Potencial recessão, inflação, eleições: Saiba como se posicionar na Bolsa, segundo o BofA
O início das discussões sobre uma potencial recessão nos Estados Unidos adicionou mais ruído à volatilidade habitual dos mercados latino-americanos.
No Brasil, preocupações quanto à situação fiscal voltaram a ditar os movimentos dos investidores, que estão cada vez mais incertos sobre o tipo de cenário que encontrarão nos próximos meses.
Com as eleições em outubro, o segundo semestre promete ser, no mínimo, conturbado. O tema já está começando a esquentar, mas o Bank of America (BofA) segue “overweight” para o país.
A instituição ainda gosta de alguns ativos da Bolsa brasileira, como bancos, uma seleção de seguradoras e empresas de consumo com exposição ao segmento de alta renda.
“Temos exposição ao pico das taxas via bond proxies (ações com retornos mais previsíveis) – achamos a alocação menos arriscada que techs (e-commerce e fintechs caíram em média 30% nos últimos dois meses)”, afirma o BofA.
Em relação às commodities, que contam com peso relevante no Ibovespa, o sentimento do BofA é misto. A equipe de estratégia da instituição continua confiante com o setor de óleo e gás, tendo PetroRio (PRIO3) como um dos principais nomes para o terceiro trimestre do ano.
O BofA também gosta da tese da celulose e do alumínio, enquanto as perspectivas para o minério de ferro são menos agressivas.
“Mantemos exposição ‘marketweight’ para Vale (VALE3) no nosso portfólio”, diz.
A seleção de ações do BofA inclui Multiplan (MULT3), além da elétrica Equatorial (EQTL3), em substituição à Neoenergia (NEOE3). Segundo a instituição, a Equatorial conta com uma atrativa TIR (taxa interna de retorno) e fluxo de caixa duradouro.
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