Praias do Rio só devem ser liberadas para lazer quando houver vacina da Covid-19, diz prefeito
O banho de sol nas areias das praias do Rio de Janeiro só deve ser liberado quando houver uma vacina disponível para a Covid-19, afirmou nesta quinta-feira o prefeito Marcelo Crivella, apesar de muitos cariocas e turistas desrespeitarem diariamente a proibição.
O conselho científico criado pela prefeitura para o enfrentamento à Covid-19 discutiu nesta semana a possibilidade de liberar o lazer nas praias, mas, segundo o prefeito, a decisão foi de manter a proibição até a chegada de uma vacina contra a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.
“Onde não se pode usar máscara a tendência é só retornar quando tiver vacina, que está sendo testada, ou quando a contaminação estiver próxima a zero. Na praia não se usa máscara, e o nível de infecção aumenta”, disse Crivella a jornalistas.
“Imagina milhares de pessoas na praia sem máscara do Leme ao Pontal, poderia colocar em risco tudo feito até agora“, acrescentou.
Atualmente a faixa de areia está liberada para atividades físicas individuais, e os esportes aquáticos também estão autorizados no litoral carioca.
Mesmo assim, o que se vê diariamente na orla do Rio é um constante desrespeito às regras e pouca fiscalização por parte das autoridades.
Na semana passada, a cidade autorizou a reabertura de bares e restaurantes em uma nova etapa da flexibilização das medidas contra o coronavírus, e o que se viu foram aglomerações nesses lugares, apesar das regras determinando limitação de capacidade e medidas de higiene.
Crivella também anunciou nesta quinta-feira que recuou da ideia de autorizar a presença de público em estádios de futebol a partir do fim de semana.
A liberação havia recebido muitas críticas, à medida que mesmo em países europeus que já passaram pelo pior da epidemia os jogo de futebol continuam a ser realizados sem a presença de torcedores.
O Rio de Janeiro é o terceiro Estado do país com mais casos de Covid-19, com 126.329 infecções confirmadas, e o segundo com mais óbitos, com quase 11 mil mortos, atrás apenas de São Paulo.