Posse de Trump pode ditar a dinâmica dos mercados em 2025; tarifas, criptomoedas e trajetória da inflação em pauta
O presidente americano Donald Trump toma posse nesta segunda-feira (20) para o seu segundo mandato na Casa Branca, e o mercado acompanha de perto. “O principal tema vai ser a ordem executiva ligada às tarifas”, disse João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, convidado do Giro do Mercado.
Apesar de demonstrar interesse em impor taxas a diversos países, especialmente à China, a expectativa inicial é de que Trump ainda não anuncie uma medida sobre isso, pelo menos neste primeiro dia de mandato.
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Piccioni vê muita especulação causada por declarações do presidente afetando o mercado, sendo que nem sempre a expectativa se concretiza. “Se ele for mais suave na questão das tarifas, tende a acelerar a economia”, afirmou.
Se o crescimento econômico ocorrer, a preocupação passa a ser com o controle da inflação, que dita a trajetória dos juros americanos, definidos pelo Federal Reserve (FED). Segundo Piccioni, o novo secretário do tesouro, Scott Bessent, está atento à questão.
“Ele disse que vai prestar atenção na inflação. Quando ele fala isso, abre espaço para o Federal Reserve acreditar que alguém dará um suporte nessa questão”, disse. Sendo assim, o CIO da Empiricus Gestão acredita que a política fiscal deve priorizar a desaceleração da economia.
Sobre a grande expectativa sobre o mercado de criptomoedas, apesar do sucesso da trumpcoin, Piccioni não vê as ‘memecoins’ valendo muito a médio ou longo prazo. Para ele, a grande oportunidade estaria em ativos de infraestrutura, que vão disseminar negócios associados a cripto, como a Solana (SOL).
Outro destaque apontado pelo especialista foi para o setor bancário, com a expectativa de maior desregulamentação e trajetória de juros melhor posicionada.
“Nestes últimos anos o que financiou a economia americana foram os fundos de investimento, plataformas de financiamento e os bancos vão voltar para esse jogo”, disse.
Piccioni ainda comentou suas expectativas sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China, além de questões relacionadas aos conflitos internacionais como a guerra da Ucrânia.
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