Prates tenta frear queda nas ações da Petrobras (PETR4) e admite erro; entenda
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, falou pela primeira vez após a reação do mercado quanto a proposta de mudança nas regras para indicação da alta cúpula da estatal.
Em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (25), o presidente da petroleira reitera que a empresa continuará cumprindo a Lei das Estatais. “A mudança não exonera a Petrobras de seguir a lei. Pelo contrário, deixa claro que, independentemente de qual seja o contorno da legislação, a Petrobras seguirá”, explica.
Prates também explica que a proposta de mudança surgiu como uma demanda de alguns membros do Conselho de Administração da companhia e retira somente o parágrafo segundo do mesmo artigo 21 do Estatuto Social, que “reproduzia o conteúdo de cada um dos incisos do art. 17, parágrafo segundo, da referida lei”.
- Melhor que Petrobras (PETR4): ação pode subir até 70% com alta do petróleo na guerra
Petrobras errou na comunicação
De acordo com ele, a comunicação da decisão poderia ter sido melhor executada. “Entendemos até que poderíamos ter comunicado melhor a proposta. Não pelo que foi feito, mas pelo seu impacto real que, nesse caso, é nulo. Ou seja, se a Lei das Estatais mudar, se o entendimento do STF mudar, a Petrobras seguirá o que for definido”, pontua o presidente da estatal.
Quanto a política de remuneração aos acionistas, que gerou uma reação dos analistas, o presidente da companhia também esclareceu que tudo continua igual à política divulgada anteriormente.
“A fórmula para distribuir os acionistas 45% de caixa livre está mantida. A reserva a ser criada, se a proposta do conselho for aprovada pelos acionistas, apenas a torna exequível, apenas cria mais uma opção de retenção de lucros com objetivo de garantir a sustentabilidade econômica da empresa e a efetividade da política de remuneração ao acionista”, apontou Prates.
Os papéis da companhia estatal afundaram na sessão desta segunda-feira (23). Tanto os ordinários quanto os preferenciais figuraram entre os destaques negativos do Ibovespa após perdas de 6,03% e 6,61%, respectivamente. A Petrobras também perdeu mais de R$ 32,3 bilhões em valor de mercado.