Postos da BR perdem para Ipiranga e Shell em preferência do consumidor, mostra pesquisa
Os consumidores brasileiros estão insatisfeitos com os serviços prestados pela BR Distribuidora, revela uma pesquisa obtida pelo Money Times e realizada pelo banco UBS com 2.304 motoristas brasileiros entre julho e agosto deste ano.
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O relatório, publicado nesta segunda-feira, revela que os consumidores não preferem a estatal nos sete pontos do levantamento.
Os dados coletados revelam uma maior preferência pelos postos da Ipiranga (Ultrapar). A empresa conquistou a melhor pontuação em seis dos setes atributos testados: localização; serviços disponíveis; programa de fidelidade; loja de conveniência; qualidade do combustível; e atendimento. A Shell (Raízen), entretanto, foi melhor entre os consumidores de maior nível socioeconômico.
Segundo o UBS, a BR “supreendentemente” foi a pior no quesito “preço do combustível”. As bandeiras brancas levaram a melhor.
Item | BR Distribuidora | Shell | Ipiranga | Outros |
---|---|---|---|---|
Qualidade do Combustível | 71% | 76% | 76% | 65% |
Menor preço | 32% | 42% | 44% | 56% |
Localização | 67% | 68% | 76% | 65% |
Atendimento | 65% | 64% | 68% | 60% |
Programa de fidelidade | 34% | 29% | 51% | 20% |
Disponibilidade de serviços | 49% | 49% | 51% | 27% |
Loja de Conveniência | 45% | 46% | 50% | 29% |
Impacto da crise
A pesquisa do UBS também mediu o impacto da crise sobre a decisão de gastos dos consumidores nos postos. Um cliente empregado, por exemplo, gasta aproximadamente R$ 80 com combustível por semana. Enquanto isso, um desempregado, consome R$ 65. Dois terços deles estão usando menos o carro por conta da situação econômica.
Do lado positivo, ressalta o banco, 78% dos pesquisados acreditam que a economia irá melhorar nos próximos três anos. Isso, caso confirmado, poderá ser um impulso adicional para a venda de combustíveis do tipo “premium”.
“Apesar do desempenho negativo das vendas de combustíveis nos últimos dois anos devido à crise econômica do Brasil, acreditamos que essa tendência irá se reverter em 2017, ajudando de uma forma geral o setor de distribuição”, pontua o UBS.