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Poupança sofre fuga de investidores, que buscam a renda fixa 2.0; confira esses títulos

24 ago 2023, 15:58 - atualizado em 24 ago 2023, 15:58
Poupança
Poupança e investimentos mais conservadores perdem terreno para a renda fixa que paga mais ao investidor em 2023. (Imagem: Pixabay/ markus-s)

Não teve jeito para a poupança em 2023, por ora. Mesmo com a taxa Selic bem acima dos 13% ao ano, o investimento mais conhecido dos brasileiros perdeu espaço para títulos de renda fixa que pagam mais dinheiro, pelo menos é que aponta levantamento elaborado pelo Santander.

Segundo o banco, a caderneta de poupança encolheu nas carteiras de investimentos, de 20,94% em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano. Conforme o banco, outros investimentos mais conservadores também perderam terreno.

No caso, títulos como o Tesouro Selic, negociado no Tesouro Direto, e fundos de renda fixa indexados ao CDI, todos eles estão menos atrativos. Os aportes dos investidores recuaram 2% e 14%, respectivamente, nos primeiros seis meses do ano.

Outras cinco categorias que também estão recebendo menos dinheiro dos investidores em 2023 são:

  1. fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio;
  2. fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total;
  3. previdência privada, de 33,2% para 32,41%;
  4. ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%;
  5. ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

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Renda fixa 2.0

Conforme o Santander, a procura dos investidores se concentra em títulos de renda fixa com maior potencial de ganho.

Ou seja, o brasileiro está disposto a correr mais riscos por uma taxa de rentabilidade bem superior à poupança.

A renda fixa que engloba CDB, LCA, LCI e LIGs é a categoria que mais cresceu na carteira dos investidores no primeiro semestre.

Com salto de 17% na base anual, esses títulos agora compõem 37,5% das carteiras, ante 32% em 2022.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, diretor de Investimentos do Santander Brasil.