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Pré-Market: Ibovespa futuro aponta alta após “namoro” Bolsonaro-Maia

29 abr 2019, 9:28 - atualizado em 29 abr 2019, 9:28

Por TradersClub

No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se reuniram duas vezes, uma no sábado e a outra no domingo, para tratar de temas variados – sendo a tramitação da reforma da Previdência o assunto central. O Ibovespa futuro opera em alta de 0,56%, a 97.350 pontos.

Os sinais foram mais positivos, especialmente vindos de Bolsonaro, que elogiou o parlamentar e tentou diminuir os ruídos sobre a relação entre os dois. Assim, em uma semana truncada pelo feriado de 1º de Maio, na quarta-feira, com manifestantes de sindicatos nas ruas e sem maior atividade relevante no Parlamento, o investidor espera que Maia ajude a acelerar amanhã a definição do calendário de tramitação da reforma na comissão especial da Câmara. Sem contratempos e ruídos, a pauta deve chegar ao plenário da Casa no final de julho.

A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China volta ao radar com mais um capítulo esta semana: a visita da delegação americana a Pequim para discutir os pontos mais álgidos da discussão, desde propriedade intelectual e uso do iuan como ferramenta de competitividade até regras mais flexíveis para investimentos diretos nas duas nações.

No mercado, o otimismo quanto a um acordo é menos intenso do que era dois meses atrás e as bolsas e os ativos de risco devem reagir timidamente até surgir um sinal de acordo mais sólido das conversas. No final da tarde do feriado de quarta, o Federal Reserve anuncia sua decisão de juros e, na sexta-feira, os EUA publicam os dados do mercado de emprego privado do mês de abril – que devem trazer um pouco mais de volatilidade ao ambiente externo.

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Corporativo

Fique de olho hoje na agenda cheia de teleconferências e divulgações de resultados tanto no Brasil como mundo afora: hoje, depois do fechamento, teremos balanços da CCR e Multiplan, entre outras, assim como a precificação da oferta pública inicial de ações da Vamos, braço de aluguel de caminhões da JSL.

Os mercados no Japão devem ficar fechados pelos próximos dez dias, com a abdicação do Imperador Akihito e a ascensão do herdeiro Naruhito ao trono. Hoje Bolsonaro deve visitar uma feira agrícola em Ribeirão Preto – onde ele pode dar sinais ainda mais construtivos quanto à reforma e à articulação política com o Congresso. A conferir.

Na Europa, as bolsas recuavam em bloco, seguindo notícias corporativas como a briga entre a diretoria e acionistas da alemã Bayer e a vitória do partido socialista nas eleições da Espanha

Mercados

As bolsas na Europa e na Ásia e os futuros dos índices americanos operavam em clima misto nesta segunda-feira, com leve queda na aversão ao risco, à espera de dados de produção industrial da China, de emprego nos Estados Unidos e da reunião de política monetária do Federal Reserve.

Bolsa: As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com a China recuando 0,77% e a Coreia do Sul avançando 0,22%, à espera dados de abril da indústria chinesa, a serem divulgados hoje à noite, pelo horário de Brasília. A semana será de baixa liquidez na região por conta de feriado de dez dias no Japão. Na Europa, as bolsas recuavam em bloco, seguindo notícias corporativas como a briga entre a diretoria e acionistas da alemã Bayer e a vitória do partido socialista nas eleições da Espanha. Nos EUA, os futuros dos índices operavam de lado, com leve tendência positiva, à espera da reunião do Fed, na quarta-feira, e de novos resultados corporativos.

Moedas: O dólar americano recuava 0,06% ante pares, segundo o índice DXY. Com o clima menos tenso para este início de semana, as moedas emergentes avançavam timidamente ante à moeda americana, seguindo a recuperação dos preços das commodities. O euro subia em relação ao dólar, seguindo melhores dados de confiança industrial para o mês abril. A libra esterlina avançava 0,14%.

Juros: O rendimento dos Treasuries de dez anos subia levemente para 2,507%, com investidores equilibrando as apostas para a decisão de juros dessa semana após dados mais robustos da economia do país da última semana.

Commodities: Os preços do petróleo mantêm a trajetória de queda desencadeada na última semana pelo presidente americano, Donald Trump, após comentários de que ele estaria em contato
com a Opec para aliviar a pressão em cima da commodity. O contrato Brent, que chegou a tocar os US$75 na última semana, negociava pouco acima dos US$71 nesta manhã.

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