Powell: Dados ainda não trazem confiança para Fed cortar juros dos EUA; e agora?
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que os dados recebidos no primeiro trimestre deste ano não trouxeram confiança suficiente para iniciar o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos (EUA).
Em sabatina no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara nesta quarta-feira (10), Powell disse aos Deputados que a “inflação tem diminuído nos últimos anos, mas segue acima da meta”. Além disso, a disparidade nos empregos “está bem abaixo do seu pico e um pouco acima do nível de 2019”.
Ainda assim, Powell reconheceu a evolução no país. “Os riscos para alcançar as metas de emprego e de inflação estão atingindo um melhor equilíbrio”, afirmou.
O presidente da autoridade monetária ainda ressaltou que as leituras mais recente da inflação têm mostrado um avanço modesto e que as condições do mercado de trabalho esfriaram.
Em maio, o índice de preços PCE nos EUA permaneceu inalterado, enquanto os gastos dos consumidores aumentaram moderadamente. Nos 12 meses até maio, o índice aumentou 2,6%.
Já o relatório de emprego (payroll) de junho indicou a criação de 206 mil vagas. A taxa de desemprego teve uma leve alta de 4% para 4,1% e os ganhos médios por hora do trabalhador americano subiram a US$ 35 por hora.
Quando o Fed vai cortar juros?
Powell afirmou, na sabatina, que o Fed ainda precisa de “mais dados bons” para sustentar a confiança de que a inflação está caminhando para a meta.
“Sabemos que reduzir a restrição da política monetária muito cedo ou muito tarde pode reverter o progresso que vimos na inflação”, disse.
Segundo o CME FedWatch Tool, ferramenta que mostra as probabilidades dos próximos passos do Fed, o primeiro corte deve acontecer na reunião de setembro. O mercado espera uma redução de 0,25 ponto percentual.