Poupança: Entenda por que a alta da taxa Selic não te faz ganhar mais na caderneta

A caderneta de poupança é o produto de investimento mais conhecido entre os brasileiros. Seja pela praticidade ou pela segurança no produto, muitos sequer cogitam tirar o seu dinheiro suado dali, especialmente quando acompanham notícias sobre a volatilidade atual dos mercados.

Apesar de integrar a renda fixa, a poupança não consegue surfar todas altas de juros que o Banco Central brasileiro vem efetuando para conter a inflação.

Na última quarta-feira (15), o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou em 50 pontos base, puxando a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, para 13,25% ao ano.

Diversos produtos em renda fixa ficaram mais atrativos na esteira de mais uma alta da taxa Selic, mas esse não é o caso da poupança.

Poupança travada

Uma característica a parte é a poupança, sendo que já atingiu sua trava. Para entender melhor é preciso lembrar que no passado o governo federal criou uma trava na relação entre a poupança e a Selic.

Assim, quando a Selic ultrapassa 8,5% ao ano, a poupança rende um teto de 0,5% ao mês mais a taxa referencial (uma taxa calculada diariamente, também pelo governo, tendo como base as taxas cobradas pelas 20 maiores instituições financeiras do país).

Ou seja, independentemente da Selic estar em 8,5%, 12% ou 20% o rendimento continuará sendo 0,5%, mais a TR.

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Contudo, isso significa que a poupança deixou de ser um investimento interessante?

Isso é relativo, temos que lembrar que a parcela da população que investe no Brasil é mínima e que grande parte dessas pessoas buscam a caderneta de poupança, assim, por mais que o rendimento não seja tão interessante, falar que as pessoas não devem aplicar o dinheiro nessa linha de investimento pode ser um ‘tiro no pé’.

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