Powell ignora payroll de meio milhão de empregos e segue otimista com desinflação; mercado reage
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, segue otimista com o processo de desinflação dos Estados Unidos, mesmo com os últimos dados do payroll apontando para a criação de mais de 500 mil empregos em janeiro.
Durante evento no Clube Econômico de Washington, Powell voltou a dizer que a desinflação está nos estágios iniciais e que o banco central norte-americano espera quedas significativas da inflação em 2023.
“O maior desafio de Fed hoje é completar o processo de desinflação”, disse.
O mercado de trabalho aquecido, por outro lado, não é visto por Powell como um problema. Segundo ele, os dados de emprego estão fortes porque a economia dos Estados Unidos está forte e que é bom ver a inflação cair sem ser às custas do trabalho.
No entanto, ele não descarta novas altas nos juros caso os dados, principalmente, os de inflação se mantenham altos. Além disso, o presidente destaca que o caminho ainda é longo. “Estamos tentando reduzir a inflação e não aumentar o desemprego”, afirmou Powell.
O otimismo do presidente do Fed chegou a contaminar o mercado, mas não durou muito. O problema foi justamente as informações de que os juros seguem altos por tempo indeterminado.
Dow Jones cai 0,62%; S&P 500 recua 0,40%; Nasdaq perde 0,21%.
Já os rendimentos de T-bills (10 anos) sobem 0,013 ponto-percentual, aos 3,658%; rendimentos de T-notes (2 anos) declinam 0,016 ponto-percentual (pp.), aos 4,467% .