Internacional

Powell, do Fed, diz que compromisso com controle da inflação é “incondicional”

23 jun 2022, 13:31 - atualizado em 23 jun 2022, 13:31
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Nós realmente precisamos restaurar a estabilidade de preços… porque sem isso não seremos capazes de ter um período sustentado de pleno emprego (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via Reuters/File Photo)

O comprometimento do Federal Reserve com o controle da inflação mais alta em 40 anos é “incondicional”, mas também vem com o risco de desemprego mais alto, disse o chair do banco central norte-americano, Jerome Powell, nesta quinta-feira.

“É incondicional”, disse Powell ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos quando questionado sobre o compromisso do Fed com o combate à inflação, que, pela medida preferida do banco central, está em mais de três vezes a meta de 2%.

“Nós realmente precisamos restaurar a estabilidade de preços… porque sem isso não seremos capazes de ter um período sustentado de pleno emprego em que os benefícios sejam amplamente disseminados”, disse ele.

“É algo que precisamos fazer, devemos fazer.”

Questionado por membros do comitê da Câmara dos Deputados dos EUA nesta quinta-feira, Powell disse que existe o risco de que as ações do Fed levem a um aumento no desemprego. A taxa de desemprego nos EUA estava em 3,6% em maio.

“Não temos ferramentas de precisão”, afirmou Powell, “portanto, existe o risco de que o desemprego suba, em relação a um nível historicamente baixo. Um mercado de trabalho com 4,1% ou 4,3% de desemprego ainda é um mercado de trabalho muito forte.”

Ao mesmo tempo, no entanto, Powell disse esperar que o crescimento econômico se recupere no segundo semestre do ano, após um início difícil em 2022.

Powell também afirmou que o banco central provavelmente precisará subir os juros em 0,50 ou 0,75 ponto percentual em sua próxima reunião, em julho, enquanto outras autoridades do Fed se enfileiraram desde então para apoiar a nova postura agressiva de colocar a taxa básica em território ligeiramente restritivo rapidamente.

Na semana passada, o Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, maior alta desde 1994, para uma faixa de 1,50% a 1,75%.

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