Positivo sofre pressão sobre lucros, mas ainda conta com a confiança do mercado
A Positivo (POSI3) apresentou lucro líquido de R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 4,9 milhões apurado no mesmo período do ano passado. E, num trimestre em que o mundo praticamente parou devido ao coronavírus, a receita líquida subiu 9%, para R$ 378,6 milhões.
As vendas de computadores pessoais cresceram em todos os segmentos: varejo (14%), instituições públicas (41%) e corporativo (8%). Segundo o relatório de demonstrações financeiras, o desempenho foi sustentado pelo aumento do home office e do ensino a distância, decorrente das medidas de isolamento social para combater a pandemia.
Luiz Guanais e Gabriel Savi, que assinam o relatório do BTG Pactual, observam que o lucro contou com uma importante contribuição dos resultados financeiros, positivos em R$ 20 milhões e favorecidos por ganhos com derivativos de câmbio e pela baixa taxa Selic.
Pressão
O banco acrescenta que a Positivo enfrenta uma pressão sobre as margens, no curto prazo, que, aliada à piora do cenário macroeconômico, deve pesar sobre as ações, especialmente após o recente rali dos papéis.
Mas, apesar disso, o BTG Pactual reafirma sua confiança na empresa, dadas as boas perspectivas de longo prazo, quando se espera que a demanda reprimida do governo e de instituições públicas se transforme, enfim, em encomendas.
Assim, o banco manteve a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 9, o que implica uma alta potencial de 46% sobre a cotação tomada como referência pelos analistas.
Veja o relatório de demonstração de resultados da Positivo.