Bancos

Powell diz ser hora de reduzir estímulos, mas não de subir juros

22 out 2021, 14:05 - atualizado em 22 out 2021, 14:05
Jerome Powell
“Acho que é hora de diminuir (estímulos); não acho que é hora de aumentar as taxas (de juros)”, disse Powell em fala antes de uma conferência. “Achamos que podemos ser pacientes e permitir que o mercado de trabalho se recupere” (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via REUTERS)

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta sexta-feira que o banco central dos Estados Unidos deve começar a reduzir suas compras de ativos em breve, mas que ainda não deve aumentar as taxas de juros porque o emprego ainda está muito baixo e a elevada inflação provavelmente arrefecerá no próximo ano, conforme as pressões da pandemia de Covid-19 diminuem.

“Acho que é hora de diminuir (estímulos); não acho que é hora de aumentar as taxas (de juros)”, disse Powell em fala antes de uma conferência. “Achamos que podemos ser pacientes e permitir que o mercado de trabalho se recupere.”

Essa perspectiva, enfatizou Powell, é apenas o caso mais provável, acrescentando que se a inflação –já mais alta e durando mais do que o esperado anteriormente– subir persistentemente, o Fed agirá.

“Nossa política (monetária) está bem posicionada para gerenciar uma série de resultados plausíveis”, disse ele.

O Fed está prestes a começar a retirar parte de seu apoio da era da crise quando iniciar a redução de seus 120 bilhões de dólares em compras mensais de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas, medida que sinalizou que poderia acontecer no mês que vem.

O banco central, no entanto, está enfrentando um delicado equilíbrio em seu mandato duplo de buscar o pleno emprego e preços estáveis.

Os preços ao consumidor têm subido mais do que o dobro da meta de 2% do Fed, mas o emprego ainda está bem abaixo do nível pré-pandemia.

E, observou Powell, “as restrições de oferta e a inflação elevada provavelmente durarão mais do que o esperado anteriormente e até o próximo ano, e o mesmo se aplica à pressão sobre os salários”.

O caso mais provável é que as pressões inflacionárias diminuam e o crescimento do emprego retome seu ritmo do verão passado (nos EUA), disse ele, mas “se víssemos um risco de inflação subindo persistentemente, certamente usaríamos nossas ferramentas”.

Jerome Powell
E, observou Powell, “as restrições de oferta e a inflação elevada provavelmente durarão mais do que o esperado anteriormente e até o próximo ano, e o mesmo se aplica à pressão sobre os salários” (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

Por enquanto, o Fed vai assistir e esperar, disse ele.

“Embora esteja próximo o momento de reduzirmos nossas compras de ativos, seria prematuro apertar a política monetária usando os juros agora, com o efeito e a intenção de desacelerar o crescimento do emprego, quando há boas razões para esperar que voltemos a um crescimento robusto do emprego e que as restrições de oferta diminuam; com ambos teríamos o efeito de aumentar o produto potencial da economia”, disse.

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