pode dar o tom dos membros da autoridade monetária americana sobre o próximo movimento dos juros, em setembro.

A expectativa é de que as autoridades do Federal Reserve devam continuar apertando a política monetária pelo resto do ano, com rumores circulando de que eles poderão aliviar em 2023, podendo talvez até cortar as taxas se o ritmo dos aumentos de preços desacelerar. É um cenário mais difícil de se materializar, mas não impossível. A grande dúvida é se o Fed manterá a elevação de 75 pontos para a reunião do mês que vem.

Anote aí!

Na agenda, os investidores repercutem a inflação do Reino Unido, que veio acima do esperado, principalmente por meio de preços que o Banco da Inglaterra não pode controlar, como energia e comida. Enquanto isso, os dados de PIB do segundo trimestre da Zona do Euro também decepcionaram. Tudo isso dá suporte para a queda que verificamos nos mercados europeus nesta manhã. 

Nos EUA, além de venda no varejo e a ata do Fed, também contamos com falas de autoridades monetárias. No Brasil, aguardamos a divulgação de duas pesquisas sobre sucessão presidencial. Entre os dados econômicos, temos expectativa de deflação para o IGP-10 de agosto, na esteira Sondagem Industrial da Construção. De pano de fundo, o Cade julga a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), da Petrobras.

Muda o que na minha vida?

Durante o pregão de hoje, a Ásia batalhou para igualar a liderança positiva de Wall Street, mesmo com preocupações sobre a economia da China diminuindo o apetite. Ao final de quarta-feira, os mercados asiáticos encerraram o dia predominantemente em alta, principalmente depois das novas indicações do governo chinês de mais estímulos.

O banco central do país anunciou um corte na taxa de juros na segunda-feira e um relatório na terça-feira disse que o primeiro-ministro Li Keqiang pediu a seis províncias-chave, que respondem por cerca de 40% da economia, para reforçar as políticas pró-crescimento (haverá emissão de bônus).

Ainda assim, os mercados parecem mais preocupados com o impacto debilitante dos bloqueios e outras medidas estritas de contenção implementadas como parte da estratégia de “zero Covid” do governo.

A visibilidade sobre a evolução da política de “zero Covid” da China é baixa e as mensagens recentes sugerem que a contenção do vírus continua sendo uma das principais prioridades políticas do país.

Não apenas os investidores odeiam a incerteza, mas o impacto econômico negativo dessa política é cada vez mais visível. Inevitavelmente, o mundo sentiria muito uma forte desaceleração chinesa. 

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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