Positivo (POSI3) pode subir 100% ainda este ano, apesar de 4T21 “misto”
O lucro líquido recorrente da Positivo (POSI3) no quarto trimestre de 2021 saltou 279% na comparação anual, somando R$ 42 milhões. No acumulado do ano, a empresa teve R$ 203 milhões de lucro, um crescimento de 255% frente à 2020.
Para a XP Investimentos, os resultados da companhia foram “mistos”. A receita líquida do trimestre ficou 7,2% abaixo das estimativas da corretora devido o baixo volume de vendas no segmento de varejo, apesar de um crescimento de 21,2% frente ao mesmo período de 2020.
O Ebitda ajustado da Positivo foi de R$ 92 milhões no trimestre, 4,7 % abaixo das estimativas, com margem de 8,6% ajustada — “estável”, segundo a XP.
Diante deste cenário, a corretora reiterou a recomendação de compra para POSI3, com preço-alvo de R$ 16 — o que implica uma potencial alta de 100% com base no último fechamento (22).
Principais destaques do 4T21
- Varejo: 32% das vendas entre outubro e dezembro de 2021, queda de 26% na comparação anual. Segundo a XP, o segmento foi impactado principalmente pela deterioração do cenário macro e inflação mais alta;
- Corporativo: 23% das vendas no último trimestre do ano, alta de 5% frente à mesma etapa de 2020. No 4T21, 30% da receita veio de novos clientes, aumentando o market share;
- Instituições Públicas: 45% das vendas no período, avanço de 161%. Em relação aos contratos de fornecimento já assinados, a carteira de Instituições Públicas soma R$ 2 bilhões ao final 2021, ante R$ 1,1 bilhões no final de 2020.
A XP destaca a diversificação em diferentes linhas de negócios da Positivo, que a ajudaram a compensar a desaceleração do segmento de varejo.
Guidance para 2022
A Positivo ainda divulgou seu guidance para 2022, estimando uma receita bruta entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões.
Segundo a empresa, a estimativa considera a Unidade de Negócios Instituições Públicas, que tem R$ 2 bilhões de receita prevista para 2022, o segmento de soluções de pagamento com expansão de receita devido ao forte pipeline de adquirentes e subadquirentes, e a forte demanda por HaaS (Hardware as a Service) nos segmentos Corporativo e Público.
Além disso, a companhia destaca o potencial de crescimento das receitas de serviços, com a estruturação do novo modelo de negócios (Tech Services), o crescimento gradual da penetração da marca de smartphones premium Infinix e um melhor mix de receitas e manutenção de níveis saudáveis de rentabilidade.
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